Top X – 10 momentos incríveis dos X-Men de Claremont – Byrne

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Byrne era tão foda que fazia até o Claremont ficar bom…

Os X-Men surgiram nos quadrinhos em setembro de 1963, estrelando seu próprio título, The X-Men (posteriormente, o The seria acompanhado – ou substituído? – por Uncanny). Cansados de inventar “acidentes” para justificar os poderes dos seus personagens, Stan Lee e Jack Kirby desenvolveram um conceito no qual indivíduos comuns nasceriam com uma alteração genética que provocaria uma mutação quando chegassem à puberdade, dando-lhes poderes e/ou uma aparência… diferente. Essas pessoas seriam chamadas de mutantes e não seriam bem vistas pelos humanos “normais”, deixa que Lee queria aproveitar para tratar de forma alegórica o preconceito racial sempre forte dentro da sociedade norte-americana. O nome X-Men seria derivado desta alteração de DNA, motivada pelo chamado Fator X. Na verdade, esta desculpa surgiu porque Martin Goodman, presidente da Marvel, achou o título original pensado por Lee, The Mutants, de baixo apelo comercial.

X-Men - Magneto Triunfa. Roteiro: Chris Claremont. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editorna no Brasil: Panini. 308 páginas. Preço de capa: R$ 90,00.
X-Men – Magneto Triunfa. Roteiro: Chris Claremont. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editora no Brasil: Panini. 308 páginas. R$ 90,00.

Mesmo com o X, o título foi mal das pernas desde o começo. Era claro que as melhores ideias de Lee estavam reservadas para outros personagens, não demorando para que X-Men se tornasse uma equipe de super-heróis genérica, de segunda linha. O título se arrastou, passando às mãos do roteirista Roy Thomas, que criou novos personagens e fortaleceu o clima juvenil, e foi cancelado no número 66. Retornou posteriormente, mas apenas com republicações de histórias, indo assim até a edição 93.

X-Men - A Saga da Fênix Negra. Roteiro: Chris Claremont. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editora no Brasil: Panini. 284 páginas. R$ 85,00.
X-Men – A Saga da Fênix Negra. Roteiro: Chris Claremont e John Byrne. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editora no Brasil: Panini. 284 páginas. R$ 85,00.

Em maio de 1975, foi lançada a mítica Giant-Size X-Men 1, onde o escritor Len Wein e o artista Dave Cockrum reformularam a equipe, trazendo novos personagens que superariam de longe em popularidade os membros originais: Tempestade, Noturno, Colossus e, principalmente, Wolverine. Mas Wein se afastou dos roteiros, muito ocupado com suas funções de editor, e passou à bola pro seu auxiliar inglês, Chris Claremont. Quando Cockrum também saiu, foi substituído por um artista com quem o novo roteirista já tinha trabalhado em histórias do Punho de Ferro: o também britânico, mas criado no Canadá, John Byrne.

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido. Roteiro: Chris Claremont e John Byrne. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editora no Brasil: Panini. 284 páginas. R$ 85,00.
X-Men – Dias de um Futuro Esquecido. Roteiro: Chris Claremont e John Byrne. Arte: John Byrne. Arte-final: Terry Austin. Editora original: Marvel Comics. Editora no Brasil: Panini. 188 páginas. R$ 68,00.

Não há exagero algum em dizer que o sucesso atual do grupo em todas as mídias começou nesta fase. Entre as edições 108 e 143, as tramas ganharam dinamismo, ação e conceitos e personagens melhor desenvolvidos, principalmente à partir da edição 131, quando Byrne passou a ser creditado como co-argumentista. Diana Schultz, posteriormente editora na Dark Horse Comics, trabalhava em uma comic shop na década de 1980 e lembrou que as edições de Uncanny X-Men na época eram vendidas “às caixas”.

Recentemente, tive o prazer de reler esta fase, agora integralmente republicada pela Panini, e resolvi destacar os dez melhores momentos desta parceria.

