Iluminerds na Geek & Game – Parte 2 de 2

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Um dia pareceu suficiente para conhecer a GGRF2017. No sábado, o evento encheu aos poucos, sendo possível circular livremente pelos estandes, havendo alguma espera apenas nos que disponibilizavam games para os visitantes jogarem.

Havia bastante espaço nas mesas, um total de 40, do Board Game Alley, em que expositores como Galápagos promoviam seus jogos de tabuleiro e partidas deles.

Reservado para encontros com o público, o Hiker Station contava com um enorme telão, acima de um tablado onde os debatedores se posicionavam, onde eram exibidas imagens pré-selecionadas e, eventualmente, as legendas da tradução simultânea de convidados estrangeiros. Foi outro conceito acertado: um auditório praticamente aberto, apenas cercado por cancelas, onde qualquer um poderia entrar ou simplesmente ficar de boas em volta, vendo o desenrolar dos painéis.

Foi exatamente assim que vi trechos de “Quadrinhos como Ferramenta de Protesto”, em que David Lloyd avistou um atencioso cosplayer de V, e Luciano Cunha falou das três adaptações de suas hqs do Doutrinador : filme, série live action e animação. O painel contou com a mediação Ana Christina Rodrigues e a participação de Beliza Buzollo, dos quadrinhos Na Ponta da Língua.

Opções de alimentação ladeavam o Hiker Station e o palco do Cosplay Awards, dentro do mesmo pavilhão. Lojas de fast-food intercalavam com food trucks (acabamos escolhendo um desses por volta das 13h de sábado, o que significou meia hora para o hambúrguer artesanal ficar pronto. Coisas de food trucks…), e não faltaram quiosques de venda de refrigerante orgânico.

Excelente a localização do Cosplay Awards. O almoço foi realmente divertido ao som da climática Smooth Criminal, de Michael Jackson, a base da apresentação quase acrobática de uma dupla de cosplayers do Coringa. E um terceiro Coringa surgiu próximo ao palco e dançou ainda melhor.

Como de praxe, Coringas e Arlequinas dominaram os corações dos cosplayers presentes, assim como Deadpools adultos e crianças, mas também se destacaram os trajes inspirados nos animes e mangás: Uma linda moça fez sucesso com um vestido de Pokemóns, outras badalaram vestindo pijamas de Pikachu, e houve até mesmo um impagável Goku com cabelo de super saiajin 2 e físico de super saiajin 3!

Crédito desta foto: Coxinha Nerd

Os quadrinhos marcaram presença em lojas como a Comix e outras menores, e por algumas editoras, como Record, Marsupial e Jambô. Senti a ausência de grandes publicadoras de hqs estadunidenses e japonesas, como Panini, JBC, Mythos e Devir, que talvez tenham preferido focar na CCXP Tour, ocorrida no Nordeste no fim de semana anterior.

O irônico é que a Editora Leya /Casa da Palavra apresentou lançamentos de seu selo em parceria com o Omelete (um dos organizadores da CCXP Tour): “Os arquivos secretos do Homem-Morcego” e “Superman: Os arquivos secretos do Homem de Aço”.

Uma pequena área, chamada de Art Way, reuniu artistas/quadrinhistas e estúdios independentes, e contou com alguns velhos conhecidos do público, como Ota, Carlos Ruas, e, é claro, o grande convidado David Lloyd.

No folheto que capturei da mesa do mítico desenhista, a divulgação de um interessante projeto de publicação de quadrinhos online, Aces Weekly, com a participação de artistas do porte de Steve Bissette, John McCrea, Herb Trimpe e outros.

Sempre simpático, o grande editor Ota autografava e vendia trabalhos recentes como a Garota Bipolar e antigos e raros como a Revista do Ota, Hotel do Terror e a revista Eca!, um suplemento pirata oficial da Mad (encarnação da Mythos).

E, por falar em Mad, um folheto disponível na mesa do Studio Traço anunciou o lançamento de uma paródia da revista, a Médi, bem como um livro teórico de quadrinhos e uma enigmática publicação chamada Aktion Komixs (com K mesmo), que promete mostrar o destino de Roscharch em Watchmen.

Com foco nos games e um olhar carinhoso para a cultura pop, a Geek & Game Rio Festival 2017 teve um começo promissor e mostrou potencial para crescimento. Torcemos para que se torne uma referência no calendário de eventos do Rio de Janeiro e, principalmente, no dos fãs.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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