Justus e os Games

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Estava eu, tranquilamente, fazendo nada, quando minha amada mamãe ligou. Era mais uma tentativa de me convencer a assistir TV aberta. Constantemente, ela me fala sobre algum programa sendo exibido na Globo, SBT ou Record. Na maioria das vezes, são conteúdos interessantes, como arte, viagens e jogos, mas, infelizmente, em TV, os tipos de linguagem e profundidade de conteúdo não correspondem ao que eu quero. Prefiro algo mais complexo, detalhado e democrático (muitas vezes, a TV parte de estereótipos e fica nisso).

 justuTodavia, nesta semana, minha mãe recomendou um programa que valeu a pena ser visto. Seu nome é Roberto Justus +, da Record. O tema era Games. Claro que nada muito aprofundado; quem já trabalha, estuda ou acompanha o mercado de jogos eletrônicos não verá nada de novo.

O que me agradou foi o posicionamento do programa. Os games foram tratados de forma madura (apesar de percebermos o espanto do apresentador em alguns momentos, como se aquilo fosse uma novidade). Fugiu do discurso clássico (e irritante) que afirma que jogos (“joguinhos”) são coisa de criança; estimulam a violência; impedem a sociabilidade; e servem apenas para entretenimento. O programa mostrou o lado positivo dos jogos, como a inserção no mercado profissional ou o videogame como objeto de sociabilidade e forma de arte.

Desnecessário foi chamar Lucas Silveira, do Fresno.

freso

Não gosto de TV aberta e odeio Roberto Justus. Mas tenho que dar o braço a torcer (desculpa, mãe! ). Ele poderia ser melhor? Claro que sim, contudo não podemos exigir muito deste antigo complexo midiático. É um bom começo para os velhinhos da radiodifusão…

E espero que esse tipo de abordagem permaneça a partir de agora (não tenho esperança, mas é humano se enganar…)

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

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