Iluminamos – The Punisher

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Frank Castle está de volta, agora em sua série solo! Mas será que finalmente voltamos a ter uma série de respeito como a primeira temporada de Demolidor ou é só mais uma bucha de canhão neste universo de séries da Marvel/Netflix? Acompanhe o texto para descobrir:

Se na primeira temporada do Demolidor já tivemos certo nível de violência, na segunda tivemos cenas memoráveis de pura violência gore com a presença ilustre desse psicopata que todo mundo gosta. Como não vibrar com esta cena maravilhosa:

Desta vez não temos um Demolidor pra segurar a barra do Punisher quando ele vai pra cima de alguém, então a violência é desenfreada. Principalmente lá nos últimos 3 episódios da série, que deleite!

Um medo previsto para esta série era o de como encaixariam o Microchip numa trama onde a violência era prometida. Não fazia muito sentido esse Punisher do Jon Bernthal ter um sidekick hacker. Mas acertaram em cheio na origem do personagem e na motivação para ele e Castle trabalharem juntos. O arco do Micro, inclusive, é uma das melhores partes da série. Ao desenrolar da trama é impossível não se apegar ao Micro e seus motivos para estar longe da família. Em dado momento, a família dele quase se torna uma substituta para o vazio em Frank Castle após a tragédia do assassinato de sua mulher e filhos. Jon Bernthal, inclusive, chega perto de cometer a mesma sacanagem com um amigo que seu outro personagem, Shane, lá do Walking Dead. Quem já assistiu vai entender…

Outra personagem interessante é a Dinah Madani, uma agente do departamento de Segurança Nacional que é o contraponto ao Punisher. Enquanto o protagonista apenas responde violência com violência, Madani tenta pelos meios legais derrubar os mesmos corruptos que o Punisher está perseguindo. Os conflitos entre Madani e Punisher são bem legais.

Vale o destaque para Jon Bernthal que outra vez detona no papel de Frank Castle. A história às vezes fica meio morna e enrolada, mas quando ele aparece não importa mais se a história está fazendo sentido ou não, você só quer acompanhar a caçada desse maluco. E quem ele está caçando? Velhos “parceiros” da guerra no Afeganistão. Castle descobre o envolvimento de algumas destas pessoas no assassinato de sua família e vai buscar vingança.

“Dá pra acreditar que isso acontece no mesmo universo dos outros heróis Marvel?”

No geral a trama se desenrola bem, envolvendo todos os núcleos de personagens apresentados. Mostra mais de um vilão, que você sentirá prazer em odiá-los e vai torcer pro Punisher explodir a cabeça dos canalhas de uma vez por todas. A solução contra os dois vilões principais é tão mas tão regojizante que dá vontade de soltar fogos de artifício.

Também é interessante, e corajoso por parte dos roteiristas, terem inserido um personagem para mostrar que pensar como um Bolsominion e se inspirar de forma errada num lunático como o Punisher, idolatrar a guerra, armas, violência contra violência e por aí vai, não é algo saudável. De um grupo de reabilitação para veteranos de guerra acabam surgindo dois malucos que são o estereótipo dessa criançada “eleitora” do Bolsonaro que acham que sair dando tiro em todo mundo que julgam estar fazendo coisa errada é a solução.

Considerações finais: Não teve nada do que eu especulei no texto sobre expectativas (parabéns para mim), nem mesmo uma trilha sonora mais pesada como o Metallica no trailer. Na verdade eu só acertei na parte sobre “muitos flashbacks e flashforwards”, só não sabia que iriam usar deste artifício exaustivamente no décimo episódio. É uma verdadeira bagunça destoante da linha narrativa dos demais episódios.

Tivemos também um easter egg aqui e ali, um deles linkando a história com o “universo” do Luke Cage e uma menção sutil ao nome de um arco famoso do Justiceiro nas HQs, quando ao final do primeiro episódio o Micro solta um “Welcome Back, Frank”. O nome italiano dele nas HQs, Francis Castiglione, é referenciado como um nickname para evitar o uso do nome Frank Castle, que estava dado como morto e não poderia ser encontrado pelas autoridades, com uma pequena mudança o nome ficou Pete Castiglione.

Enfim, a série não é perfeita mas está longe de ser sonolenta como Luke Cage e principalmente Punho de Ferro –eu sou o imort–. Se você gostou das duas temporadas de Demolidor, pode ir sem medo. (Demolidor. Sem medo. Hã, hã?).

Pixel Carnificina

Eu sou o caos, senhor Kurtz, caos! E o resto do mundo não irá admitir que é exatamente como eu. "Listen all you fools. Don't you know that Carnage rules?"

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