Não deixe de conferir a parte 1.
TEMPOS DIFÍCEIS PARA BRUCE WAYNE
Batman, mais uma vez, resolveu rever seus métodos e voltou a usar um uniforme mais próximo do original e agir em maior sintonia com o Batsquad. Infelizmente, as boas intenções ficaram pelo caminho quando Bruce Wayne foi preso, acusado do assassinato da repórter Vesper Fairchild, encontrada morta à tiros – por uma arma comprada pelo bilionário – na Mansão Wayne.
Com Wayne “foragido”, Batman nunca havia se sentido tão livre. Até atender ao chamado do ex-detetive moribundo Sloans, que lhe pediu que assumisse o único caso que nunca tinha resolvido – o assassinato dos Wayne – e, de quebra, ajudasse a limpar o nome de Bruce.
Voltando a agir como um detetive e novamente contando o apoio de Oráculo, Asa Noturna, Robin e Batgirl, não demorou para que a trama fosse desvendada: Cain, o pai adotivo de Cassandra, havia sido contratado por Lex Luthor, então presidente dos EUA, para sujar o nome de Bruce Wayne. Derrotado, o assassino de aluguel confessou tudo (menos, claro, o nome do mandante) e foi preso. Sem tempo para respirar, o Batman logo se viu envolvido numa nova trama que o tinha como alvo seu alter-ego, orquestrada pelo vilão Silêncio.
CAOS E UMA SURPRESA
Bruce – que já vinha enfrentando dificuldades decorridas da aposentadoria de James Gordon, ocorrida após este sofrer um atentado perpetrado por um policial – enfrentou outro problema quando o pai de Tim Drake descobriu a identidade secreta do filho e confrontou o alter-ego do Batman, exigindo que impedisse seu filho de continuar agindo como Robin, senão entregaria o segredo de Wayne para a imprensa. Sem jeito, Tim se afastou das atividades como vigilante. Para a surpresa de muitos, Batman aceitou o pedido de Stephanie Brown e a treinou para ser sua nova parceira.
Quando foi demitida (e Tim, secretamente e aos poucos, foi voltando a agir como Robin), Steph ficou inconformada e resolveu mostrar para Batman que estava à altura do papel de parceira do Homem-Morcego. Ela pegou um dos diversos “planos de contingência” dele que havia estudado na Batcaverna e resolveu pô-lo em prática por conta própria. Audaciosa, o plano escolhido foi aquele em que um aliado do vigilante, o meliante conhecido como Fósforos Malone, aproveitaria uma situação de tensão entre as diversas gangues de Gotham e assumiria o controle do submundo. O plano fracassou, principalmente porque Stephanie possuía apenas uma visão limitada e desconhecia que o elemento-chave, Fósforos, era, na verdade, um dos disfarces do próprio Batman. Quem aproveitou a situação foi o Máscara Negra, que passou a controlar boa parte do crime da cidade.
Reconstruindo aos poucos suas parcerias, Batman foi apresentado ao jovem Damian, apontado como filho seu e de Talia Al Ghul. Quando Bruce Wayne é dado como morto depois de um confronto com Darkseid, Dick Grayson assume o manto e nomeia o garoto como novo Robin, tentando afastá-lo da influência nefasta do resto da sua família. Já Tim Drake assumiu a identidade de Robin Vermelho.
OUTRAS ASSOCIAÇÕES
Apesar de ter como principal base de operações Gotham City, Batman não se furta a auxiliar a luta contra o mal em outros lugares (embora a recíproca esteja longe de ser verdade: ele detesta interferência externa em sua cidade). Normalmente, Batman age fora de seus domínios em equipe, tendo duas em destaque: a Liga da Justiça e o grupo conhecido como Os Renegados.
Batman é um dos principais membros da Liga da Justiça. Não é uma conviência das mais fáceis, pois o vigilante tem dificuldade no trato com seus aliados. Além disso, não foi muito bem recebida a revelação de que ele mantinha planos de contingência contra cada um deles, que acabaram caindo nas mãos de R’as Al Ghul e usados. Afastado, Batman retornou apenas quando revelou sua identidade para todos, como forma de declarar sua confiança. Apesar de ter ampla liberdade para conversar com o Superman, se sente mais confortável na companhia de integrantes menos proeminentes da equipe, como o Arqueiro Verde e o Elétron.