10 – Xavier enfrenta o Rei das Sombras (Uncanny X-Men 117; no Brasil, X-Men – Magneto Triunfa)

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Amargurado por pensar que seus pupilos haviam sido mortos em combate com Magneto, Charles Xavier questiona suas decisões e lembra do motivo pelo qual fundou os X-Men, uma equipe de portadores de Fator X ativo treinada para proteger os seres humanos comuns de mutantes malignos, evitando assim uma maior degeneração da relação entre as espécies. O motivo atende por Amahl Farouk, na história também chamado de Ladrão-Mestre, mas que depois ficaria conhecido como Rei das Sombras. O bacana é que todo o combate entre os personagens – ambos poderosíssimos telepatas – se dá no plano astral, enquanto seus corpos permanecem confortavelmente sentados em mesas opostas em um restaurante egípcio. O corpo de Farouk morre, mas não sua consciência. Ele posteriormente  desenvolveu a habilidade de possuir corpos de outras pessoas. Uma pena que, anos depois, Claremont revisitou o personagem e o transformou em um demônio psíquico (!) que existia há milhares de anos (!!) e que se alimentava do ódio da humanidade (!!!) e tal… Nossa, quanta besteira!!!!

 09 – Os X-Men no Mundo do Crime (Uncanny X-Men 123-124; No Brasil, X-Men – Magneto Triunfa)

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Os mutantes são capturados pelo vilão Arcade e levados ao Mundo do Crime, seu parque de diversões mortal. Alternando momentos non sense com terror, a história funciona, mesmo confrontando o tom mais sério que permeavam as histórias dos X-Men. Mas fica difícil engolir a facilidade com que eles são capturados, principalmente Wolverine e Ciclope (tá, esse é bucha, mas foi mole demais).

08 – Banshee salva o Japão (Uncanny X-Men 119; no Brasil, X-Men – Magneto Triunfa)

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Os X-Men dados como mortos por Xavier na verdade foram pra Terra Selvagem. Depois que se lançam ao mar, tentando chegar à civilização, mas são colhidos por uma violenta tempestade, são resgatados por um navio japonês, que os leva até a Terra do Sol Nascente, que está sob ataque de um terrorista conhecido como Moses Magnum. Encontrando seu antigo companheiro Solaris, os mutantes se oferecem para se infiltrar na base do vilão e impedir que o mesmo provocasse um terremoto capaz de afundar o Japão. As coisas não saem bem como o combinado e Banshee se vê obrigado a usar o seu poder vocal para criar uma barreira de som e impedir que a frequência energética emanada do poder de Magnum chegue às ilhas japonesas. O herói vence, mas sofre um trauma severo nas cordas vocais, que o deixa sem poder utilizar seu poder, levando ao seu afastamento posterior da equipe. Todo personagem bucha deveria ter pelo menos a honra de um momento digno antes de sumir. Ah, e quando sumisse, fosse de vez!

07 – A noite de terror de Kitty Pride (Uncanny X-Men 143; No Brasil, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido)

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Deixada só na mansão na véspera de natal, a novata Kitty Pride é atacada por um demônio da raça n´garai. Na luta pela sobrevivência, há uma boa quantidade de sustos, muita destruição e reflexão sobre a necessidade de, apesar de suas habilidades ímpares, os X-Men precisarem sempre se esforçar para aprimorar corpo e mente. Foi a última edição publicada da parceria, chegando às bancas quando a mesma já estava desfeita pelos problemas ocorridos durante Dias de Um Futuro Esquecido. E só saiu porque a história já estava escrita, desenhada e sendo impressa quando Byrne anunciou sua retirada do título.

06 – X-Men enfrentam a Tropa Alfa (Uncanny X-Men 120-121; no Brasil, X-Men – Magneto Triunfa)

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Tentando voltar do Japão para os EUA, os X-Men tem seu avião obrigado a pousar no Canadá, onde entram em combate com uma equipe de super-heróis que exige que Wolverine – o ex-Arma X – se entregue a eles para que reassuma suas funções junto governo canadense. A equipe é liderada por Víndix, que já tinha aparecido nos bosques próximos à mansão dos mutantes com a mesma exigência, sendo rechaçado, em Uncanny X-Men 108. O combate é acirrado, cheio de alternativas e coloca o maior “poder de fogo” da Tropa Alfa contra a experiência de combate dos X-Men. No final, a forma como Wolverine resolve a questão arranca sorrisos de satisfação e marca a evolução do personagem, que aos poucos ganharia espaço suficiente para ser a maior estrela do universo mutante, tanto nas HQs como no cinema! Não deixa de ser um sinal dos tempos ver os autores retratando o Primeiro Ministro canadense como um quase vilão, algo simplesmente impensável nos dias de hoje, em que todo mundo se dói por tudo, mesmo que ocorra em uma história em quadrinhos.

