My Way – A melhor música da história!

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Olá, meus amigos!

Hoje, não venho com o meu típico “fala galera” ou com alguma piada infame de duplo sentido. Na verdade, venho fazer um teste ou, quem sabe, até um desabafo, visto que, me aventurando pela ala musical, farei algo inédito aqui no site. Não venho comentar sobre álbuns ou minha banda predileta. Para ser mais exato não falarei sequer de um artista. Meu objetivo hoje é tão somente analisar o efeito da música, abrangendo tanto o aspecto físico quanto o emocional. Bom, tentarei não me estender. Desse modo, passo para a eleita, esta chama-se “My Way”, da qual falarei do meu jeito.

Acredito que muitos já tenham escutado pela voz de Sinatra, Elvis e até de Robbie Willians, porém qual de vocês realmente a ouviu? Quando pararam para refletir sobre a letra, deixando-se chegar a um nível de abstração em que não se reconhecem mais palavras, intérpretes ou arranjos? Creio que, devido à correria do dia-a-dia, poucos tenham desfrutado de tamanho prazer.  Porém, os aconselho: é uma experiência sensacional!

Tradução da música:
Meu Jeito ( My Way)
E agora o fim está próximo
E portanto encaro o desafio final
Meu amigo, direi claramente
Irei expor o meu caso do qual estou certo
Eu tenho vivido uma vida completa
Viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Arrependimetos, eu tive alguns
Mas aí, novamente, pouquíssimos para mencionar
Eu fiz o que eu devia ter feito
E passei por tudo consciente, sem exceção
Eu planejei cada caminho do mapa
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito
Sim, em certos momentos, tenho certeza que tu sabias
Que eu mordia mais do que eu podia mastigar
Todavia fora tudo apenas quando restavam dúvidas
Eu engolia e cuspia fora
Eu enfrentei a tudo e de pé firme continuei
E fiz tudo do meu jeito
Eu já amei, ri e chorei
Cometi minhas falhas, tive a minha parte nas derrotas
E agora conforme as lágrimas escorrem
Eu acho tudo tão divertido
E pensar que eu fiz tudo isto
E devo dizer, sem muita tímidez
Ah não, ah não, não eu
Eu fiz tudo do meu jeito
E para que serve um homem, o que ele possui?
Senão ele mesmo, então ele não tem nada
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém de joelhos
Os registros mostram, eu recebi as pancadas
E fiz tudo do meu jeito

Acredito que muitos não saibam, mas “My Way” é o título em inglês da canção francesa “Comme d’habitude”, primeiramente interpretada por Cláude François, em 1967.  Todavia, como a versão estadunidense manteve somente a melodia, o texto é completamente diferente da versão original. Nesta resenha ater-me-ei à versão de 1968.

A letra de Paul Anka, a meu ver, interpretada por Sinatra, é de uma simplicidade tão ímpar quanto profunda. Arranjada em tom melancólico, por se tratar dos últimos suspiros do personagem, a canção traz um discurso narrado em primeira pessoa que, em forma de conselho ou desabafo, relata o apanhado de toda a sua vida. Porém, diferente da morbidez temática, durante a canção mal se escuta menções ao arrependimento e/ou desespero. Pelo contrário, a letra desenvolve-se sobre uma espécie de louvor à superação do homem pelo próprio, no qual, assumindo as consequências de seus ideais, enfrenta-se toda e qualquer imposição sem se acovardar, ou se deixar levar pela influência de terceiros. Ou seja, o conteúdo da letra, assim, preocupa-se com o seu caminho, vivendo, literalmente, do seu jeito.

Sinatra, no auge de sua maturidade, mostrando o porquê de ser considerado o melhor intérprete de “My Way”.

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Eternizada por um gênio de voz forte e melodiosa, nem Elvis fora capaz superá-lo.  Explosivo, alcoólatra e viciado em sexo! Amante incansável da vida e detentor de um amor doentio por Ava Gardner, Frank Sinatra, conhecido como Blue Eyes,  sem sombra de dúvida, foi o melhor dos intérpretes de “My Way”.De vencedor do Oscar à figura de comportamento violento e estreita ligação com a máfia, Sinatra jamais se deixou abater pelas diversas críticas apesar de não ser um grande exemplo de homem. Da primeira aposentadoria na década de setenta ao sucesso “New York, New York”! Da recusa em Hollywood a vencedor do Oscar! Não é por menos que o escolho. Afinal, dentre todos os que se arriscaram a superá-lo, ninguém tem uma trajetória tão condizente com tudo apresentado. Ele jamais deixou de acreditar em si mesmo.

Logo abaixo, a versão cantada por Elvis Presley.

