Dr. Stark ou: Como Detonar a Sua Franquia em 5 passos

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Estamos em período de entronização dos Super-Heróis nos cinemas. De repente, curtir heróis e vilões virou moda, inúmeros novos leitores pipocam discorrendo sobre o legado de Alex Raymond e Will Eisner para essa nobre arte. Muito diferente dos idos dos anos 80, quando se dizer que gostava de super-heróis era pedir para tomar porrada de algum moleque da sua sala. Mas, assim como eu, outros teimavam em gostar daqueles cidadãos extravagantes e coloridos em roupas colantes. No fim das contas, essas histórias acabavam trazendo muitos divertimentos e incitando a leitura de inúmeras outras coisas, mitologia grega, por exemplo.

mitologia grega

Mas esses tempos passaram. Hoje em dia, pessoas disfuncionais, assim, começaram a ser carinhosamente rotuladas de “nerds” (termo completamente inapropriado, aliás. Mas fica para uma outra postagem) e, na falta de figuras sociais marcantes, e em tempos de idiotia BBB, ficaram em evidência. Mas eu estou divagando. Voltando ao assunto desse post, os “nerds” e seus objetos de desejo viraram mainstream, e se reproduziram. Há décadas a Marvel vem tentando realizar diversas incursões de seus personagens no cinema, a maioria delas sem sucesso. Mas, desde o início dos anos 2000, com a invasão dos “nerds” se consolidando, houve timing, e, com as pessoas certas nos lugares certos, finalmente a Marvel começou a emplacar seus personagens no cinema. Emplacou, e criou franquias.

Depois de dois filmes de grande sucesso comercial e relativamente competentes, a Marvel exibe seu terceiro “Homem de Ferro”, o grande público tem respondido com bilheterias constantes e altas. Isso tudo atesta que a Marvel, finalmente, conseguiu consolidar definitivamente pelo menos um de seus grandes personagens. Por outro lado, também fica clara a baixa capacidade crítica de todas as equipes envolvidas na criação deste filme. Dessa forma, listei uns singelos 5 passos que foram seguidos de maneira bem eficiente, e conseguiram estragar uma franquia que tinha tudo pra continuar bem. Aí vão:

1)                 Síndrome de Downey – O filme devia se chamar Robert Downey Jr. 3. Quando você escora no carisma de um ator (que é apenas exteriorização da história) toda uma produção baseada em um super-herói com potencial para boas histórias de superação pessoal, você desvirtua a razão de ser da produção. Várias pontas soltas dos dois filmes anteriores foram abandonadas (o problema de alcoolismo do Tony Stark ou o dilema trágico da armadura, por exemplo) em prol de uma superexposição sem motivo do alter-ego do nosso herói blindado. Não há razão que justifique Stark sem traje durante tanto tempo de filme, já que, durante a hora final, quando o Jarvis volta a ficar online, ele já tinha pré-programado em si o “Protocolo Festa de Arromba”, que poderia ter acabado com o filme todo pelo menos meia hora antes.

robert downey jr485

2)                  Meu nome é Tony Stark, mas pode me chamar de Sam Fisher ou Solid Snake – Durante a invasão do esconderijo onde se suspeitava que estaria o Mandarim, descobrimos que Tony Stark, o ex-playboy/farrista/irresponsável/mulherengo não é só gênio da ciência geral e aplicada a tudo que existe e se move, como também desenvolveu secretamente habilidades paramilitares dignas de um marine norte-americano, como  incapacitar guardas fortemente armados com elementos-surpresa ou jogar de maneira precisa uma boleadeira improvisada (!) nas pernas de um guarda-costas. Nesse momento, entendemos que não estamos na presença de Tony Stark, e sim de um novo Bruce Wayne, tipo uma versão fodástica 2.0. Pelamordedeus, não há fundamento algum que garanta a verossimilhança de uma cena dessas. Ao contrário de Bruce Wayne, que é falsamente irresponsável e indisciplinado (parte de sua persona social), o Tony Stark do filme realmente tem esse temperamento, que é completamente contraditório à disciplina requerida para o treinamento e precisão nos movimentos que, miraculosamente, nosso Tony Pinga nos mostra no filme.

