[Star Wars] Jedicon 2015: O Lado Brasileiro da Força.

Nos dias 28 e 29 de novembro de 2015 ocorreu a tão esperada Jedicon XVII, o maior evento carioca (caminhando pra ser o maior do Brasil) pros fãs de Guerra nas Estrelas. A convenção foi, no geral, bem sucedida, com alguns pontos negativos e muitíssimos positivos.

Prato cheio pra quem é fã e ama a franquia, a convenção deste ano contou com algumas importantes atrações internacionais, e diversas outras atrações menos divulgadas, mas nem por isso não menos interessantes. Como sempre fui meio do contra, decidi não dar tanta cobertura aos eventos principais, até porque diversos outros sites nerds deram uma cobertura melhor e mais privilegiada do que a minha pobre, de ingresso social de R$ 22,00. Por conta disso, dei mais destaque às exposições e palestras secundárias, que, por sinal, foram excelentes. Ao longo desta semana especial Guerra nas Estrelas, falarei delas em mais detalhes. Esse primeiro post, assim, vai ser mais uma geral de como foi o evento. Pra começar, os pontos negativos. A Jedicon está crescendo em importância de maneira assustadora, e, nesse ano, especialmente, com a expectativa em torno do lançamento de Guerra nas Estrelas VII nos cinemas, me pareceu que o Planetário da Gávea ficou pequeno demais pra quantidade de gente que apareceu por lá. A impressão que tive foi a de que a presença do público superou demais até mesmo a mais otimista expectativa dos organizadores, e o evento simplesmente não deu conta.

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Uma boa fila, uma hora antes da palestra.

Minha impressão se baseia na seguinte percepção: os eventos costumaram ter entre 30 minutos e 1 hora de duração cada, porém, eram programados quase que em sequência, sem intervalos entre um evento e outro, e ao mesmo tempo em duas salas do Planetário (Carl Sagan e Galileu Galilei). No entanto, as filas de cada evento pra quem não era VIP (que tinha cadeira garantida em todos os eventos), começavam a se formar, pelo menos, 40 minutos antes do início dos eventos. Ou seja, para conseguir assento em um evento em outra sala, o fã simplesmente tinha de abrir mão do evento seguinte na sala onde estava, pois precisaria chegar às filas com bastante antecedência, o que era impossível, visto que as atrações quase sempre estouraram seus prazos de apresentação, tornando praticamente impossível sair um pouco mais cedo de uma atração pra já se adiantar na fila da seguinte.

Esse esquema de atrações consecutivas, sem intervalo entre elas, funciona quando se tem um evento menor, com menos público (ou seja, menos filas e chegada mais rápida aos eventos), ou, quando se hospeda o evento em uma estrutura maior, com mais salas maiores e assentos à disposição dos fãs. Chato é que a Jedicon já não se encaixa em nenhum desses dois perfis: já está grande demais em matéria de público, e o Planetário da Gávea pequeno demais pra ela.

Outro pequeno problema, a meu ver, foi a desinformação de quem lá trabalhava. Eu tive que praticamente fazer um trabalho de investigação dedutivo-indutiva pra saber qual era a atração da vez na cúpula Galileu Galilei, por exemplo, já que os seguranças não sabiam de nada, as moças da organização não sabiam se a atração estava atrasada ou o público nas filas adiantado, e o povo nas filas muitas vezes não sabia nem o que tava fazendo ali. O nível de desinformação era tão grande que uma meia hora antes do início de uma das palestras, as meninas encarregadas pelos bilhetes para as cadeiras sequer sabiam quem eram os palestrantes do evento seguinte, sendo que estes ficaram durante vários minutos em pé, parados, com seus enormes crachás laranjas com a inscrição “palestrante” pendurados à deriva, até que finalmente, após vários minutos de espera, alguns palestrantes tiveram que chamar a atenção das meninas e dar uma carteirada (no caso, uma “crachazada”), pra poderem terem acesso ao auditório e se prepararem com alguma antecedência mínima para suas respectivas palestras.

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Telão de um dos salões de palestra. Só que sem palestrantes….

 

Um último detalhe que me chamou a atenção negativamente foi a falta de sinalização e informação para o público. O pessoal que ficava no balcão de informações, logo na entrada do Planetário, até era bastante simpático e tinha boa vontade, mas, muitas vezes, deixou a desejar em seu objetivo de ser realmente um balcão de informações. Após o evento que marcou o lançamento oficial do Almanaque Jedi, fui ao balcão de informações pra perguntar onde outros exemplares estariam à venda. A menina das “informações” (muito simpática) mandou que eu fosse ao balcão que vendia souvenires e camisas de Guerra nas Estrelas e lá perguntasse, pois eles saberiam. Só pra vocês terem uma ideia…

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É isso aí, Boba, meu camarada. Manda ver.

No mais, a convenção foi fantástica. Infelizmente, não pude ver o painel do Timothy Zahn, nem a exposição de naves (como disse antes, as filas estavam impraticáveis, dando várias voltas pelas salas, e eu era um mendigo sem crachá VIP), mas assisti a algumas palestras muito boas (sobre as quais falarei com mais detalhes ao longo da semana), os Cosplays estavam fantásticos, e a Jedicon está nitidamente crescendo em importância, a nível nacional. Só pra terem uma ideia, na fila de entrada da convenção, conversei com um casal de cearenses, um paulista e uma catarinense, que vieram só pra participar do evento. Com a expectativa de lançamento dos outros dois filmes, ao longo dos próximos anos, e a publicidade derivada disso, a Jedicon tem possibilidade de tomar uma proporção maior ainda.

Colossus de Cyttorak

Detentor dos segredos da Mãe-Rússia, fã incondicional de jogos da antiga SNK (antes de virar esse arremedo, chamado SNK Playmore), e da Konami, Piotr Nikolaievitch Rasputin Campello parte em busca daquilo que nenhum membro da antiga URSS poderia ter - conhecimento do mundo ocidental. Nessa nova vida, que já conta com três décadas de aventuras, Colossus de Cyttorak já aprendeu uma coisa - não se deve misturar Sucrilhos com vodka, nunca!!!!

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