Sempre me perguntei (oi?) o que a fada madrinha do filme do Shrek fez da vida após o auge. Ao ler o breve roteiro de Paola Giometti (adaptado dos nanocontos de Edson Rossatto), desconfiei. Ao colocar as mãos no original desenhado pelo Luke quase não tive dúvidas de que essa senhora de oclinhos de gata parecia ser aquela velha recalcada que queria casar o filho almofadinha de qualquer jeito. Quando vi os tons de suas roupas e o grisalho de seu cabelo (fornecidos pelo talento do Phibo) tive certeza de que se tratava da mesma pessoa. Imagine então o choque que foi para esse sentimental editoreco vê-la (ouvi-la!) dizer tão misteriosas e indiretas palavras (cortesia da diagramadora-mor, Lady Syf). Quer dizer, seria apenas sinal de fino sarcasmo e indomada maldade, ou a revelação de que a antes toda-poderosa criatura mágica não passa de um embuste, de uma ignóbil ignorante de livros clássicos e de filmes Cult amados por humanóides nascidos na década de 80? Cartas para a redação (endereço? O que é isso?).

Dito isso, damos as boas-vindas para nossa estreante fazendo merchan, a Luna!