Movido pela curiosidade (e nostalgia, claro), decidi pesquisar sobre as backstories de jogos clássicos – para mim, pelo menos.
Se quiser, pode ler também sobre Pitfall e Mega Man.
Hoje, contarei a história de Adventure Island.
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O lance em quase todos os side-scrollings é correr freneticamente pisando nos inimigos, desviando dos obstáculos, pulando entre plataformas e coletando itens, na sua grande maioria, inúteis. Adventure Island não é diferente: controlando um gordinho sorridente de olhos esbugalhados e pernas curtas, o jogador corre pela ilha, mata animais graciosos, pula em superfícies que desafiam a gravidade e por aí vai. Obviamente, este gordinho de saia verde e boné branco não é apenas um louco com raiva da natureza. Há muito mais por trás desta aventura sem sentido…
Adventure Island foi originalmente desenvolvido para Famicon em 1986 e NES em 1988, pela Hudson Soft. O jogador controla Master Higgins, e possui como missão salvar a Princesa Leilani, sequestrada pelo Evil Witch Doctor e levada para a Adventure Island. Para recuperar sua amada, o herói precisa passar por florestas, montanhas e cavernas distribuídas em oito áreas, cada uma com quatro rounds e um chefe final.
Master Higgins começa sua aventura sem nenhum item para ajudá-lo, mas, ao explorar a ilha, consegue achar skates, machados, fadas que proporcionam invencibilidade e frutas que não o deixam morrer de fome. Munido somente destes itens e seu amor, ele precisa derrotar o exército do Evil Witch Doctor formado por aranhas, cobras, morcegos e demônios.
Se o jogador for bem sucedido, Master Higgins derrota o último boss e reencontra sua amada novamente. Devido às incoerências entre as informações que constam no manual americano e a versão
japonesa do jogo, o chefe final pode ser o próprio Witch Doctor ou outro personagem chamado King Quiller. Além disso, o nome da mulher sequestrada aparece como Tina e não Princesa Leilani. Entretanto, isto não é importante – o que interessa é que Master Higgins consegue “se dar bem” no final – se é que vocês me entendem…
E a minha pequena contribuição para a narrativa…
Embora ligeiramente mais desenvolvido que a backstory de Pitfall!, Adventure Island prioriza apenas a contextualização do objetivo: salvar a princesa. Para isso, escolhe nomes e figuras, mas não trabalha a relação entre eles. Resta a nós elaborarmos um pouco mais em cima disto…
Master Higgins é, na verdade, o Hurley, do Lost. Após ficar encarregado de tomar conta da ilha, ele passa a ser chamado desta forma em homenagem a John Higgins, campeão mundial de snooker em 1998, 2007, 2009 e 2011. Hurley jogava bastante snooker como passatempo entre suas tarefas como guardião.
Seu mandato como líder não era admirado por todos. Ben, que deveria ajudá-lo, secretamente o odiava. Por isso, sequestrou Tina na tentativa de fazer Hurley desistir da ilha.
Tina era a sobrevivente de outro desastre de avião, que ocorreu aproximadamente 30 anos após o incidente com o Oceanic 815. Hurley se apaixonou assim que a viu, pois ela era muito parecida com a Libby.
Joguei muito.
Quando nasci, o NES já estava aposentado rs
Nostalgia pura^^
pena que o Adventure Island 4(nes), nunca veio para o ocidente