Movido pela curiosidade e nostalgia, decidi pesquisar sobre as backstories de jogos clássicos.
Já falei sobre Pitfall, Mega Man, Adventure Island, Bobby Is Going Home, Batman e H.E.R.O.
Hoje, contarei a história de Berzerk.
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Mais um jogo das antigas que deveria vir com o aviso: “Não se deixe iludir com a ilustração da capa”. Mas não tem problema. Desenvolvido pela Stern Electronics para Atari 2600 em 1983, neste jogo, passado no ano 3200, o jogador é o último sobrevivente de uma expedição ao planeta Mazeon – que parecia ser um planeta escuro e inabitável, mas acabou se revelando ser um grande perigo.
O herói está preso, pois, logo que pousou, sua nave espacial foi destruída pelos Automazeons, sombrios robôs-capanga. A mente do mal por trás de tudo é Evil Otto, um sádico que comandará a implacável perseguição ao herói. A princípio, ele apenas observa o desespero do humano. Com o tempo, passa a persegui-lo com o disfarce de uma massa sem vida e sorridente.
Não há saída. O herói tem apenas sua arma laser para se defender enquanto corre desesperadamente em uma agonia sem fim pelos dezesseis labirintos interligados.
É questão de tempo até o herói encontrar seu inevitável destino: a morte ou a loucura…
Ou desligar o console.
Minha pequena contribuição para a narrativa…
Cansado de ser apenas uma bolota sorridente, após 1200 anos, Smiley revoltou-se com a vida e fugiu do planeta Terra.
Em Mazeon, Smiley criou um grupo de robôs apáticos, a fim de nunca mais precisar sorrir ou ver a felicidade estampada no rosto de outro ser. Infelizmente, a raça humana conseguiu chegar ao seu planeta e trouxe consigo seus dentes carregados de cálcio, química clareadora e ignorância.
Smiley, através de seus capangas, trucidou os tripulantes da nave e permitiu que apenas um ficasse vivo. Seu objetivo era transformar este humano em um vegetal, incapaz de sorrir novamente. Para isso, jogou-o em um labirinto eterno e passou a observa-lo enquanto sua sanidade se extinguia lentamente, dando lugar ao desespero e à melancolia banguela.