05 – Prazer, Fênix Negra (Uncannny X-Men 135; no Brasil, X-Men – A Saga da Fênix Negra)

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No combate ao Clube do Inferno, uma série de bloqueios psíquicos instalados na mente de Jean Grey vem abaixo e ela acessa uma quantidade indefinível de poder, se tornando inesperadamente perversa. Depois de quase matar seus companheiros de equipe, ela parte rumo ao cosmos e, antes de destruir um cruzador shiar e entrar novamente na mira do poderoso império, se alimenta de uma estrela. Curiosamente, foi aqui que o destino da personagem foi selado. John Byrne, ao ler esta passagem no roteiro, resolveu colocar um planeta habitado dentro do sistema abastecido pela estrela. Com isto, cinco bilhões de vítimas – e a péssima avaliação que o editor-chefe Jim Shooter fez desta passagem – pesaram sobre os ombros da Fênix quando foi decidido seu destino mais adiante.

04 – O massacre dos X-Men no futuro (Uncanny X-Men 142; no Brasil, X-Men – Dias de um Futuro Esquecido)

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É incontestável que Dias de um Futuro Esquecido foi um marco. Inspirou filmes, quadrinhos, séries… Mas também teve sua cota de desastre, sendo a principal o fim da parceria entre Claremont e Byrne. Segundo boatos, eles, que já não andavam se bicando, brigaram por três pontos cruciais: John queria que as Sentinelas do futuro agissem por conta própria, não sob o comando de seres humanos racistas, como preferia Claremont; Chris também queria que Noturno fosse filho de Mística com… Sina, sua amiga cega (que teria sido engravidada por uma Raven transformada em homem), o que horrorizou Byrne, que teve apoio maciço da editoria da Marvel neste ponto; e uma cena (realmente desnecessária e idiota) em que a Tempestade do futuro usasse suas habilidades de ladra para destrancar uma porta na base dos Sentinelas. O incrível é que esta última foi a chamada gota d’água:  John Byrne ignorou a ideia estapafúrdia, mas Chris fez com que fosse orientado ao arte-finalista Terry Austin que redesenhasse a cena para se adequar à sua vontade, provocando o pedido de afastamento do desenhista. Da minha parte, apesar do conceito fantástico, o que se passa no presente não é muito interessante (apenas outro combate envolvendo duas equipes, no caso os pupilos de Xavier e a nova Irmandade de Mutantes, numa fase em que tivemos “combates coletivos” bem mais interessantes contra, por exemplo, a Tropa Alfa, o Clube do inferno e a Guarda Imperial). Mas é mais do que compensado pelas incríveis cenas no futuro, onde vemos X-Men sendo massacrados friamente, sem arroubos de heroísmo. Se a morte de Wolverine – já um astro – foi chocante pela violência,a de Colossus (que não “assistimos”) foi de partir o coração.

03 – A saga de Proteus (Uncanny X-Men 126-128; no Brasil, X-Men – A Saga da Fênix Negra)

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Os X-Men, como já foi dito, foram criados, primordialmente, para enfrentar mutantes malignos, evitando assim um acirramento na relação entre as raças mutante e humana. Com o passar dos anos, Magneto se tornou o grande nêmesis da equipe, principalmente por sua escala de poder e ideologia reativa extrema. Mas, claro, todo leitor de longa data já pensou: “Putz, velho, com o que o Magneto pode fazer – e o que já fez, por sinal -, não seria melhor dar cabo dele de uma vez por todas?” Felizmente, tal ideia deve ter passado pela cabeça dos criadores quando eles enfrentaram um mutante capaz de moldar à sua vontade a própria realidade. Pra piorar, Proteus, além de poderoso e insano, é filho de Moira MacTaggert, geneticista e uma das maiores aliadas da equipe. Incomodados com a ideia no começo, os X-Men acabam concordando com a própria mãe do ser e aceitam que a única forma de detê-lo é o destruindo. O temor que Proteus leva a alguns membros da equipe, principalmente Tempestade e – pasmem! – Wolverine é perturbador. E, finalmente, temos um grande momento de Colossus, que, sinceramente, sofria na mão de Claremont, que parece ter um prazer especial em transformar o membro mais fisicamente poderoso da equipe num brutamontes atrapalhado. Pelo visto, quando os Iluminerds zoam um certo redator-revisor, estão apenas seguindo uma tendência quadrinhística de muitos anos!

