Iron Maiden: The Book Of Souls

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Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? No dia 4 de setembro fomos apresentados ao novo trabalho da banda inglesa, Iron Maiden. Por ter feito a pre-order, The Book Of Souls ficou disponível às 20h do dia anterior e como vocês sabem, sou muito fã da banda e estou desde então ouvindo o material.

Passado mais de 1 mês ouvindo, literalmente, The Book Of Souls sem parar, cheguei à conclusão de que este é um trabalho muito bom, superior ao seu antecessor, The Final Frontier, e um dos 3 melhores trabalhos da banda desde a formação do sexteto.

Conversando com uns amigos, antes e depois do lançamento, chegamos à conclusão de que a maioria dos fãs reclamam porque estão sempre à espera de um novo The Number ou Powerslave, ou seja, querem um Iron Maiden dos anos 80. O grande problema é que não vivemos mais nos anos 80 e a sonoridade do Maiden, hoje, é bem diferente daquela época. As outrora músicas rápidas de 3 minutos, hoje, são as de 5, 6 minutos.

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Em The Book of Souls, encontramos um Iron que vive o seu melhor momento musical e, tecnicamente falando, com direito a experimentar novos sons e novos elementos, sem a necessidade de ficar copiando os elementos do passado, que tanto o consagrou. Aqui, encontramos um material digno da grandeza da banda, com excelentes músicas e uma notável evolução técnica.

Sinceramente? Para mim, o grande destaque desse novo trabalho é a maior participação da dupla Bruce/Adrian e a menos participação do Harris no que diz respeito as composições. Justamente por Harris não ficar tão envolvido com as composições (apenas uma é de sua autoria), encontramos um Iron realizando  músicas com melodias menos repetitivas e muito longas (vide as que encontramos em A Matter of Life and Death e The Final Frontier).

Se este será o último trabalho da Donzela, confesso que não sei, mas por incrível que pareça, esse álbum me deu esperanças de ver um Iron ainda na estrada, por pelo menos mais cinco anos. Ainda há muita criatividade para se explorar. Bruce ainda está ainda com projetos em andamento, como o anúncio de mais um álbum solo, e Harris já disse que só se aposentarão quando perderem a vontade de tocar.

Ao longo dos seus 90 minutos, divididos em 11 músicas, resolvi destacar as que mais me chamaram atenção:

BoS_Post02If Eternity Should Fail – A música que inicia os trabalhos com uma introdução simples e, logo em seguida, com um dos riffs mais empolgantes da Donzela. Bruce esta perfeito, mostrando cada vez mais o quão técnico ele é e, consequentemente, consegue manter sua voz com qualidade ao longo dos anos. Curiosidade à parte, esta música faria parte do álbum solo do Bruce, tanto que ela foi tocada em Drop D.

Speed of Light –  Música com todas as características do Iron Maiden: Rápida e com um refrão forte. Foi a primeira a ser disponibilizada pelo grupo com direito a vídeo clipe e um jogo web. Toda o seu estilo me remete a fase do Piece Of Mind.

Tears of a Clown – Com uma linda melodia e aliada a uma interpretação magnífica de Bruce, essa grade dedicatória a Robin Williams é, com certeza, uma das melhores composições da Donzela e a melhor música do álbum. Simplesmente sensacional.

Empire of the Cloud – Bom, o que falar deste épico de 18 minutos? Essa música é e não é Iron Maiden ao mesmo tempo. Ela não é Iron Maiden por causa do piano e de toda parte orquestrada. Porém ela é Iron Maiden por possuir uma simplicidade única. Definitivamente é a melhor música da carreira do Dickinson.

Sempre que escuto Empire of the Cloud, me lembro de uma conversa que tive com um tio sobre música, quando eu tinha os meus 17-18 anos. Ele criticava a música que eu ouvia (Heavy Metal) e chegou a falar de Queen. Lembro que seu argumento era que o Queen começou como uma banda de rock e acabou com músicas orquestradas (no caso ele estava usando Bohemian Rhapsody como referência). Bom, se esse era o argumento dele para justificar que o Queen foi a melhor banda que existiu, posso falar o mesmo do Iron com o mesmo argumento, ou seja, o Iron começou como uma banda de Heavy Metal e terminou com música orquestrada.

Resumindo: The Book of Souls é um ótimo trabalho da Donzela, como disse acima, o 3º melhor álbum da banda desde a nova formação, perdendo apenas para Dance of Death e Brave New World.

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

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