O mundo gamer é realmente fascinante! Ele possui uma vasta gama de personagens. Alguns são os preferidos da galera – isso por N razões: primeiro game, primeiro jogo que terminou ou até por causa de uma roupa bacana.

Da mesma forma que temos aqueles que são considerados os ícones da indústria – como Mario, Sonic (hoje, apagado), Kratos, Master Chief, e por aí vai –, temos aqueles que ficaram na obscuridade do mercado. Figuras muitas vezes cômicas, mas que, por algum detalhe, não conseguiram seu lugar ao Sol. E é justamente sobre eles que iremos falar: os personagens mais bizarros do mercado!

1) Boogerman – Talvez ele não seja o estereótipo de super-herói que conhecemos. Sua conceituação era galgada na base da extravagância e da nojeira. Boogerman veio para o mercado em 1994, lançado para Super Nintendo e Mega Drive. A história gira em torno do excêntrico milionário Snotty Ragsdale (algo como Sr. Catarro) que, após conseguir um emprego de faxineiro (vai saber por quê?!) no laboratório do Dr. Stickbaum (Dr. Grudento), é transportado através de uma máquina para uma dimensão conhecida como X-Crement (sacou o trocadilho?). Lá, ele terá de derrotar o vilão Boogermeister (o mestre das melecas) se quiser voltar a seu mundo.

Boogerman foi um dos poucos games da lista que vem a seguir que conseguiu certa notoriedade. O jogo apresentava gráficos bem trabalhados que retratavam bem o aspecto de sujeira do local. Outra justificativa para esse relativo sucesso se deve à postura temática politicamente incorreta adotada pelo protagonista, uma vez que seus golpes baseavam-se em melecas de nariz, arrotos e flatulências.

Uma boa gama de produtos foi desenvolvida para entrar na onda de sucesso que Boogerman rendeu nos games, mas tudo foi por água abaixo. O personagem não conseguiu conquistar outros mercados e foi fadado ao Tártaro dos personagens esquecidos. Apenas uma participação no game Clayfighter 63 1/3, mas que não ofuscou o personagem e o mesmo acabou por ser aprisionado nos porões da Interplay.

2) Yo! Noid – Games são lembrados por diversos motivos e, no caso de Yo! Noid, seria sua exagerada e irritante dificuldade – dá pra dizer que ele era o Demon’s/Dark Souls dos anos 1980.

Lançado pela Nintendo, podemos dizer que esse foi um dos diversos jogos feitos como “versão”. Yo!Noid usava como base um game licenciado pela Capcom chamado Kamen no Ninja  Hanamaru, um jogo originalmente sobre ninjas (???).

A história desse game é talvez tão bizarra quanto seu protagonista: um noid (coelho) verde e sua turminha do barulho que estão aprontando altas confusões na cidade de Nova York. Então, o prefeito da cidade decide contratar Yo!Noid (o coelho vermelho mascote da Domino’s Pizza) para dar cabo de Green Noid e sua turma. Como recompensa, ele diz que irá pagar um carregamento de pizzas. O herói então assume a sua responsabilidade, e pega sua arma letal…um ioiô –, e sai a caça dos arruaceiros.

O que se pode dizer desse game é que foi uma forma desesperada de marketing que acabou por ficar somente nesse título. Ainda bem!

3) UFO Kamen Yakisoban – Se  houve um personagem que resumisse o termo BIZARRO, esse seria UFO Kamen Yakisoban. Ele foi criado originalmente pela mundialmente famosa empresa de macarrão instantâneo, Nissin. Na época (em meados dos anos 1990), a Nissin decidiu criar um personagem para vender seu novo produto, o macarrão UFO, que apenas tinha como diferencial alguns molhos especiais e temperos diferentes. Mas essa “novidade” ficou restrita apenas ao Japão.

