Uma noite com Footloose e Jackson Five no Shell Open Air

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Com novo patrocinador, o famoso evento de cinema ao ar livre voltou ao Rio. Pela programação anunciada, ficaram perceptíveis grandes mudanças, como a ausência de pré-estreias de filmes e de festas avançando a madrugada. Ainda assim, decidimos comprar a sessão da sexta, 23/6, que exibiria Footloose – Ritmo Louco, clássico dos anos 80.

O então chamado Vivo Open Air era realizado Jockey Club, que ganhava muito com o espaço e a rica arquitetura histórica do local. Agora na Marina da Glória (que também tem seu charme), o evento ficou com a área total bem menor, com pouco espaço realmente ao ar livre e para circulação do público.

Ao menos, a (im)pontualidade do carioca nos favoreceu, e pudemos escolher o que comer (além de saquear a pipoca gratuita) e participar das ações promocionais (recebendo brindes como potinhos, pastilhas e fotos instantâneas) com certa folga, ao som do Sexteto Sobrenatural, que executava uma espécie de (boa) música ambiente para os circulantes.

Por incrível que pareça, Footloose era inédito para mim, e após o ‘show’ de luz, som e fumaça que acompanhou a subida da tela gigante, acompanhei, entretido, a história do adolescente que chega a uma cidadezinha muito religiosa do interior dos EUA, e ajuda a devolver àquela comunidade a alegria da dança.

Kevin Bacon, Sarah Jessica Parker e Chris Penn novinhos; exageros e delícias dos costumes e música da década mais criticada e celebrada do século passado; roteiro redondo; bela fotografia; coreografia impecável: Um espetáculo que teve seu clímax não na tela, mas entre as espreguiçadeiras e assentos defronte, com os espectadores em pé, pulando e dançando ao ritmo da música-tema, até a passagem dos créditos.

Enquanto ainda deixávamos a “sala de exibição”, o Dream Team do Passinho já iniciava sua apresentação no palco, no outro extremo do evento. Uma banda muito azeitada, dançarinos extremamente talentosos e dois cantores de incrível performance, especialmente a estrela Lellêzinha, que brincou com as músicas do Jackson Five, brilhando com um alcance vocal no nível do próprio Michael.

Em arranjos que tornaram os sucessos da família Jackson ainda mais dançantes, inserindo efeitos, paradinhas e fusões com funks brazucas, o show colocou a mim e todo mundo para requebrar, suar e cantar a plenos pulmões um desfile de hits.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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