Literatura Marginal

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A Literatura Marginal surgiu em meados dos anos 70. Eram poetas, músicos e pintores que faziam suas produções e as publicavam fora do mercado editorial. Eram completamente independentes e suas artes eram feitas com tons críticos sobre a sociedade, traziam suas essências, as gírias, o jeito mais solto de se expressar. Era arte da periferia.

Hoje, a Literatura Marginal está mais ativa que nunca. Cada vez mais jovens mostram através de seus escritos a vida urbana da periferia. Usam das letras para fazerem seus manifestos, para falar de amor, das dificuldades da vida e sobre seu olhar sobre o mundo que os cerca.

Os saraus urbanos têm proliferado de uma maneira exorbitante. Jovens de todas as idades formam seus grupos e organizam esses eventos que acontecem pelas ruas da periferia. É uma forma de aproximar o público da Literatura Marginal. Precisam apenas de um microfone e cabeças pensantes. E a arte acontece por meio de poesia, rimas de rap, pinturas… Trazem toda a carga da criatividade rica dos artistas. Apresentam um mundo de possibilidades através de debates, palestras e sempre incentivo à leitura e o expressar. São espaços democráticos abertos a todo tipo de arte. Os saraus ajudam o indivíduo jovem a perder o medo de dizer o que pensa e fortalece a divulgação do ambiente onde vivem.

A Baixada Fluminense do Rio de Janeiro e a periferia de São Paulo são grandes exemplos nesse tipo de Literatura. Os saraus pipocam por todo cantos das cidades desses lugares. Um grande número de jovens usa das letras em tons críticos, usando linguagem coloquial, palavrões e recursos visuais para darem maior visibilidade à sua arte. Seus textos e grafites falam sobre problemas sociais, como preconceito racial, política, falta de oportunidade. Vivem e expressam a periferia.

A Literatura Marginal é a voz das ruas, que tenta se fazer ouvida pelo mundo.

Na página Slam da resistencia podem ser encontrados vídeos de vários desses saraus. Vale a pena conferir.

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