Como os japoneses têm a bizarrice no sangue, surge um super-herói com uma embalagem gigante na cabeça, lutando contra o malvado vilão Kettler (ou, em tradução livre, Chaleira), que atacava nosso herói com rajadas de água quente. Aproveitando o ensejo, a empresa decide abordar um novo mercado, segundo eles, para conquistar as crianças. Assim, chega em 1994 para Super Nintendo, o jogo UFO Kamen Yakisoban: Kettler no KuroiInbō. A história do game conta que o herói estava prestes a casar com a princesa de seu planeta, mas o vilão Kettler acaba raptando a donzela. UFO, então, parte num Beat’em Up desenfreado atrás de sua amada.

 4) Captain Novolin –  Imagine o seguinte caso – suponha que você é portador de diabetes tipo 1 e você quer explicar mais sobre a doença para pessoas que não têm qualquer conhecimento sobre esse tipo de problema. No entanto, seu alvo não são os adultos, e sim as crianças. Qual a melhor maneira de fazê-las cuidar de sua saúde? Simples, faça um jogo!

Essa era a premissa de Captain Novolin, um super-herói que sofria de diabetes tipo 1 e precisava coletar alimentos saudáveis durante as fases e tomar suas doses corretas de insulina. O game foi desenvolvido pela mesma empresa que fabricava insulina, a Novolin, e eles acharam que essa era a melhor maneira de ensinar as crianças a terem uma dieta saudável, e assim, prevenir que contraíssem a doença.

Mas, vamos falar a verdade, se querem fazer uma campanha, FAÇAM COM UM JOGO BOM!!! Captain Novolin era o tipo de super-herói que tinha qualquer tipo de ataque. Sua missão era desviar de rosquinhas, sorvetes, barras de alcaçuz e outros doces que tentavam aumentar a glicose do herói. Isso sim é pura bizarrice!

5) Earthworm Jim – Nem só de bizarros ruins vive o mundo dos games, alguns se sobressaem. Esse foi o caso de Earthworm Jim. A minhoca com corpo cibernético apareceu pela primeira vez no Mega Drive e, após o estrondoso sucesso, teve ports para SuperNes, MS-DOS, Game Gear, Game Boy e Game Boy Advanced.

A história é um tanto quanto estranha. Jim era uma minhoca como qualquer outra, comia terra, fugia de corvos… enfim, fazia coisas de minhoca. Certo dia, no espaço sideral, o maligno Psy-Crow encurrala um viajante intergaláctico, que havia roubado uma super-hiper-mega-ultra-hi-tech-indestrutível roupa espacial construída pelo professor Monkey-For-A-Head. Detalhe, a indumentária havia sido encomendada pela rainha Slug-for-a-Butt para que ela pudesse conquistar a galáxia. Durante a sangrenta luta no espaço, a roupa cai na Terra – bem em cima da pacata minhoca – que acaba conseguindo entrar na armadura, tornando Jim uma minhoca mais inteligente (para os padrões de uma minhoca) e lhe dando habilidades únicas.

O game chamava bastante a atenção pelos gráficos bem trabalhados e trilha sonora bastante marcante. O humor nonsense que o game apresentava fazia todo mundo rir enquanto jogava um game de dificuldade considerável, o que acabou o tornando ainda mais divertido. Porém, Jim foi uma das vítimas de um destino cruel – o esquecimento. Alguns títulos até foram lançados, tentando reviver o icônico robô-minhoca, mas sem o mesmo sucesso. Uma pena!

6) Pepsiman – Grandes companhias usaram os games para atrair mais consumidores para seus produtos. Porém, isso quase sempre foi uma jogada de marketing que não foi bem aceita.

Quando penso em personagens bizarros, sempre me deparo com esse aí de cima, o Pepsiman. Não pelo fato de ele ser um personagem criado pela Pepsi, mas porque o jogo era uma verdadeira perda de tempo, de dinheiro e que me fazia ter vontade de tomar Coca-Cola. Isso porque ele não tinha qualquer tipo de história! Era apenas o personagem, correndo antes de um contador de tempo zerar, enquanto coletava latas de Pepsi ao longo do trajeto.

E a trilha sonora?! Era uma música frenética de remixes extremamente chata. Você tinha que estar com sua dose de açúcar quase explodindo para aguentar, tanto o game, quanto sua irritante trilha. Um verdadeiro lixo!

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