02 – A morte da Fênix (The Uncanny X-Men 137; no Brasil, X-Men – A Saga da Fênix Negra)

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Quando Xavier e Fênix se enfrentaram, com a vitória do mestre sobre a pupila super-poderosa (e este também foi um grande momento do Professor X, viu?), Jean recuperou sua sanidade, teve suas capacidades diminuídas e foi pedida em casamento pelo Ciclope (esse relacionamento já era chaaaaaaaato naquele tempo). Mas, em vez disso, ela e seus amigos foram transportados para uma nave, onde Lilandra, Imperatriz shiar e namorada de Xavier, informa que foi decidido que a Fênix era perigosa demais para continuar viva. Na tentativa de salvar Jean, Charles lança um desafio que coloca os X-Men em confronto direto com a Guarda Imperial nas antigas ruínas localizadas na Lua. Apesar de estarem reforçados pelo Anjo (reincorporado à turma) e pelo Fera (naquela época membro d’Os Vingadores, mas que tinha ido em socorro dos antigos parceiros em edições anteriores), os mutantes não se mostram páreo para a elite do Império Shiar, em combates bem resolvidos. Disposto a lutar até o fim e cair ao lado da sua amada, Ciclope resiste ao lado dela até que esta, ao vê-lo sendo ferido, novamente libera a Fênix Negra. Horrorizado ao perceber que seria impossível controlar tanto poder, Xavier desperta seus pupilos e ordena que os mesmos se aliem à Guarda para atacar a criatura. No entanto, sempre em momento decisivos, a lealdade, a amizade ou o amor que sentem por Grey fazem com que os X-Men fraquejem. No entanto, Jean estava se exaurindo propositalmente e se colocou na mira do sistema de defesa das ruínas, sendo morta por ele. O impacto da morte de Fênix só teve paralelo com o que ocorreu quando Gwen Stacy faleceu no título do Homem-Aranha. Os fãs fizeram tanto barulho que começou uma espécie de “jogo de empurra” sobre quem era o verdadeiro responsável pela decisão de matar a personagem. Hoje há um consenso de que Jim Shooter deu a ordem depois de ver os originais em que a ex-Garota Marvel apenas sofria uma espécie de lobotomia e perdia todos os poderes. Mas a culpa realmente ficou com John Byrne, que incluiu a cena da destruição de um planeta que não estava no roteiro original, o que fez com que Shooter reprovasse a história original, que pegava leve demais  com a Fênix e, desta forma, tornava tudo muito inverossímil: “Mas quero deixar claro que era menos um problema moral meu com uma personagem que era assassina em massa do que um problema com a história em si”, afirmou o editor.

01 – Os X-Men enfrentam o Círculo Interno do Clube do Inferno (The Uncanny X-Men 129-134; no Brasil, X-Men – A Saga da Fênix Negra)

Reparem em duas "marcas" de Claremont: o visual sádico de Jean Grey (que destoa da forma de vestir de todos os membros homens do Círculo Interno) e a quantidade absurda de diálogos!

Jean vinha há um bom tempo sendo “enfeitiçada” por Jason Wyngarde, um misterioso personagem que parecia saído de uma pintura da aristocracia do Século XVIII. Ele era um poderoso mutante (não, não vou dizer quem), membro Círculo Interno do Clube do Inferno, uma antiga associação de cavalheiros milionários. Protegidos pela fachada respeitável, os membros do Círculo planejam amealhar poder político e financeiro. Além de Wyngarde, faziam parte dele os mutantes Sebastian Shawn, Emma Frost e Harry Leland, além do ciborgue Donald Pierce. Em um primeiro confronto, o Círculo tenta recrutar à força as novas mutantes Cristal e Kitty Pride, falhando mas conseguindo prender Colossus, Wolverine e Tempestade, que são resgatados por Ciclope, Cristal e Jean Grey, que derrota Frost, então a Rainha Branca do Clube do Inferno. Preocupados com o acontecimento, os mutantes de Xavier resolvem invadir a sede do Clube durante uma grande recepção para descobrir o que está acontecendo. Lá, eles enfrentam não apenas o Círculo Interno como também Jean, que, iludida pelos poderes de Wyngarde, se passa para o lado do inimigo, se tornando a Rainha Negra. A situação só não foi um fracasso definitivo porque Wolverine, dado como morto, contra-ataca sozinho, dando a oportunidade para que o grupo conseguisse reagir e escapar, novamente contando com a Fênix como aliada.