Quando Lucius Fox foi sequestrado na Markóvia – então dominada pelo Barão Bedlam – e a Liga, seguindo a opinião do Superman de que um resgate poderia gerar um incidente internacional, recusou ajuda, Batman partiu para lá com Raio Negro e se juntou com outros que combatiam o novo regime markoviano: Katana, Geoforça, Metamorfo e Halo. Vendo potencial numa equipe que não precisava ser simplesmente reativa e sem as limitações políticas que a Liga tinha aceitado, Batman os levou para Gotham City, onde adotaram o nome Os Renegados.
INIMIGOS
A grande maioria dos adversários do Batman caracteriza-se por ser violenta, ter ambição local (nada disso de “dominar o mundo”, etc.), não possuir habilidades sobre-humanas e sofrer de sérios distúrbios mentais.
Além dos sempre citados Coringa e Duas-Caras, destacam-se entre os insanos o Espantalho (alter-ego de Jonathan Crane, um ex-psicólogo fascinado pelo estudo das fobias que desenvoleu um gás que desperta as mais variadas formas de medo em suas vítimas), o Senhor Frio (um cientista chamado Victor Fries, que congelou a própria esposa vítima de uma doença mortal para que esta pudesse sobreviver até que uma cura fosse encontrada; um incidente no trabalho fez com que Victor tivesse sua temperatura corporal reduzida, tornando impossível a ele sobreviver em ambientes normais, motivo pelo qual desenvolveu um traje especial que mantém a sua temperatura corporal perto do zero), o Charada (Edward Nigma, homem extremamente inteligente relegado a um papel menor no submundo por sua estranha compulsão de deixar “pistas” para a polícia e, principalmente, para o Batman) e Szasz (um assassino em série que marca suas vítimas fazendo talhos na própria pele).
Entre os mafiosos, quem se sobressai é o Pinguim. Oswald Chesterfield Cobblepot controla uma parte das atividades ilegais de Gotham, embora se dedique mais ao chamado comércio de informação, atuando principalmente no sua boate Iceberg. Tenta compensar sua aparência horrorosa se vestindo sempre de forma elegante, o que, aliado a sua paixão por ornitologia, lhe valeu o apelido de Pinguim. De todos os inimigos do Morcego, é o mais escorregadio. Também podemos citar Arnold Wesker, o Ventríloquo, que comandava sua quadrilha através do boneco Scarface, que agia como um gãngster dos velhos tempos. Wesker foi morto durante os Jogos de Guerra pelo Talião.
Entre os terroristas, o grande destaque, sem dúvida, é Ra’s Al Ghul, senhor da Liga dos Assassinos. Mantido jovem através dos séculos pelos Poços de Lázaro, o Cabeça do Demônio acredita que o excesso de seres humanos é responsável pela decadência do meio ambiente. Segundo sua opinião, a população humana deveria ser reduzida a “níveis administráveis” (cerca de 1/5 da população atual) e conduzida por ele. Ele é o pai de Talia, mãe de Damian.
AMORES
Apesar da vida regregada, Batman já teve diversos relacionamentos amorosos. A maioria, compreensivelmente, foram apenas superficiais, como com a Doutora Luz, Hera Venenosa, Canário Negro e Zatanna. Mas outras tiveram importância maior (ou uma maior repercussão) na vida do herói.
Um dos grandes amores de Bruce foi Rachel Caspian, que ele conheceu ainda no seu segundo ano como vigilante. Órfã de mãe, Rachel desistiu temporariamente de se tornar freira por causa dele, mas voltou atrás quando descobriu que seu pai era o Ceifador, um justiceiro que assassinava criminosos e morreu durante um confronto com o Batman. Wayne viu a rejeição como uma prova de que seu destino era, de fato, ser o Homem-Morcego.
Outra que quase levou Bruce ao altar foi a socialite Silver St. Cloud. Depois de fugir de Gotham por achar que seria impossível aceitar um romance com um homem que arrisca a sua vida como Bruce faz, ela retornou a vida de Wayne apenas para ser morta pelo vilão Onomatopeia.
