Antes e Depois – Phantasmagoria

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Para você que não conhece, Antes e Depois é uma série com o objetivo de jogar jogos que marcaram época (para mim, pelo menos) e descobrir qual a minha opinião sobre eles atualmente. Primeiro, eu escrevo o que me lembro; depois, descrevo as características do jogo; e daí, jogo novamente para expor a nova impressão.

Para ver os outro títulos da série, clique sobre o nome do jogo: Excitebike, Contra, Battletoads, Trojan e Strider

O que era

Nunca pude ter Phantasmagoria no meu computador porque na época não funcionava… Meu PC porcaria mal rodava Paciência. Por isso, toda experiência que tive com ele foi na casa de um amigo – abençoado seja Hugo, que tinha um bom computador e adorava jogos!

Phantasmagoria é um jogo de terror com um diferencial: os personagens eram humanos. Nós controlávamos atores reais e não desenhos. Isso dava um tempero melhor para as cenas violentas e a de sexo (!). Como todo adolescente espinhento sem as facilidades da internet de hoje, qualquer lateral de peitinho já estava valendo…phantas9

Além do lado “bronheiro”, o jogo tinha um clima assustador. Infelizmente, lembro que a realidade dos gráficos e o clima não eram os únicos fatores que criavam este ambiente hostil. Hugo era um amante dos animais e, por isso, possuía em sua casa três cachorros: dois inofensivos (gordos e velhos); e um terceiro que era o próprio Cérbero. O Cão do Lazarento não gostava de ninguém e pulava em cima de qualquer um que entrasse (lembrando hoje, percebo que era um vira-lata mequetrefe, mas na época…). Hugo, como um bom amigo, sempre prendia seu cachorro. Entretanto, tínhamos de jogar sabendo que aquele monstro cruel estava nos observando por cima do pequeno pedaço de madeira que o impedia de entrar no quarto.

Jogar Phantasmagoria dava medo, mas jogar sabendo que havia um cachorro direto do inferno querendo seu sangue… Isso sim era uma aventura.

O que é

Desenvolvido para computador em 1995 pela Sierra, Phantasmagoria é um jogo point-and-click de terror, ou seja, o jogador, através do mouse, realiza os comandos, como movimentação do personagem ou aquisição e utilização de objetos. Seu diferencial foi utilizar seres humanos como personagens (foram 4 meses de gravação em um chromakey de fundo azul – o que podemos perceber facilmente devido a “aura” azul nos personagens…).

ME002A personagem principal é Adrienne, uma escritora que se muda com seu marido, Don (um mané), para a mansão Carnovasch. A princípio, nada de extraordinário, mas aos poucos o local começa a apresentar fenômenos estranhos, o que aguça a curiosidade de Adrienne, que passa a investigar a história do local. A mansão pertencia ao ilusionista Zoltan Carnovasch, que matou suas quatro mulheres e seus filhos devido a uma possessão demoníaca (ele liberou um demônio depois de adquirir um livro com magia negra).

Apesar da clássica história de mansão assombrada (nos moldes do filme A Casa Amaldiçoada, de 1999), os jogadores não interferem nela; o controle se dá apenas na movimentação da personagem e na utilização dos itens. O desafio é saber o que fazer em seguida.

O que passou a ser

Para começar, tenho de informar que foi penoso conseguir fazer este Antes e Depois. Primeiro, porque foi difícil instalar (como é um jogo de 1995, rolaram problemas de compatibilidade do Windows). E, segundo, porque não foi como os outros jogos, que bastava jogar um pedaço e tínhamos a noção do todo; em Phantasmagoria, eu tinha que jogar pelo menos até a cena de sexo…

urlhyjfhNa década de 1990, por não saber falar inglês direito ou por me importar menos com a história, lembro que jogava basicamente passando o mouse na tela toda até o cursor ficar vermelho (ponto interativo) – a lógica de uso dos itens era a mesma: pegava um por um e passava em todos os pontos até funcionar. Agora, para meu espanto, mesmo sabendo inglês e gostando de narrativa, continuo com o mesmo processo. Acho que é mais fácil que raciocinar para descobrir a lógica de interação…

De fato, Phantasmagoria era assustador há 18 anos. Hoje, não mais. Entretanto, isso não atrapalhou. O jogo continua sendo interessante. Acredito que se fosse um lançamento, seria bem aceito pelos jogadores – claro que com novos gráficos…

skulA única coisa que faria questão que fosse mantida seria a cabeça de caveira que explica o que são os itens e dá dicas (hints). A five dollar billA book of matches… Lembro de ouvi-las repetidamente, ou porque estávamos emperrados no jogo ou porque adorávamos a voz da caveira…

Desnecessário mesmo foi aquele demônio a la Jaba The Hut no final… Meio nada a ver, como a aranha gigante no final de IT (filme de 1990 baseado em um livro de Stephen King).

E Adrienne mudar de roupa que é bom, nem pensar…

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 14 comentários

  1. Leonardo Delarue

    Esse foi o primeiro jogo que me deu medo ao jogar …. Nunca consegui detoná-lo e também nunca mais o joguei de noite!!! 🙂

  2. MaxRicardi

    “Meu PC porcaria mal rodava Paciência”

    e não é mentira, havia pcs que não rodavam nem paciência mesmo… o meu tb não hahaha

  3. MaxRicardi

    precisou instalar o win95 na máquina virtual?
    que bosta hein hahaha

    1. Gustavo Audi

      Usei o programa DOSBox e um instalador novo que baixei do site da Sierra. Win95 de cu é rola!

      1. MaxRicardi

        haha
        com esse instalador ele roda direto do dosbox?
        uso o dosbox pra jogar carmen sandiego

  4. TiagodaRocha

    Bá, achava este jogo bem massa na época, mas também nunca tive ele hehe Lembro que vi pra comprar uma vez, eram vários cds. Coluna massa cara, continua com outros jogos aí 😀

    1. Gustavo Audi

      Valeu, Tiago! Se vc acha legal, imagina eu que jogo todos os jogos…

  5. Vilipendiador Unperucked

    Esse aí eu não conhecia. Nunca tive muito contato com jogos de PC.
    E, se depender de ter todo esse trabalho de compatibilidade, vou continuar sem conhecer.
    Proximo game, Audi.

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