Sam-Fisher
Esse cara realmente é capaz de imobilizar aqueles dois Zé Ruelas com uma arma feita de duas bolas de gude ligadas por um cadarço velho. Tony Stark, você fede!

3)                  Mandarim, o chinês paraguaio – sem meias palavras, conseguiram esvaziar de sentido um dos grandes algozes do “Homem de Ferro” das HQs. A transformação da Nêmese do Stark em um fantoche bêbado e idiota é no mínimo risível. Não traz impacto, porque é desprovida de sentido. O que tentava ser, no começo, uma alegoria à ameaça fundamentalista e terrorista que põe em risco o “American Way of Life”, acaba se tornando um arremedo de piada sem graça. O motivo dado por Aldrich Killian, que justificaria a criação do falso Mandarim, é pouco convincente. Ora, alguém que quer dominar o mundo a partir dos bastidores, usando várias marionetes – e é isso que Aldrich diz, com todas as letras – é uma pessoa extremamente meticulosa. Tal pessoa, dificilmente, escolheria para um papel tão vital alguém tão idiota ou vulnerável quanto o ator que se faz passar pelo Mandarim. Isso não é verossímil. Devolvam o Mandarim dos quadrinhos, por favor.

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4)                  Foco! Foco! – O filme se perde no meio termo, tentando ao mesmo tempo agradar os fãs hardcore de quadrinhos e o público de não leitores ou apreciadores comuns de filmes de ação. No fim, não contenta direito nem uns, nem outros. Como fã médio do Homem de Ferro, a única vez em que me senti levemente recompensado pela conhecimento prévio das HQs foi na batalha de Homens de Ferro do final do filme. Foi inicialmente interessante tentar identificar qual armadura era a que aparecia na tela, mas a brincadeira perdeu a graça nos minutos seguintes, pois as aparições de inúmeras armaduras eram tão rápidas, e em ângulos tão ingratos, que era tarefa inglória tentar descobrir se naquele momento Stark usava a Mark III adaptada, a Bleeding Edge ou qualquer outra. Tirando a Hulk Buster, que é uma armadura impossível de não se enxergar, as outras se perdem entre borrões e explosões. Os apreciadores comuns de filmes de ação, por outro lado, também não são agradados, porque a ação não tem ritmo, começa e acaba sem continuidade. A cena inicial de demolição da Mansão Stark é confusa e repetitiva: vi umas duas vezes os mesmos pedaços de concreto e canos sendo partidos pela explosão, e fica difícil de entender por que o primeiro reflexo do Tony Stark é fugir de um lado para o outro como um pato bêbado, e não, como seria verossímil para um cara safo e malandro, como ele, aproveitar o buraco aberto pelos mísseis na casa e simplesmente fugir para o subsolo, em busca de um traje funcional. Não  faz sentido.

iron-man-3-stark-mansion

5)                  Meu reino por um forno micro-ondas – Difícil de acreditar que o Homem de Ferro, mesmo com sua armadura em fase de testes, consiga ter dificuldade de enfrentar um bando de gente alterada por algum tipo de vírus, cuja única habilidade é conseguir esquentar mingau com as mãos e ficar vermelho. Sabemos que qualquer uma das armaduras do Tony Pinga (qualquer uma, mesmo a mais chumbrega) tem, no mínimo, superforça, algum poder de fogo, e resistência a condições extremas de temperatura e pressão. Escapa-me ao entendimento ver como o Homem de Ferro fica sem ação só porque um esquentadinho mete a mão vermelhosca e em chamas nos peitinhos dele. Nos quadrinhos, o Homem de Ferro já enfrentou o Super Skrull pau a pau, que é bem mais calorento do que esse bando de merdinhas.

Iron man vs. super skrull

Bom, é isso aí. Agora vamos esperar pelo “Man of Steel” e torcer por menos estupros à verossimilhança e menos pouco caso com o expectador.