Wolverine selvagem, bem longe do herói insosso que ele se tornou no cinema.
Wolverine selvagem, bem longe do herói insosso que ele se tornou no cinema.

Logo de saída, destaco estas edições porque foi à partir daqui que eu acho que a dupla John Byrne – Terry Austin encaixou. As cenas estão muito boas, principalmente as de combate (destaque para Wolverine sendo “o melhor naquilo que faz”). O conceito do Círculo Interno é simplesmente sensacional: um grupo de mutantes ricos e poderosos escondidos à vista de todas, com o desejo apenas de ficarem mais ricos e poderosos. São, de longe, os melhores antagonistas já criados para os X-Men (Irmandade de Mutantes? Nhé!). Por fim, a trama tem um ritmo muito bom, apresentando seus novos personagens com desenvoltura e se desenvolvendo sempre à contento, sem nenhuma saída boba para a resolução dos conflitos. O único defeito é o excesso de diálogo, mas isto é quase uma “marca” do trabalho de Chris Claremont.

Duas curiosidades sobre este arco. Em primeiro lugar, a Cristal, uma cantora de discoteca, foi uma tentativa da Marvel de acompanhar o zeitgeist da época, mas a personagem estreou quando o movimento disco já estava se exaurindo, fazendo com que a mesma tivesse pouco apelo. Outra é que o Clube do Inferno – e, principalmente, o visual das Rainhas, que destoa, e muito!, do dos homens – teve grande inspiração na cena sado-masoquista de New York do fim dos nos 70. É que o roteirista e sua esposa eram frequentadores desta cena na época!

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Passagens que se tornaram lendárias, expressões que ficaram populares, imagens que foram exaustivamente copiadas ao longo dos anos… Não à toa, muito do que vimos nos filmes da “nova” Trilogia dos X-Men tem muito dessa fase. Obrigado, John Byrne!

Ah, sim: obrigado também, Chris Claremont…

JJota

Já foi o espírito vivo dos anos 80 e, como tal, quase pereceu nos anos 90. Salvo - graças, principalmente, ao Selo Vertigo -, descobriu nos últimos anos que a única forma de se manter fã de quadrinhos é desenvolvendo uma cronologia própria, sem heróis superiores ou corporações idiotas.

Este post tem 4 comentários

  1. Vilipendiador Unperucked

    Engraçado o título da história do item 09.
    Se meu “inglês nórdico” não está prevalencendo, o título traduzido seria “Ele só ri quando machuca”.
    Essa história saiu aqui com o título “inverso”: Só Dói Quando Ele Ri.

    Outra tradução curiosa foi a identidade que Colossus assumiu quando vítima de lavagem cerebral. Quando publicada no Brasil ele se chama Gigante do Norte. Décadas depois, nas republicações brazucas, o personagem era o Proletário. As vezes até mesmo os anos 80 tinha seus surtos de “politicamente correto”.

    Em tempos, foi a primeira história que li dos X-Men, ainda moleque, quando estrearam pela Abril (antes eram publicados pela RGE) em Superaventuras Marvel 14.

    1. JJota

      Cara, foi nesta fase que eu comecei a ler X-Men também… Nossa, ainda tá pra surgir uma revista com um mix tão extraordinário quanto Superaventuras Marvel nos anos 80. Acho que só Superamigos (fase Batman, Camelot 3000, Esquadrão Atari, Guerreiro, Novos Titãs… putz, era muito boa mesmo!)

      Essa parada das traduções rende sempre bons artigos. Li um do Jotapê uma vez – acho que foi na antiga Wizard – que era muito interessante. Não sei de onde tiram essas coisas. Pra mim, fica ok um “Ele só ri quando eu sofro!”

      1. Vilipendiador Unperucked

        Superamigos era quase uma bíblia, de tão grossa que era. Por isso a decepção quando depois de várias edições ela “afinou”, ficando com a espessura tradicional dos outros formatinhos.
        E creio que sei qual artigo se refere. Era tão legal que até guardei ele (“dois chops” era foda). Só que aquele texto, salvo engano, tratava de (péssimas) traduções literais (ou a opção por não usa-la). Aqui, especificamente nessa história, as versões simplesmente não tem nada a ver mesmo. Mas vale a lembrança dessa matéria.

        1. JJota

          Era sobre isso mesmo. E, claro, porque sempre tinha um “Jotapê” entre os coadjuvantes…

          Gzuis, lembrei agora do Pedro Prado e da Mirian Lane…

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