Iluminamos: O Predador

Ouvindo o Ilumicast 2, sobre os eternos brucutus do cinema de ação, principalmente da década de 80, lembrei que possuo, em minha modesta videoteca, um filme do ex-Governator da Califórnia que jamais assisti, O Predador.

Daí, queimei uns milhos de pipoca classe A e puxei uma almofada para assistir a versão dublada do longa de John McTiernan – diretor que gritou “Ação!” para Stallone, Bruce Willis, dois 007 e a dupla de assassinos de Pulp Fiction.

Não há nada de especial na trama. Um fiapo dela puxa as cordinhas dos personagens, interessantes e marcantes, embora algo caricatos. Há o obstinado sensível, o bully valentão de chapéu de caçador, o rastreador índio, o agente governamental mandão e cheio de si, o piadista sem graça e a mocinha latino-americana em perigo.

O diferencial de O Predador, todavia, está, obviamente, na dupla formada por Dutch (Arnold Schwarzenegger) e pelo Predador. O primeiro, um soldado de elite, acostumado a passear pelas missões mais delicadas, dada sua experiência e habilidades. O segundo, um caçador interestelar, preparado para capturar sua caça, para tomar em suas mãos o troféu.

Como personagem, o Predador foi um achado. Seu design, com as tranças, a armadura com a máscara e a arma de ombro com a mira de infravermelho com pontos formando um triângulo, tornou-se clássico. A mitologia do personagem foi explorada nos quadrinhos, em outros filmes, em um crossover cinematográfico com outros alienígenas mauzinhos, os gremlins as criaturas de Aliens.

De modo que a vida não poderia ser fácil para o Arnoldão. Quando tem sua equipe dilacerada pelas técnicas e tecnologia do que até ali supunha ser uma força da natureza, Dutch torna-se um animal acuado, temendo pela sua vida, sem o menor vislumbre de salvação.

E é justamente o gosto da morte próxima saboreado por ele, mais um golpe de sorte (a revelação de que lama mascara a visão – termovisão, na verdade), que possibilita a Dutch representar um desafio à altura para a criatura. Ele usa seu intelecto para preparar uma estratégia de combate a distância, a fim de trazer o monstro para uma armadilha montada por ele.

Dos astros de filmes de ação daquele período, Arnold foi o único a explorar, com sucesso, todas as possibilidades que o gênero oferecia, misturando nesse exemplar, aventura, guerra e ficção-científica, ou Rambo II, Platoon e o O Exterminador do Futuro.

Em ação, basicamente o personagem dele em Comando para Matar, antes da aposentadoria. Arnold era “o” militar americano, nos anos 80. Stallone era o militar veterano de guerra atormentado e rebelde. Arnold era o exemplo de milico. Ambos eram os melhores, com certeza, embora Bruce Willis, Mel Gibson e alguns outros mereçam menções honrosas na pele de militares ou ex-militares…

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

Este post tem 8 comentários

    1. Ultimate_Hawkeye

      Filme foda, classico da infancia, junto com Robocop e Exterminador do Futuro 2, pra mim

      1. JJota

        Acho o primeiro e o segundo Exterminador do Futuro fodas pra caralho até hoje.

  1. Inacreditavel_Neo

    Engraçado é que, quando falam dos brucutus muita gente lembra do John Matrix, de “Comando…”.

    O Dutch era mais foda.

    1. Rodrigo

      Matrix era mais divertido, tudo por causa daquela cena em que ele segura o baixinho com o braço fraco…

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