“Seu macaco!”
Mais que um grito, uma sentença. O que ela encerra?
Não importa. A resposta, sim. “Macaco é quem faz macaquices”.
Soa lógico. Parece óbvio retrucar a injúria com um esclarecimento. Inocente. Simples. Mas não definitivo.
Balançar num galho. Fazer bicos. Caretas. Macacos sempre foram definidos por esse comportamento.
Mas, e se conseguissem falar? E se utilizassem ferramentas com o auxílio de seus polegares opositores? Enquanto você continua pensando que a dieta deles é a base de bananas, eles podem estar consumindo mais e mais proteínas. Talvez seus cérebros estejam crescendo tão rápido quanto os nossos cresceram um dia.
Macaquice é coisa de macaco. Digamos que pensar é coisa de macaco. E balançar em um galho. E escrever, inclusive.
Daí, podemos sustentar que empunhar armas é coisa de macaco. Que transformar o que tem nas mãos numa arma é coisa de macaco. Você viu em “2001: Uma Odisseia no Espaço” que um osso é uma arma nas mãos de um macaco. Ou na mão de um desses homo erectus, sapiens ou qualquer-outra-coisa, que disputavam um lugar na Terra milhares de anos atrás com outros primatas.
Guerra é coisa de macaco? Guerra é coisa de humano. De ambos. E de quem é a paz? A quem pertence? Quem tem direito à vida? À dignidade? Como ver a luz no fim do túnel? Como fazer com que homens e esses macacos hipotéticos vejam que a paz jamais virá do confronto?
Como duas famílias, duas tribos, dois estados que não enxergam completamente como podem se somar. Em sua equação o medo sobressai como subtração. 1-1 só possui um resultado.
O filme não é isso, mas traz uma reflexão sobre o que tudo isso representa. Sobre dualidade, dicotomia. Coexistência. Tolerância e humanidade.
Além do costumeiro espetáculo tecnológico, investiga as razões que fazem com que sejamos indivíduos, e como nossas características, nossa personalidade, nossa individualidade exerce influência em nosso meio, nos define e é capaz de redefinir conceitos, preconceitos e ideologias.
Planeta dos Macacos: O Confronto é pura diversão. Mas bem que poderia ser uma tese.
Hoho, que belo texto, muito bem construído, merece meus sinceros parabéns.
Uma dica seria colocar a data dos posts, estou perdido aqui e talvez ressuscitando tópicos antigos…
Daltro,
Os nossos textos, como são resenhas e artigos, tornam-se atemporais, por esta razão não colocamos datas.
Deste modo, pode revivê-los a vontade. Muito obrigado.
Belo conceito, parabéns pelo trabalho, vou até acompanhar este blog, coisa que nunca fiz xD
Muito obrigado, novamente rs É um incentivo a mais para o nosso trabalho.
Daltro, valeu pelos comentários. Seja bem-vindo 😉
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