 

 

Colossus de Cyttorak

Detentor dos segredos da Mãe-Rússia, fã incondicional de jogos da antiga SNK (antes de virar esse arremedo, chamado SNK Playmore), e da Konami, Piotr Nikolaievitch Rasputin Campello parte em busca daquilo que nenhum membro da antiga URSS poderia ter - conhecimento do mundo ocidental. Nessa nova vida, que já conta com três décadas de aventuras, Colossus de Cyttorak já aprendeu uma coisa - não se deve misturar Sucrilhos com vodka, nunca!!!!

Este post tem 43 comentários

  1. pedro

    Assim funcionam as modinha, aposto que 90% das pessoas que lotam as salas de cinemas para verem os filmes da Marvel nunca leram uma Hq e se perguntadas, antes, consideravam coisa de criança!

    1. John

      Como se ser devorador de HQs da Marvel fosse impreterível regra pra ver os filmes deles no cinema… Faça-me o favor!!!

  2. JJota

    Bem o meu pensamento mesmo: a Marvel tá ferrando com as coisas a longo prazo. Acredito que filmes como os que estão sendo feitos agora serão futuramente lembrados com a mesma “saudade” que aquelas porcarias dos anos 70-80.

    1. Colossus de Cyttorak

      J Jota, inclusive, acredito que as incoerencias que nos vemos hoje serao lugar comum a longo prazo. E isso vai contribuir com essa visao futura que voce falou. Essa “saudade” nostalgica e condescendente que perdoa as maiores barbaridades so porque foi parte do passado…

      1. JJota

        Pior é ver as pessoas usando apenas a bilheteria pra atestar a qualidade dos filmes. Como se Transformers não fosse um sucesso…

        1. Colossus de Cittyorak

          Aliás, eu sou fã de transformers, e há muito tempo não consigo engolir o visual modernizado dos robôs do filme, por mais que tenha gostado do 1ª e do 3ª filme….

          1. JJota

            Curti o primeiro (embora concorde que foram longe demais na modernização do visual, a ponto de tornar a maioria dos robôs irreconhecíveis). Quanto ao terceiro… Cara, se tirassem uma hora daquele filme, ele poderia ficar legal.

          2. Colossus de Cyttorak

            Concordo com tudo que tu disse. Aliás, a modernização foi totalmente longe demais, além, é claro, de ter obedecido aos ditames do jabá (qualé, Bumblebee-CAMARO?????). Na verdade, da patota inicial, só reconheci claramente o Optimus e, com dificuldade, o Ratchet (uma Humvee de Defesa Civil Norte-Americana, e você faz uma livre associação com a ambulância original). Os outros estão realmente irreconhecíveis.

  3. toddy

    Cara, eu concordo com você na maioria das questões, como a que o Stark poderia ter chamado as armaduras a muito tempo. Mas a questão do Mandarim, cara ali foi uma crítica política, foi uma forma de dizer os Estados Unidos as vezes criam seus próprios fantasmas. Mas no todo, foi uma ótima resenha! valeu

    1. Colossus de Cyttorak

      Obrigado pela critica, cara. Quanto a questao do Mandarim, eu acho que foi um esboco de critica politica. Criaram todo um clima crescente de tensao ideologica, com boas sacadas a respeito da “doutrina” do Mandarim. Mas a impressao que eu tive foi a de que erraram a mao e deram uma solucao facil e incoerente com todo o clima que vinha sendo construido. Grande abraco!

    2. JJota

      Sério que você acredita mesmo que colocaram uma crítica política-social num filme da Marvel?

    1. Colossus de Cyttorak

      Adriano Sousa, se fosse só a questão do presidente usando a armadura do Patriota de Ferro, eu não acharia tão ruim. Até porque, se você pensar bem, realmente, em situação de perigo grave, como aquela, o lugar e modo mais seguro de se resguardar e resgatar uma figura tão importante quanto o Presidente, seria dentro de uma armadura resistente e de alta mobilidade como a do Patriota de Ferro. Mas concordo com você no fato de que o modo como essa ideia foi explorada, no filme, foi equivocado. Na verdade, a armadura foi usada como módulo de transporte do presidente, pelo Aldrich Killian, além disso, ela seria usada como túmulo do presidente, numa manobra completamente contraditória ao que o próprio Aldrich tinha falado pouco tempo antes: quem quer manipular os outros, não mata possíveis marionetes. Enfim, o filme, de uma maneira geral, tem várias contradições… Abraços!

