Sobre os Pacotes de Dados

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Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Sim eu sei que disse que me desliguei do site, mas fazer o quê? Eles vivem pedindo a minha volta. Então… eu não voltei oficialmente, mas de vez enquanto escreverei algo. Mas sejamos realistas: Ninguém se importa. Então vamos falar de algo que vocês se importam.

Desde o final de 2012 já rolavam boatos de que as operadoras que oferecem o serviço de internet estavam cogitando trabalhar com pacote de dados para a internet fixa, ou seja, se você atingir um determinado número de dados, sua internet seria cortada ou teria a velocidade reduzida. Exatamente como acontece no seu celular, mas como essa notícia não foi divulgada com destaque nos grandes meio de comunicação o assunto morreu.

No começo deste ano a VIVO anunciou que implementaria esse novo modelo e como sempre tivemos um CARTEL, as demais operadoras seguiram o mesmo caminho, exceto a TIM. Recentemente, para melhorar a situação, o presidente da Anatel disse que “(…) a era da internet ilimitada acabou.“.  Ou seja, o órgão que deveria regulamentar as coisas, apoia a iniciativa do CARTEL, digo das operadoras e vai contra o interesse do consumidor.

Dito isso, não irei focar em detalhes jurídicos, se é legal ou não etc. Depois de ler muito e conversar sobre o assunto com alguns amigos, resolvi expor a minha opinião.

O problema não é “Pacote de Dados” e sim a forma como as operadoras querem nos impor esse novo modelo, alegando principalmente que isso “é uma tendência mundial”. Nesse ponto eles não estão errados, em outros países as operadoras trabalham com “Pacotes de dados”. A questão em querer comparar com países desenvolvidos é taxar o consumidor de ignorante.

Conversei com uma amiga canadense sobre a sua internet e, no caso dela, sua internet é de 50 megas. Todas as vezes que ela testa sua conexão, a velocidade costuma manter os 50 megas contratados. E aqui no Brasil? É assim também? Contratamos 10 Megas e temos essa mesma velocidade de uma forma constante? Claro que não. Então não podemos dizer que no exterior as coisas funcionam da mesma forma se aqui no Brasil não temos infraestrutura para tal.

Outro ponto que alguns devem ter relacionado é que praticamente essas operadoras também possui serviço de TV a cabo. Entretanto com a entrada da Netflix e outras empresas que trabalham por meio de streaming fizeram com que o consumidor mudasse o seu hábito de consumo e migrassem para essas novas mídias/empresas. O resultados as operadoras perderam clientes e dinheiro.

Como elas não podem ou não conseguiram proibir a expansão de empresas como Netflix e Whatsapp, elas, então, encontraram no “Plano de Dados” uma forma de dificultar o acesso do usuário a esses serviços. Juntando essa dificuldade de acesso, com uma infraestrutura fraca e um “Pacote de Dados” irreal para o consumo. As pessoas voltariam a usar celular e não Whatsapp bem como voltariam a assistir TV a Cabo ao invés do Netflix. A situação só não é pior porque não podemos voltar a 1998 (ou não? fiquei em dúvida agora).

Para finalizar, se já não bastasse o fato de termos um CARTEL disfarçado, o orgão regulador também faz o jogo das empresas. E para mim esse é  um dos grandes problemas do nosso país, ou seja, os orgãos que deveriam fiscalizar e regulamentar as coisas costumam ser omissos ou estão do lado das empresas e não do consumidor.

Bom essa era a minha opinião. O problema não é o “Plano de Dados” e sim a forma como isso esta sendo imposto. As empresas deveriam melhorar a infraestrutura, seja pressionando o Governo, seja melhorando a qualidade de seus serviços.

Abraços!

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

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