Outra que morreu foi Vesper Fairchild. A jornalista foi para Gotham disposta a descobrir a identidade secreta do Batman e se envolveu com Bruce, com quem já tinha tido um relacionamento no passado. Ela foi assassinada por Cain na Mansão Wayne, que queria que o namorado dela fosse responsabilizado pelo crime. Foi durante o relacionamento com a radialista que Bruce ganhou uma guarda-costas por imposição da diretoria das Empresas Wayne. Sasha Bordeaux ganhou a confiança de Wayne e passou a ser sua parceira também nas atividades noturnas. Foi presa acusada como cúmplice pelo assassinato de Vesper, pois se recusou a trair o segredo de Wayne e revelar onde estavam na hora do crime. Quando ela aparentemente morreu, Batman descobriu que, na verdade, ela havia sido contratada pela organização de espionagem Xeque-Mate. Diante das negativas do grupo, o Morcego investiu pesado contra o mesmo, até que lhe fosse permitido falar com Sasha, que havia passado por uma cirurgia plástica. Ambos confessam seus sentimentos um pelo outro, mas aceitam que não podem abandonar suas responsabilidades para poderem ficar juntos.
Outro caso de curta duração mas grande destaque aconteceu com a Mulher-Maravilha. A Embaixadora de Themyscira nunca escondeu sua admiração pelo Batman, vendo nele um guerreiro na ampla acepção da palavra. Já Batman desde o início ficou encantado pela beleza e pela inteligência da heroína. A mortalidade do Homem-Morcego acabou pesando na decisão de Diana em não levar o romance adiante.
Curiosamente, no entanto, o relacionamento mais longevo do Batman parece ser mesmo com a Mulher-Gato. Ao longo dos anos, ela e o Morcego (e, antes de revelarem suas identidades, também Bruce e Selina Kyle, seus alter-egos) tiveram diversos momentos íntimos. Chegaram mesmo a engatar um romance mais sério, desfeito quando Bruce colocou em dúvida os sentimentos de ambos, alegando que foram manipulados por Silêncio. Selina ficou magoada e se afastou, mas permaneceu uma aliada ocasional e, de vez em quando, mais que amiga.
MISSÃO ETERNA
Batman trava uma guerra sem fim e de poucas recompensas contra o crime. Uma guerra em várias frentes, inclusive na área social através da Fundação Martha Wayne, que busca ajudar os órfãos e demais desassisitidos de Gotham. Levado a refletir algumas vezes sobre os resultados de sua luta contra o submundo, Batman sempre chega a conclusão de que ainda está fazendo a diferença e de que as coisas seriam muito piores sem sua sombra vigiando as ruas da cidade. E segue em frente.
Perdi o interesse em ler Batman antes dos Novos 52. Quando o Comissário Gordon se aposentou na história Policial Ferido na Jogos de Guerra.
Li algumas coisas da fase do Morrison mas aquilo não me agradou.
Jogos de Guerra (Gordon já estava aposentado há um tempo: em Jogos… houve o rompimento do Batman com o Akins) teve bons momentos. Claro que uma junção de tantos títulos trouxeram alguns momentos meia-boca, mas no geral foi uma boa história com uma escolha equivocada de vilão principal. Fase do Morrison? Uma das piores coisas que já li com o Morcego antes de Novos 52. Se bem que, sinceramente, acho Corporação Batman insuperável em matéria de ruindade.
Escrevi errado.
Quis dizer que perdi o interesse depois de Policial Ferido E Jogos de Guerra.
É… Depois de Jogos de Guerra a coisa complicou muito, com o Morrison assumindo como principal roteirista com aquelas propostas esquisitas dele. Mesmo que outro roteirista tentasse fazer algo bom, ficava preso ao título principal e aquela sandice chamada Batman RIP.
Faltou a Thalia na lista.
Afinal ela deu o primeiro filho dele.
A Thalia foi citada quando falei do Damian e do pai dela. As mudanças feitas pelo Morrison na personagem tiraram praticamente tudo o que tinha nela de interessante.