  4. Fex

    É, realmente foi meio soda… eu até achei as cenas de ação interessantes, mas o roteiro furado não deu pra engolir.

    A única ressalva que faria a seu texto é que o Mandarim não era o Ben Kingsley, era o Guy Pierce. Não ficou muito claro, mas o “gênio manipulador” era ele, o ator era apenas uma marionete. Embora concorde que o Mandarim não associaria sua imagem a uma figura tão patética e imprevisível – e que ainda vivia em território norteamericano, onde bastava sair à rua pra poder ser reconhecido – mas o Mandarim real era o chefe da IMA.

    Isso não salva o plot; na verdade, assim como você encontrou imitação ao Batman na cena em que ele invade a mansão do Mandarim, também este quesito foi uma imitação muito da chinfrim do Batman Begins, onde Rhas Al’Ghul utiliza testas-de-ferro para ocultar sua verdadeira identidade.

    1. Colossus de Cyttorak

      Oi, Fex. Acho que, realmente, como escrevi o texto meio correndo (em virtude da convocação do meu editor-em-chefe-superpoderoso-megalomaníaco-Housy, não deixei clara essa relação que você evidenciou aí. Quando o Guy Pierce se mostra como o “Mestre dos Fantoches”, entendemos que Mandarim é uma “entidade” que, na verdade, é ele, tentando manipular tudo a partir dos bastidores. Não tinha visto essa correlação, mas realmente parece muito com o esquema do Rhas Al’Ghul no Batman Begins. A grande diferença é que, nesse filme, a manipulação do Rhas é completamente verossímil. Não é essa coisa irreal em que, em apenas uma cena, temos conhecimento de que o Killian (Guy Pierce) já tem o vice-presidente dos Estados Unidos no bolso. É demais pra minha cabeça.

      Aliás, o Batman Begins é uma obra-prima de adaptação dos quadrinhos, desde a primeira cena.

      Abraços!

          1. Dr. Housyemberg Amorim

            Vamos esperar para ver se esse russo escreve um Top que dura seis meses ou um 40,5 motivos para qualquer coisa do Nolan ser relevante após Bátema – TDKR…

  5. Harvey_o_Adevogado

    com todo o respeito, mas discordo.
    Meu, vc quer discutir como o Tony Pinga, construiu vários aparatos para invadir uma mansão? Cara, o Tony Pinga é um anormal desde criança. Não só no mundo dos comics, mas no cinema, foi repetido a mesma coisa (se não me engano no IM 1), ele era um super-dotado, desde criança, construía coisas. O cara montou uma armadura no meio do deserto! Construir aquelas porcarias que usou no filme é fichinha, vindo de alguém que invade o computador do pentágono ou a shield. Se isso não é suficiente, ele repeliu uma invasão alienígena.

    De fato, vimos muito pouco o uso da armadura no filme, mas o Downey Jr, soube tapar bem o buraco do uso da armadura com seu carisma.

    Sobre o extremis, tanto no comics, quanto no filme, é claro que não são apenas lançadores de fogo. São humanos bem mais fortes e resistentes.

    O Bruce Wayne é pirralho, perto do Tony Pinga, sem contar que se bobear, ainda pega as mulheres do Wayne, e com xaveco furado ainda, pelo menos o Batman do Nolan, pois o Batman das Hqs, é um semi-deus, depois do nível de coisas que ele é capaz de fazer.

