Era uma vez… Bobby Is Going Home

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Movido pela curiosidade e nostalgia, decidi pesquisar sobre as backstories de jogos clássicos.

Já falei sobre Pitfall, Mega Man e Adventure Island.

Hoje, contarei a história de Bobby is going home…

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bobby_is_going_home_ntscSempre dizem para não julgar um livro pela capa. Contudo, se fizermos isto, no jogo Bobby is going home, podemos supor que a história seja o personagem indo para casa. Simples.

E correto. Desta vez, é apenas isto mesmo. Bobby is going home é um jogo de plataforma desenvolvido pela Bit Corporation, em 1983, para Atari 2600. O jogador controla Bobby, um garoto que pensa que o mundo é lindo e sua vida é perfeita. Tudo o que ele quer é chegar em casa e dormir tranquilo. Infelizmente, nada é assim tão fácil e Bobby terá de enfrentar diversos obstáculos: pássaros, roseiras, pontes etc.

Bobby precisa passar por 7 cenários antes de chegar a salvo em casa – no total, são 256 cenários. Toda vez que consegue deitar em sua cama, uma música tranquila o faz adormecer e um novo dia reinicia sua aventura.

A vontade em voltar para casa é representada por uma pontuação que diminui com o tempo e faz o jogador acelerar sempre que pode. Toda vez que passa pelos sete cenários, 1000 pontos são creditados em sua “carteira-de-desejos”.

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Minha pequena contribuição para a narrativa…

BFeitiço Bobbyobby está preso em uma realidade alternativa. Assim como Phil Connors reviveu o Dia da Marmota em Feitiço do Tempo e Bill Cage, a guerra contra os mimetizadores em No Limite do Amanhã, Bobby é levado de volta à rua sempre que o dia termina. Não há saída. Nem a morte consegue poupá-lo.

Este looping infernal o atormenta desde 1983, na época com apenas 7 anos. Tudo começou quando desobedeceu sua madrasta Suzy. A mãe de Bobby falecera durante o parto e seu pai acabou casando com a enfermeira que participou do parto.

Não há provas, mas se cogita a possibilidade de a enfermeira ter sabotado o parto, lançando um feitiço na mãe e filho com o objetivo de matá-los. Milagrosamente, Bobby sobreviveu.

Suzy, na verdade, é Elizabeth Howe, supostamente morta em 1692 por enforcamento após julgamento por bruxaria em Salem, Massachusetts. Suzy, ou Elizabeth, odiava seu enteado e fazia de tudo para atormentá-lo. O pai de Bobby nunca percebeu nada de incomum, pois estava sob o efeito de feitiços – ou era um idiota.

Um dia, Bobby ignora as ordens de sua madrasta e sai para passear nos arredores de casa. Era a gota d’água para Suzy – não mais suportaria aquele moleque. Utilizando uma magia antiga, transportou Bobby para uma realidade paralela, aprisionando-o. Se ele queria tanto passear, então que faça isto para sempre!, dizia Suzy.

Bobby está condenado eternamente a reviver o mesmo passeio. Nada poderá salvá-lo…

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 9 comentários

  1. Adorava esse jogo, nos tempos do Atari. Mesmo naquela época, o jogo me soava como algo que tinha objetivo, foco: começo, meio e fim. Além disso, era um foco palpável. Enquanto os outros jogos da época tinham objetivos vagos, como “salvar a Terra”, Bobby is Going Home tinha um objetivo muito simples e bem realizável: voltar pra casa.

    O jogo era ótimo, com gráficos acima da média pros jogos da geração dele, uma história facilmente identificável pelo publico-alvo. Uma vitória.

    1. Gustavo Audi

      Para mim, o destaque do jogo é a excelente trilha sonora…

  2. Anubis_Necromancer

    Só eu que achava que esse Bobby tava pelado?

    1. Vilipendiador Unperucked

      Depravados!
      Ele apenas usava uma calça “cor da pele”.

  3. Vilipendiador Unperucked

    “Não há saída. Nem a morte consegue poupá-lo.”
    Como não?! Não há “continue” no jogo, porra! hauheuhauheuha

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