MGS V: The Phantom Pain

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Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Com mais de 100 horas explorando os desertos do Afeganistão e as florestas da África, resolvi escrever o que achei do mais recente jogo da franquia de Kojima. Apesar de todas as polêmicas que envolveram Kojima e a Konami (fizemos até um podcast AQUI sobre isso) o meu foco será somente sobre o jogo.

Aproveito para avisar que essa análise não será nem um pouco aprofundada. Colocarei apenas o meu ponto de vista sobre os elementos que chamaram mais a minha atenção.

Mundo aberto:

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Não há como negar que o ambiente encontrado em MGS V é uma evolução de Snake Eater e Guns Of The Patriots. Se nos dois primeiros Metal Gears (Solid e Sons of Liberty) encontrávamos um cenário mais limitado e sem a necessidade de exploração. Justamente por ser um jogo de mapa aberto eu fiquei muito “perdido” no começo, pois não sabia como executar minhas ações. Há muitas maneiras de se atingir o objetivo e eu não sabia se iria no clássico modo furtivo ou se invadia no melhor estilo Rambo.

Depois de um tempo estudando melhor o cenário e o que o jogo me oferecia, não tive mais dúvida e joguei primeiramente no bom, velho e demorado modo furtivo, ou seja, imobilizava meus inimigos um a um para atingir os objetivos sem ser notado pelos vigias.

Apesar do mapa ser enorme, não considerei The Phantom Pain um jogo de exploração como The Witcher 3, por um motivo muito simples: as missões são muito bem localizadas. Por mais que você esteja explorando, para avançar na história do jogo somente indo aos pontos específicos.

História:

Algo novo nesse MGS é que a história não nos é contada de forma linear como nos jogos anteriores. Aqui ela é contada por capítulos. Isso soou muito estranho para mim, pois no começo de cada missão aparecia o nome dos personagens que estariam envolvidos naquele capítulo, como na abertura de um seriado. Após completar a missão acontecia o mesmo, mas desta vez em formato de créditos finais, ou seja, tela preta com os nomes dos personagens e equipe técnica.

Conforme você vai completando a missão, a próxima fica liberada para ser jogada e assim por adiante. Outro ponto interessante é que as longas cenas de CG não aparecem mais aqui. Isso foi algo de que muitos reclamaram em Guns of Patriots, mas aqui todas as explicações sobre missões e/ou personagens são feitas por meio de fitas K7, logo, caso o jogador queira ficar bem informado, basta ouvir as fitas.

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Essa mudança faz com o que o jogo fique totalmente focado no gameplay. Por ser um amante da franquia, essa mudança, confesso, me deixou um pouco decepcionado. Por outro lado, muitos amigos elogiaram, porque agora é possível “jogar” Metal Gear e não somente assistir a um filme.

Motivação do vilão:

Não contarei nenhum spoiler, logo tentarei ser o mais simples possível. O enredo encontrado em The Phantom Pain para mim é o mais fraco da série. Tudo bem que até mesmo nos filmes, em muitos dos casos, a motivação do vilão costuma ser bem rasa, o famoso: “Quero dominar o mundo porque sou mal”. Skull Face não chega a ser tão simples assim. E é até aceitável sua motivação, seus argumentos são muitos fortes de serem debatidos, mas mesmo assim não me convenceu muito.

Sem David Hayter e um Snake mais calado:

Outra polêmica do jogo foi que a voz de Snake não estaria presente. David Hayter foi substituído pelo ator Kiefer Sutherland. Uma verdadeira surpresa. Kojima alegou que MGS V seria um outro tipo de jogo, uma mudança na série, e para isso algumas modificações precisariam ser feitas. Pois bem. Sutherland não desapontou, mas esse foi o jogo em que Snake quase não abriu a boca.

Veredito:

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Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é um ótimo jogo. Concorrente ao jogo do ano, junto a The Witcher 3. Para mim não é o melhor da série, mas com certeza é o que mais dá ao jogador ferramentas para atingir seus objetivos da melhor forma possível.

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

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