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Viver do que se ama é quase um calvário para nós, artistas. Por isso, faço questão de, nos momentos de maior agonia, em meio a dívidas e descrédito público, ouvir essa canção no volume máximo. A interpretação neste momento se faz de extrema importância, pois, a despeito dos ótimos cantores que a regravaram, somente Frank Sinatra conseguira usufruir da força emanada na composição. Não seria exagero afirmar que, a despeito do ano de seu lançamento (1968), a obra tornou-se atemporal, integrando o seletíssimo hall das dez músicas mais interpretadas de todos os tempos, perdendo o topo apenas para Yesterday, dos Beatles.

Quanto aos elementos técnicos, poderia discorrer mais algumas páginas. Contudo, muito além desses detalhes, tenho como objetivo destacar o “algo mais” que me inclinou a resenhá-la. Francamente, não gastaria o tempo de vocês para falar sobre algo que não tenho propriedade. Na verdade, gostaria apenas de expressar a mensagem que me fora passada, pois, como disse anteriormente, vali-me da composição como uma espécie de hino utópico. Talvez, uma forma material de provar que, contrário ao achismo do mundo, jamais deixaria de seguir o meu ideal.  Por isso, vim por meio desta exaltar a relevância de tal obra  no que diz respeito a minha manutenção como escritor. Não sei se fui feliz no meu objetivo. Talvez, isso nem deva ser considerado uma matéria ou, quiçá, resenha, pois, levada ao senso crítico, o tom intimista deve deixá-la beirando o patético.  Desse modo, prefiro vê-la como desabafo ou, no máximo, um conselho.

Gostaria de afirmar, por fim, que boa parte da minha identificação, assim como a do grande público parece vir do fato de que “My Way” tem um pouco da história de cada um de nós. No dia-a-dia, conciliando a necessidade com o prazer,  travamos nossas próprias batalhas. Por isso, a mensagem gravada nesta canção penetra em nossas almas com tanta facilidade.  De teimoso para a pessoa sonhadora que acredita em seus pontos de vista, infelizmente, existe uma linha bem tênue de diferenciação. Porém, o sucesso ou o fracasso  independente do que os outros digam em certas ocasiões só cabe a nós mesmos.  Talvez, por medo do desconhecido, não tenhamos perseverado o suficiente. No entanto, respaldado pela coragem transmitida, certifiquei-me que é melhor buscar a vitória no impossível, do que amargar a derrota de nunca termos tentado.

Arrependido ou não, vencido ou derrotado, só conseguiremos a maior das vitórias quando nos livrarmos das amarras do lógico, para  trilharmos o caminho do nosso jeito.  Sem mais, gostaria encerrar, mais uma vez, dando os créditos de tal maravilha ao compositor Paul Anka, que a escreveu a partir de uma canção francesa de Cláude François.

Deixo a vocês, para fechar com chave de ouro, as duas versões mais inusitadas, porém divertidíssimas, de “My Way”.

A primeira, de Sid Vicious:

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A segunda, da também performática Nina Hagen:
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E aí, qual vocês preferem? Eu curto a segunda versão, ainda mais a do Rock In Rio de 1985. Não conhecia alemãs de pernas grossas rs

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem 20 comentários

    1. Jobson Carlos

      Respeito sua opinião, seu comentário foi espetacular, mas na minha opinião prefiro na voz de Elvis Presley, não estar em pauta os méritos ganhos de Sinatra (Merecidos) um abraço!

      1. Sara

        Também respeito opiniões contrárias, mas prefiro My way na voz de Elvis. É simplesmente magistral. Aliás, a música tem tudo a ver com a vida do próprio Elvis.

    1. Don Vittor

      hahahaaahahhaahaha Realmente. São versões muito inusitadas.

  1. Sandra Mel

    Matéria Show, Vitto. Nina Hagen estava tendo convulsões, fala sério kkkkkkkkkkkkkkkkk … bjosss

      1. Sandra Mel

        Fala sério Vitto, eu faço isso no chuveiro kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

          1. Sandra Mel

            não ganho nada por isso, pensando bem, ela é foda kkkkkkkkkkkk

          2. Don Vittor

            É sim, te disse rs

  2. toddy

    a letra é muito boa mesmo vitto! pena q ñ consegui ler tudo direito! amanha quando estiver sóbrio vou olhar melhor! valeu

  3. Ricardo Klass

    Na época mais difícil da vida de Marilyn Monroe, ele protegeu-a de oportunistas e, dela mesma, na época ela muito dependente de medicações, aliás, Sinatra foi um dos poucos que Marilyn permitia chama-la pelo nome de batismo, Norma Jean: dividiram mesmo teto por sete meses. Quando Marilyn faleceu pouco tempo depois, the voice perseguiu e destruiu a carreira de todos que considerou responsáveis diretos pela morte de seu grande amor e aqueles que haviam abandonado Marilyn: em novembro de 1963 Kennedy foi fuzilado em Dallas e Sinatra sabia da trama com antecedência mas, preferiu ficar calado.

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