Fala, galera iluminada! Depois de um período de férias na “requentada” Mendes, trouxe a resenha exclusiva de um dos lançamentos que pipocarão na CCXP! Para aqueles que não fazem a mínima ideia do que estou falando, vou dar três dicas: Uma bailarina, um urso de pelúcia e um unicórnio…
Ainda não sabem do que estou falando? Foi criado pelo talentoso Guilherme de Sousa. Não sabem de quem eu falo?
Um dos membros do Korja. Também não conhecem o Korja? Rob Liefield, conhece? Gosta?
Então, o problema é esse. Putaquipariucaralhoporra! Vocês precisam parar de babar ovo do Tio Sam e conhecer isso, imediatamente! Talvez vocês estejam infectados pela massaveização de desenhos desproporcionais e de péssimo gosto! Sério, para o bem de vocês, leiam isso e tentem se descontaminar!
Para aqueles que se interessam por HQs nacionais e/ou, simplesmente, por projetos que tratam de mundos surreais e recheados de piadas politicamente incorretas, posso afirmar que A Última Bailarina será uma ótima pedida para sua estante, pois em que lugar você veria um minúsculo urso de pelúcia chamado Fifo, mais parecer um psicopata, homofóbico e veterano de guerra, quase uma Bolsolete? Ou, melhor ainda, um unicórnio gay que… Ah, deixa pra lá…
Então, a HQ de 48 páginas é totalmente colorida e possui uma arte exuberante. Tudo assinado pelo ilustrador e cineasta Guilherme de Sousa que, desde a FIQ, tem nos mostrado trabalhos interessantíssimos e completamente independentes.
Bom, vamos entrar (ui!) mais a fundo (uui!) na história. Como já ficamos sabendo através da própria capa, o enredo é passado num mundo apocalíptico e infestado de zumbis, onde o cheiro acre de sangue mistura-se ao ar puro. Contudo, embora o tema seja batido e nossos olhos já estejam cansados desta temática, posso afirmar que A Última Bailarina é uma das melhores sátiras do gênero; especialmente, por tratar toda a violência que a rodeia com um certo ar pueril, inocente, conferido pela ingênua Laurita (Bailarina).
Trabalhado em várias piadas para adultos, mas com uma roupagem completamente infantilizada e cartunesca, não há medo de afirmar que a HQ nos deixa com um gostinho de torta de limão. Afinal, embora tenha uma enorme camada polvilhada de açúcar, por dentro ela é completamente ácida, cítrica, deixando um gosto peculiar porém delicioso.
Que delíiiiiicia, cara…
Assim, meus amigos. Ao tomar conhecimento de personagens aparentemente delicados, somados ao traço leve e às cores amenas, em certos momentos pensei estar interagindo com a fábrica destruidora de infâncias, chamada Adult Swim. Ou, lendo a Caçada Até a Última Bala (Marvin Rodz) que com traços inspirados no de Genndy Tartakovsky (Samurai Jack), também nos traz a uma realidade recheada de violência, deixando qualquer western no chinelo.
No que diz respeito a aspectos técnicos, cabe ressaltar que a diagramação é sublime, o que favorece ainda mais a ótima impressão e material de primeira qualidade. Então nobres bacharéis, para aqueles que reclamam da qualidade das HQs independentes, não deixem de conferir este ótimo trabalho, pois com certeza deixará a “querida” Panini de vocês no chinelo.
Caso queiram saber um pouco mais sobre o trabalho do Artista Guilherme de Sousa, ou da HQ A Última Bailarina, basta conferir o site da Korja dos Quadrinhos.
Gostei do estilo^^
Quanto tá?
Vou sondar e te falo rs
Vinte pratas!
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