Planeta dos Macacos: O Confronto

Você está visualizando atualmente Planeta dos Macacos: O Confronto

Planeta_dos_Macacos_O_Confronto_3

Seu macaco!

Mais que um grito, uma sentença. O que ela encerra?

Não importa. A resposta, sim. “Macaco é quem faz macaquices”.

Soa lógico. Parece óbvio retrucar a injúria com um esclarecimento. Inocente. Simples. Mas não definitivo.

Balançar num galho. Fazer bicos. Caretas. Macacos sempre foram definidos por esse comportamento.

Mas, e se conseguissem falar? E se utilizassem ferramentas com o auxílio de seus polegares opositores? Enquanto você continua pensando que a dieta deles é a base de bananas, eles podem estar consumindo mais e mais proteínas. Talvez seus cérebros estejam crescendo tão rápido quanto os nossos cresceram um dia.

Macaquice é coisa de macaco. Digamos que pensar é coisa de macaco. E balançar em um galho. E escrever, inclusive.

Daí, podemos sustentar que empunhar armas é coisa de macaco. Que transformar o que tem nas mãos numa arma é coisa de macaco. Você viu em “2001: Uma Odisseia no Espaço” que um osso é uma arma nas mãos de um macaco. Ou na mão de um desses homo erectus, sapiens ou qualquer-outra-coisa, que disputavam um lugar na Terra milhares de anos atrás com outros primatas.

Guerra é coisa de macaco? Guerra é coisa de humano. De ambos. E de quem é a paz? A quem pertence? Quem tem direito à vida? À dignidade? Como ver a luz no fim do túnel? Como fazer com que homens e esses macacos hipotéticos vejam que a paz jamais virá do confronto?

Como duas famílias, duas tribos, dois estados que não enxergam completamente como podem se somar. Em sua equação o medo sobressai como subtração. 1-1 só possui um resultado.

O filme não é isso, mas traz uma reflexão sobre o que tudo isso representa. Sobre dualidade, dicotomia. Coexistência. Tolerância e humanidade.

Além do costumeiro espetáculo tecnológico, investiga as razões que fazem com que sejamos indivíduos, e como nossas características, nossa personalidade, nossa individualidade exerce influência em nosso meio, nos define e é capaz de redefinir conceitos, preconceitos e ideologias.

Planeta dos Macacos: O Confronto é pura diversão. Mas bem que poderia ser uma tese.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

Este post tem 6 comentários

  1. Daltro Campanher de Souza

    Hoho, que belo texto, muito bem construído, merece meus sinceros parabéns.
    Uma dica seria colocar a data dos posts, estou perdido aqui e talvez ressuscitando tópicos antigos…

    1. Don Vittor

      Daltro,

      Os nossos textos, como são resenhas e artigos, tornam-se atemporais, por esta razão não colocamos datas.

      Deste modo, pode revivê-los a vontade. Muito obrigado.

      1. Daltro Campanher de Souza

        Belo conceito, parabéns pelo trabalho, vou até acompanhar este blog, coisa que nunca fiz xD

        1. Don Vittor

          Muito obrigado, novamente rs É um incentivo a mais para o nosso trabalho.

  2. Rodrigo Sava

    Daltro, valeu pelos comentários. Seja bem-vindo 😉

Deixe um comentário