Iuminamos: K-On! – Paraíso do Lolicon

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Todo fã de cultura japonesa com idade o suficiente para saber o que é uma punhetinha ou que tenha ao menos folheado um mangá de Ken Akamatsu (Love Hina, Negima), já deve ter parado e se feito aquelas perguntas dolorosas: serei eu um lolicon? Lolicon é pedofilia? É coisa do demônio? Devo começar a plastificar meus mangás?

Confesso que eu mesmo já refleti bastante sobre o famoso Complexo de Lolita (não em suas implicações psicanalíticas, quem entende disso é o Sr. Ebony Spider), e essas reflexões me levaram a crer que existe sim espaço para uma prática lolicon saudável e até inocente (por que, não?!). Muito distante daqueles títulos bizarros dos cantos mais obscuros da internet (pesquise Oyster – um mangaka – por sua conta e risco no Google), K-On aparece como uma opção para quem curte uma fofura-kawaii (pleonasmo multilinguístico intencional), um fanservice bem levinho e comédia besteirol da melhor qualidade.

Ritsu (baterista mandona), Mio (baixista envergonhada), a protagonista Yui (guitarrista preguiçosa), Mugi (tecladista masoquista) e a novinha Azusa “Azu-nyan” Nakano (segunda guitarrista)

Depois do post inicial da minha coluna, sobre o gordinho perdedor e tarado, sei que fica meio difícil confiar no meu discernimento quanto ao que seria o nível humanamente respeitável de qualquer coisa, mas acreditem, K-On é diversão para toda família e não tem NADA de ofensivo ou explícito (para a tristeza da turma da mão peluda).

Isso é ofensivo para vocês?

Na trama, um grupo de garotas colegiais decide entrar para o clube de Música Leve (keiongaku, música pop, no bom português) da escola e formar uma banda de rock – apesar de nenhuma delas ser muito boa com os instrumentos, como não poderia deixar de ser. Após os percalços iniciais, as quatro amigas, entre as inúmeras pausas para chá e viagens de férias, vão se entrosando e começando a melhorar individualmente e como grupo.

O mito, a lenda, o gênio Kakily-sensei

Sei, não poderia haver enredo mais manjado e clichê, mas o “diferencial” da obra de Kakifly, tachado de “o mestre das coxas”, é ver como a arte mais figurativa e menos estilizada do mangaká (kawaii por excelência) combina perfeitamente com a leveza (e simplicidade, à bem da verdade) da história. Ou seja, seu chefe tá chato, tirou nota baixa ou tá sendo “bullyiado” na escola, seu filho pentelho quebrou a casa toda, tire uns minutinhos do seu dia e caia de cabeça nessa verdadeira overdose de meninas fofinhas e Rock’n’roll juvenil.  Imperdível!

SERVIÇO:

No Brasil, o mangá está sendo lançado pela editora New Pop e já saíram três das quatro edições que compõem o título. O valor de R$ 14,90 é bastante justo ao avaliarmos o formato (15×21), o papel e também a quantidade de imagens coloridas (capas, contracapas e histórias e de abertura). Há também a opção dos vários grupos de scanlators na internet em inglês e até mesmo em português (é só saber garimpar).

O tão aguardado (por mim) quarto volume, ainda inédito por aqui.

Já ia esquecendo, o mangá é um 4koma (yon-koma, quatro quadrinhos/partes). O formato consiste numa espécie de tirinha vertical (quem frequenta 4chan’s e 9Gag’s da vida conhece) muito popular no Japão, mas bem diferente do que a gente tá acostumado. Mesmo sendo um leitor de mangá assíduo, várias vezes eu erro a ordem de leitura de uma página! O que longe de ser um empecilho só torna mais divertida a leitura.

Como é de praxe, K-On! gerou um anime, os 13 episódios mais um OVA (Original Video Animation) da primeira temporada podem ser conferidos nos melhores sites do ramo, como o an-house.net. Confesso que faz anos que não assisto um anime, me dedicando inteiramente aos mangás, então não posso opinar.

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

Este post tem 6 comentários

  1. Victor Vaughan

    Muito bom, Messias, nada como um bom motivo pra ser LOLITEIRO, sem ser chamado de tarado, afinal como Nelson Rodrigues nos fala: “tarado é toda pessoa normal pega no flagra”.

  2. Eu fico PUTO, quanto algum doente, pervertido e perdedor, usa a cultura para estravasar seus desejos da forma mais hipócrita do mundo, e os japoneses são mestres nisso!

    PS:Não li o post, então não estou falando de você!

    1. Ser lolicon não é pedofilia

      Eu fuco puto quando alguém do país do funk putaria, crítica a obra fictícia de alguém por conter conteúdo polêmico.

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