Trilogia Arkham – Uma homenagem ao homem morcego

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Desde sua primeira aparição, em maio de 1939, o Batman teve diversas interpretações sobre a figura do homem que se vestia de morcego em busca de justiça. Entre as mais marcantes podemos colocar o Batman original, com arma empunhada e que não perdoava os bandidos; o Batman alegre do seriado dos anos 1960 (que influenciou o personagem nos quadrinhos); o Batman mais detetivesco de Neal Adams e o velho cavaleiro das trevas de Frank Miller, que é o mais influente até hoje. Mas temos uma versão que conseguiu englobar todas em uma só e ainda criar uma personalidade própria: Batman Arkham Asylum/City/Origins.

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Lançados para PS3, Xbox 360 e PC, os três jogos da franquia nos apresentam um Batman sem firulas. Todos sabem dos pais mortos; da roupa de morcego; da busca por justiça, etc… Em nenhum momento o jogo busca isso novamente, apenas te mostra o herói, pois ele parte do princípio de que você sabe quem ele é. A franqueza em não desperdiçar tempo de jogador já é um ponto positivo e também permite que a história se situe em qualquer época. Temos uma origem pré-definida e seguimos adiante.

Em Arkham Asylum, somos introduzidos ao Asilo Arkham (obviamente), instituição especialmente preparada para prender presos de altíssima periculosidade, que está tomado pelo Coringa. Mais uma vez, referenciando as HQs, o game pega emprestado um pouco da trama criada por Grant Morrison na obra homônima. O universo vilanesco de Gotham está confinado em um ambiente de total anarquia, em que guardas foram abatidos e médicos mortos. Outro grande mérito do jogo é o visual realista no que diz respeito ao prédio do Arkham. Nada de calabouços e catacumbas velhas. É uma mansão antiga reformada para abrigar detentos e você percebe isso claramente na arquitetura do lugar.

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Os vilões também não deixam a desejar e formam a mistura perfeita entre o cartunesco e o realista, algo que cai como uma luva para o visual de videogame. Destaque para o Coringa, que é dublado por Mark Hammil, o Luke Skywalker! Mark dubla o personagem desde a série animada do Batman dos anos 1990, uma das minhas adaptações favoritas.

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Dentro do sanatório, o Batman detetivesco volta a aparecer: apetrechos, pistas, investigações, tudo está ali. Uma lembrança especial às charadas do Charada, que tornam o jogo bem mais bacana.

Em Arkham City, vemos parte de Gotham tomada pelos lunáticos. Hugo Strange assumiu a administração e conseguiu a aprovação para a expansão do sanatório. Em vez de um único prédio, a instituição tomou conta de todo um bairro de Gotham. Dessa vez, é Bruce Wayne quem é atraído para a armadilha de seu algoz mais inteligente. Lá dentro, você pode ver mais homenagens ao herói em suas múltiplas facetas – temos a adição de Robin e Mulher-Gato; o movimento de corrida do Batman é bem similar ao de Adam West, sem cair no ridículo. Cada característica dos vilões é então explorada pelo lugar que eles escolhem ficar e pela maneira como eles interagem nesta mini cidade do crime.

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Por fim, temos Arkham Origins, um Batman mais fraco, mais falho, mais humano. A origem se refere exclusivamente ao Morcego como combatente, não ao psicológico de Bruce Wayne. Nele, vemos um herói que tem muita força de vontade, mas pouco conhecimento.

Se eu pudesse eleger uma adaptação para o morcegão, a trilogia Arkham seria a eleita. Boa narrativa, interessante e um Batman crível ao mesmo tempo em que é fantasioso.

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