    1. Colossus de Cyttorak

      Cara, desculpa, mas acho que tu leu o post errado, não o meu. Vamos dividir a sua resposta por partes:

      1) Em momento nenhum eu discuti ou reclamei do fato de ele construir vários aparatos pra invadir a mansão. Não sei em que parte do texto tu leu isso… Acho escroto, sim, ele conseguir invadir a mansão, sem o uso da armadura, com uma precisão e agilidade física comparáveis à do Bruce Wayne, Sam Fisher ou Solid Snake, ou seja, de alguém que passou por décadas de treinamento intensivo e adquiriu perícia nos mínimos movimentos; coisa incompatível com quem tem um passado de playboy irresponsável. O fato de ele construir aparatos da noite pro dia é completamente verossímil e esperado, dentro do pano de fundo do personagem.

      2) Sobre o Extremis do filme, o que mais se sobressai é a capacidade de alteração da temperatura, e nem isso, ou o fato de eles serem bem mais fortes e resistentes, é páreo pra qualquer uma das armaduras do Tony; nem mesmo aquela Mark 42 escrota. No fim das contas, esses soldados Extremis são uns tipos de Supersoldados em chamas, só que sem o treinamento que o Steve Rogers recebeu – e num confronto entre Homem de Ferro e Capitão América, é justamente o treinamento de soldado do Rogers que faz a diferença. Portanto, não vejo em que eles são ameaça Homem de Ferro.

      Abraços.

  6. Dário

    Tenho visto que muitos apontam os problemas do filme mas nunca o culpado dessa porcaria de HdF3, o culpado de todas a incoerências e absurdos é o diretor, no caso Shane Black. O diretor é como o escritor de um livro mas no lugar de uma caneta usa pessoas/atores para contar a sua historia, se a história em si é ruim então o culpado é o roteirista, se for boa mas mal executada então a culpa é do diretor mesmo.

    Lembrem-se disso: um diretor bom pode salvar um roteiro ruim, mas um diretor ruim pode fuder um ótimo roteiro.

    1. Dário

      No caso de HdF3 tanto o roteiro quanto a direção são os culpados. Percebo que em pleno 2013 existem pessoas que não tem ideia do que um diretor faz, colocam o culpa no filme como se ele fosse uma pessoa real e não em quem o fez.

  7. Dário

    Lembrando que o Diretor dos dois primeiros filmes é Jon Favreau (que tb interpreta o guarda costas de Tony Stark).
    No terceiro colocaram esse Shane Black que nunca leu uma HQ na vida e viram a merda que deu.

  8. Diego Neves

    Caramba quem leu o Arco EXTREMIS SABE MUITO BEM que o FERROSO TOMA UM BAILE e só vence no FINAL depois de INJETAR o PRÓPRIO EXTREMIS Modificado… É como todo mundo hoje pode criar artigos e postar na NET… E ainda reclamam dos furos dos filmes. Concordo em partes com algumas coisas contudo… tudo é questão de opinião e digo mais se o AUTOR lesse um pouco mais as histórias ou o contexto do HF algumas coisas ai não seriam criticadas. Nem vou citar acho que quem conhece o Vingador Dourado ao ler sabe que o Autor do artigo não conhece muito acerca do herói.

    1. Diego,

      Na verdade, nosso Colossus (ui) conhece muito do contexto do Homem de Ferro até o Massacre Marvel. Ou seja, ele conhece, basicamente, da origem até os anos 1990. Assim, fica meio óbvio que ele não leu a saga Extremis que, cá entre nós, tem um desenho lindo, mas uma história bem ruizinha. O fato de ele inocular o próprio vírus em seu corpitcho é relevante aos quadrinhos, mas não ao cinema, ou então vimos filmes diferentes.

      1. Diego Neves

        Meu garoto as ARMADURAS nesse ARCO TOMAM UM COURO do EXTRMIS… fato criticado aqui… Se até o que seguiu as HQ foi criticado… imagine o resto.

        1. Acho que vc não percebeu uma coisa – o argumento dele é contra o Extremis no filme. Em nenhum momento é mostrado que o Extremis daria super-força ao humano que contraísse o vírus. Quando muito, poderia colocar a força da pessoa no extremo humano (há UMA cena, sr. caps lock) que poderíamos especular tal coisa. Ou seja, no filme, a vantagem é do Tony Pinga…

          Além disso, você acha mesmo, conforme a crítica mais recente, que a história do Extremis é tããããããão relevante assim?

