Nerdtalgia: Transformers Generation One – parte 1

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Tirando o que parece o resultado de efeito alucinógeno pesado, delírios de grandeza ou, simplesmente, incompetência de Michael Bay (que resultou em três “filmes”), sempre gostei da franquia Transformers. Para ser mais exato, sou fã da primeira geração (mais conhecida entre fãs por Generation One ou “G1”). As versões seguintes tiveram seus altos e baixos. Quase todas elas foram exibidas por aqui. Algumas não deixaram saudade e outras tiveram boa aceitação e deixaram muitos fãs, como a fase Beast Wars, nos anos 1990.

Este post abre uma pequena série sobre a Generation One. Além de ser a pioneira, esta foi a fase que fez parte da minha infância. Primeiro, falarei sobre as impressões e lembranças da franquia. Nas partes seguintes, abordarei as versões de TV, publicações e brinquedos.

Após uma pequena pesquisa pela internet, constatei que os Transformers chegaram em terras brazucas primeiramente pelos brinquedos (1985), depois quadrinhos (quase simultaneamente) e, por último, na serie de TV (1986). Mas é engraçado, pois eu tinha a impressão de que a ordem era outra. Como estou ficando velho, é possível que seja apenas minha mente pregando uma peça. O fato é que os brinquedos deram origem aos quadrinhos e desenhos. Estes criados para divulgar os brinquedos e fortalecer a franquia.

ironhidebrawnmirageNissan Vanette (Ironhide), Land Rover Defender (Brawn) e Ligier JS11 (Mirage): sim! Eles existem.

G1 tinha como charme algo que a franquia demorou a resgatar e que tornava a saga mais aceitável: os robôs se transformavam em veículos que realmente existiam. Isso permitia que muitos ficassem furtivos e se misturassem aos terráqueos sem serem percebidos facilmente, tornando a historia mais verossímil (além de sustentar boa parte dela). Esse detalhe se perdeu com o tempo. Na terceira temporada da série, que se inicia logo após o longa da década de 1980 (o qual falarei em outro post) a maioria dos novos Autobots e Decepticons passaram a se transformava em veículos futuristas ou monstrengos de metal.

Antes que alguém cite, claro que é risível um Megatron que se transforma em uma pistola para que outro Decepticon o use (ui!). Além do grande líder dos vilões se tornar um inútil em sua forma de objeto, pois precisava de outro personagem para atacar, ele ainda alterava seu tamanho, o que era mais um “simples detalhe” do que propriamente uma “habilidade” de encolher.

JazzsmokewheelPorsche Martini 935 (Jazz), Datsun 280ZX (Smokescreen) e Lancia Stratos (Wheeljack): só faltam transformar

Também não era possível que os Dinobots passassem despercebidos, por motivos óbvios. No entanto, era perfeitamente possível encontrar modelos reais, como um Lancia Stratos, um Nissan Fairlady Z, Lamborghini LP 500 ou mesmo um simples fusquinha amarelo. E creio que essa proximidade foi o maior acerto da série.

Até breve, com a segunda parte.

Vilipendiador Unperucked

Sempre se metendo em novos projetos e lutando contra pré-conceitos interiores. Já teve pilhas de HQ's, videogames e cartuchos. Hoje somente bons encadernados e um emulador. Ainda assim, sempre tenta colecionar algo. Pensou em escrever sobre a procrastinação mas achou melhor deixar pra semana que vem.

Este post tem 9 comentários

  1. Fantástico, sensacional!!! Eu tava justamente com a ideia de fazer uma série de posts sobre essa que também é uma das minhas franquias favoritas! Que bom que você se deu a esse trabalho!

    Bom, eu também tinha lembranças confusas quanto à ordem de chegada dos Transformers. Pra mim, primeiro tinha sido primeiro os brinquedos (a Estrela lançou uma linha com 6 transformers mais simples, com nível de montagem 1), depois o desenho, e depois as HQs. Realmente, depois, pesquisando, fiquei sabendo justamente isso, que a Bandai entrou num acordo com a Marvel, e fizeram uma Joint Venture, lançando quase simultaneamente os quadrinhos e os brinquedos.

    Infelizmente, na época do G1, o Brasil foi completamente desprezado, e, dos Transformers que tu apresentou nas fotos, só o Brawn (uma versão sumária e feia dele) foi lançado, junto com versões simplificadas do Bumblebee, Sideswipe, dentre outros. Os grandões, de montagem complexa e mais detalhados, como o Optimus, Wheeljack, Smokescreen, Megatron, Starscream, só vieram a ser lançados oficialmente no país, recentemente, por ocasião do filme.

    O resto, infelizmente, só via importação. Inclusive, tô há tempos namorando uns modelos da GI, que foram lançados pela Takara e só são encontrados no Mercado Livre…

    Aliás, fica aqui uma sugestão: se for possível, faça um post sobre os quadrinhos dos Transformers G1, produzidos pela Marvel. Não sei se você se lembra, mas várias histórias são inusitadamente boas. Eu andei relendo algumas coisas, há alguns meses atrás, pra justamente escrever o post sobre os Transformers, e li umas coisas interessantíssimas.

    1. Vilipendiador Unperucked

      Valeu pelo incentivo!
      Pretendo sim passar pelos três lados desse triângulo (desenho, HQ e brinquedos) e tentar apontar as diferenças e singularidades de cada uma.

  2. Renver

    É no G1 que o Megatron virava uma arma?

    E excelente proposta… acompanharei fielmente o especial.

    1. No G1 o Megatron virava uma pistola. Era engraçada, inclusive, a desproporção. Numa das aberturas do desenho animado, o Megatron, um dos maiores robos dos Decepticons, virava uma pistola e ia parar na mão do Starscream, que dava um tirinho… ahahahaha

      1. Vilipendiador Unperucked

        Como eu falei, a desproporção incomodava bastante, pelo menos a mim, mas tem uma explicação. Não era habilidade do Megatron se encolher.
        Isso será esclarecido quando eu falar dos brinquedos.

      2. JJota

        O Soundwave virava um rádio, cara. E aquela pantera deles se tranformava em… uma fita cassete!

  3. Raphael Bellem

    Foi bom voltar ao ano de 1986 lendo este post!

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