Iluminamos: Kekkaishi, mestre de barreiras – um shounen com conteúdo

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Todo mundo conhece a velha fórmula: batalhas intermináveis, heróis superpoderosos com algum nível de complexo de inferioridade… e burros como uma porta. Mesmo que 90% dos shounen (que aparecem por aqui) possam ser resumidos nesse pequeno modelo (em menor ou maior grau, claro), isso não significa que eles sejam ruins. Até porque, um mangá não deve ser julgado apenas por seu valor artístico ou narrativo, o que define um bom mangá é a diversão que ele proporciona ou, misturando o ótimo Bakuman com Campos dos Sonhos, “se (o mangá) for interessante eles (os leitores) virão”.

No entanto, vez ou outra, alguém pega esse mesmo esqueminha e dá uma incrementada, mesmo que só um pouquinho, e o resultado pode ser mais do que uma narrativa interessante. No caso de Kekkaishi, pode se dizer que o diferencial seja um leve toque feminino, proporcionado pela autora Yellow Tanabe. Por coincidência, o mangá foi publicado no Japão na Shounen Sunday, lar de outros sucessos também de autoria de uma mulher, Ranma ½ e InuYasha, de Rumiko Takahashi.

Seguindo a linha sobrenatural, a trama narra as aventuras de dois jovens “mestres de barreiras”, os kekkaishis do título, Yoshimori Sumimura (14 anos) e Tokine Yukimura (16 anos). De famílias rivais, os dois são protetores da escola Karasumori que guarda uma entidade/poder paranormal que atrai monstros (ayakashis) gulosos desse poder. Em meio a essa rotina de constantes batalhas, a trama muda de figura com o aparecimento da organização Urakai, uma espécie de conselho responsável por comandar o submundo sobrenatural, que deseja tirar a defesa da propriedade das mãos dos kekkaishis.

Com seu foco longe das batalhas espalhafatosas, Kekkaishi é uma ótima pedida para o leitor já enjoado da “porradaria” de sempre e das sagas infindáveis com pouco ou nenhum desenvolvimento narrativo ao longo de vários capítulos. A ação corre de maneira bem direta e as diversas tramas que compõem o enredo principal vão se desenvolvendo de maneira bem agradável levando a algumas reviravoltas no decorrer da história.

No Brasil, o mangá sai pela Panini e já está na 16ª edição, com periodicidade bimestral (que na editora italiana pode significar de 3 a 6 meses). No Japão, a história foi concluída no ano passado, no volume 35, o que pode fazer com que os volumes saiam mais depressa por aqui (contando, claro, com as negociações entre as editoras).

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

Este post tem 2 comentários

  1. Ladysyf

    Assisti esse anime há um bom tempo já, e curti tanto que fikei na saudade qdo acabou e fui atrás do mangá, acabei lendo em inglês e nem assim meu coração se acalmou! Quem sabe um dia ainda pode ter mais… :/ Como Messias descreveu, a estória começa c a rotina diária dos ayakashis e das barreiras e vai evoluindo com outros sub-plots, como as diferenças entre as habilidades dos 2 herdeiros das casas e os desafios crescentes, o resto da família Yoshimori, a organização das sombras, a origem do Karasumori, com tudo mesclado a um dia-a-dia de 2 famílias singulares! Adorei ver Kekkaishi iluminado aqui, pois considero ótima diversão! Belo artigo! *_*

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