          1. Diego Neves

            Olha lá no item 5 o autor comenta.

            ” Difícil de acreditar que o Homem de Ferro, mesmo com sua armadura em fase de testes, consiga ter dificuldade de enfrentar um bando de gente alterada por algum tipo de vírus, cuja única habilidade é conseguir esquentar mingau com as mãos e ficar vermelho.” ele continua “Homem de Ferro fica sem ação só porque um esquentadinho mete a mão vermelhosca e em chamas nos peitinhos dele.”

            Tudo bem respeito a sua opinião e como eu citei eu CONCORDO com algumas coisas, contudo, em relação as armaduras estarem “fracas” em relação aos seres com o EXTREMIS é exatamente como ocorreu nas HQ´s. Critiar isso é um erro de quem não conhece o arco e resolveu escrever um artigo.
            Acho a história Extremis relevante sim trouxe uma série de vantagens ao Ferroso a partir desse arco várias mudanças seguiram o Stark tais como armaduras entre outras.

          2. Dr. Housyemberg Amorim

            Diferente de você, não respeito a sua opinião. Pelo simples fato de que o Extremis nas HQ’s estarem inseridos dentro do contexto do Tony Pinga e não serem uma coisa sem propósito. E daí que a cena é inspirada – quase copiada – das Hq’s?!

            Dentro do contexto do filme a cena não tem por quê… Ok, eles chegam a 3000º C… Porém, ficou patente que somente os mais antigos são aqueles que conseguem utilizar de maneira minimamente decente.

            Agora, o contexto do Tony Stark é beeeeeeem diverso do contexto do Tony Pinga da saga das HQ’s. Entretanto, não entendo essa defesa desmedida com relação a UMA cena do filme…

            Só mais uma coisinha – realmente, o autor do texto não leu a saga Extremis, mas e daí? Ele não pode ter uma opinião que é diversa àquela que vc acha que é a correta. Até porque a premissa da saga Extremis nas HQ’s é beeeeem bunda mole.

          3. Diego Neves

            Ahhhh sim e eu perdendo meu tempo. Respeito a opinião do autor do artigo e respeito a sua, o chilique aqui é seu que não respeita a minha (é uma pena que não saiba respeitar a opinião alheia). Encerro minha participação pois quem debate comigo não sabe respeitar a opinião alheia. Que triste e deprimente.

            Continuo batendo na tecla as ARMADURAS são relativamente fracas para o EXTREMIS e ponto final! E sim para quem é fã de HQ´s assistir uma cena que é “copiada” das HQ´s é realmente muuuito legal!

            Nem vou citar os outros, porque este que é bem evidente não admitem o erro quem dirás os outros é perda de tempo.

            E genial olha o nível do artigo… Já que falam mal do que acontece nas HQ´s e colocaram no filme… Imagine o resto.

          4. Dr. Housyemberg Amorim

            Diego,

            Por que eu deveria respeitar a sua opinião? Respeito é algo que se conquista, não pode simplesmente ser dado a priori

            Agora, com relação às ideias aqui expostas, só posso dizer uma coisa. Se você gostou da HQ, parabéns, mas o que o Colossus está se referindo está na questão da premissa das HQ’s. Nelas, o Extremis não é somente um vírus “esquenta o meu corpinho”, ele mais parece um quit Wolverine somado à força do Coisa (não do Colossus)… Isso seria um desafio a uma armadura que, potencialmente numa versão mais antiga – a clássica – derrubou o Hulk. Ou seja, para a premissa da saga Extremis ter funcionado, tiveram de empobrecer um pouco as armaduras do Homem de Ferro.

