No post de hoje, seguirei a dica de alguns leitores. Valeu, galera! É bom saber que alguém lê o que escrevo… Foram muitas sugestões interessantes, principalmente as da página do Iluminerds no Facebook. Vários títulos entraram para a lista…

Só para lembrar, o objetivo da série Antes e Depois é descobrir como jogos antigos se comportam atualmente (e jogá-los, claro). Recapitulando a metodologia: primeiro, relembro as minhas impressões; segundo, jogo novamente; e, por fim, compartilho a nova experiência. Será que a impressão mudou? O que falar hoje de um jogo que foi marcante no passado?

Então, vamos para Battletoads, do NES (e outras plataformas…).

O que era

Infelizmente, não joguei muito Battletoads. De maneira geral, lembro-me de uma plataforma com piso marrom, provavelmente em algum local montanhoso – dava para ver um fundo preto. Sei que o personagem que controlamos é uma espécie de sapo.
Apesar de já ter jogado, lembro-me apenas disso. Deve ser porque nunca tive o jogo; é bem provável que tenha jogado através de aluguel… Pegava meu mísero dinheirinho e passava horas na locadora manipulando diversos jogos, analisando suas capas e perguntando a qualquer um (atendente, sócio, cliente, faxineiro…) se o jogo era bom. No fim, alugava apenas um e corria para casa para jogá-lo, se possível, ininterruptamente durante dois dias. Afinal, tinha de devolver e era inadmissível não zerar antes.

Battletoads foi assim. Devo ter alugado uma vez só e, por isso, não me lembro de nada além dos sapos, um terreno marrom e muita porrada.

O que é

Battletoads foi desenvolvido pela Rare, em 1991, para NES. O objetivo inicial era ser rival das Tartarugas Ninja (Teenage Mutant Ninja Turtles), cujo primeiro jogo é de 1989.

O jogo é ação de plataforma, com os personagens se deslocando pela tela distribuindo socos e outros golpes. O jogador controla um ser formado através de uma mistura de sapo e humano. Para um jogo de 8 bits, os gráficos e a jogabilidade eram considerados bem avançados, tanto que sua versão para Mega Drive ou SNES não foi muito diferente da anterior.

Como história, temos o seguinte: um dia, o sapo Pimple e a Princesa Angelica passeavam pela galáxia quando, de repente, foram sequestrados pela escrota (e gostosa) Dark Queen e levados para um planeta próximo. Professor T. Bird chama a dupla Rash e Zitz para trazerem os amigos de volta.

O que passou a ser

Como não me lembrava de quase nada, senti que estava jogando pela primeira vez. Para começar, a primeira impressão que tive foi: isso é uma versão de Golden Axe? Achei a jogabilidade inicial bem parecida com o jogo para 16 bits de 1989 – inclusive os inimigos com cores diferentes. Digo que é parecida, não igual, mas o suficiente para estranhar um pouco… Na medida em que fui jogando, outros jogos me vieram à cabeça, como o Snake na fase das serpentes e Donkey Kong na fase seguinte. Ou seja, o jogo parece ser cheio de “homenagens” e “releituras”. Entretanto, isso não tira a graça de jogá-lo. Além disso, é divertido ficar esperando qual tipo de finalização o sapo mostrará (socão, chutão, cabeçada etc).

Em relação aos gráficos (e não estou comparado com os jogos atuais), até que ele se sai bem, se considerarmos que foi feito para 8 bits.

De fato, tem que ser hardcore para enfrentar esse jogo. Não é fácil, não. Quando você acha que a maldita fase em rapel acabou (ou qualquer outra), ela continua e continua e continua… Fico pensando se tivesse jogado Battletoads quando tinha uns 12 anos: provavelmente, teria criado um trauma, pois nunca conseguiria zerá-lo.

Depois de jogar Battletoads, fico feliz por ter criado uma série para apenas registrar minhas impressões dos jogos e não chegar ao fim deles…