            Outra coisa, vc se sente ofendido por eu não respeitar a ideia básica de que “se eu gostei, tenho de defender mesmo sem argumento nenhum”? Ok, pode se sentir ofendido, mas você realmente não pode querer que eu me importe com isso, não é? Seria no mínimo estranho, e muito politicamente correto pro meu gosto essa cordialidade sem cabimento… Quem dirá respeitar uma pessoa sem conhecê-la ou, ao menos, ter tomado uma cerveja no bar durante um longo papo sobre qual saga do Tony Pinga teve maior relevância para a concepção de seu arquétipo…

            E, na boa, desde o início essa discussão é uma enorme perda de tempo. Trata-se tão somente do confronto de dois pontos de vista diversos com relação ao Tony… Não vamos mudar o mundo com isso e não vamos mudar sequer o Bairro do Limoeiro…

            Agora, quer cagar regra? Faça uma postagem e manda pra gente que postaremos com o maior prazer… Só não faça como o Thiago Henrique, pelo amor de Odin…

          5. Colossus de Cyttorak

            Acho que o Dr. Housy Amorim falou tudo que era preciso. Parafraseio e tenho dito.

            Publique-se. Intime-se.

    2. Colossus de Cyttorak

      Senhor Diego Neves, não julgue ninguém por uma simples postagem. Você diz que eu não conheço as histórias ou contexto do Homem de Ferro. Agora, no dia que você tiver o nº 1 original do Homem-Aranha, e um monte de edições pra lá de antigas de Heróis da TV (que aliás, era onde as histórias do Homem de Ferro eram editadas no Brasil, sabia?), na tua coleção, você vem encher o meu saquinho e falar de quem conhece ou não histórias ou contexto de HQs.

      Nunca critiquei sobre como a Saga Extremis teria sido transposta pra telona. Se você soubesse ler direito, ou não tivesse dificuldades de interpretação de texto, como fica patente na sua postagem, teria entendido que o teor do post é a palavra VEROSSIMILHANÇA (viu? Eu também sei usar CAIXA ALTA). Você sabe o significado do conceito de VEROSSIMILHANÇA, Sr. Caixa Alta? Isso significa, que eu só estava procurando a coerência imanente do filme, no que diz respeito à situação do Virus Extremis, não uma semelhança relacional, como deixei bem claro quando fiz a crítica ao Mandarim. Em momento nenhum critiquei a Saga Extremis, até porque não sou arrogante o suficiente pra julgar ou falar de qualquer coisa sem conhecer, como você fez comigo.

      Passe bem.

  9. Fabiano

    Só vejo mimimi nos comentários.

    Primeiro, que quem quer reclamar de uma adaptação de HQ deve estudar e entender o que significa adaptar. Nenhuma HQ, livro ou desenho são “filmados” e sim adaptados.

    Ai o pessoal já vem falar de outros filmes, que o cinema atual é uma bosta, que só os filmes antigos eram bons, que estão estragando as histórias os personagens, etc… Tudo mimimi.

    Só se lembre de uma coisa, se você gosta de alguma HQ e achou ruim o filme ser diferente, não se preocupe, pois a HQ sempre vai existir e a história dela não vai ser atualizada, pode ir lá olhar as páginas e ver. Heheheheh

    Gosta de desenhos antigos e acha que os novos estão estragando alguma coisa ? Então você pode pegar seus VHS e assistir seus desenhos antigos e ser feliz.

    Uma nova história nunca estraga uma antiga.

    Você pode até achar ruim, mas o mundo trabalha pela maioria, para a massa, cinema é feito para todos, eles visam lucro, e querem o maior número de pessoas lotando as salas e comprando produtos licenciados, então por isso que muitos filmes são simplificados, resumidos, adaptados para todas faixas etárias e níveis intelectuais.

    Cinema, Desenhos, HQs e Livros são mercados diferentes, então não queira compara-los.

    1. Colossus de Cyttorak

      Concordo plenamente. E meu post só foi comparativo em um momento: quando falei do Mandarim. Nos outros momentos, você, como bom leitor que parece ser, deve ter visto que não houve comparação, somente análise crítica da verossimilhança ou dos excessos intrínsecos do filme.

      Abraços!

    2. JJota

      Acho que a questão central é o fã querer ver adaptado de uma forma digna aquela história que ele ama. Este é um ponto. O outro é que pensar desta forma que você aponta também é um mimimi: a diferença é que você está incomodado não com a qualidade do filme mas com as críticas das outras pessoas, que tem o direito delas de acharem a ADAPTAÇÃO ruim.

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