Iluminamos – Mulher Maravilha (ALERTA DE SPOILERS)

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Depois de muita espera, muitas expectativas, finalmente temos a estreia do filme Mulher Maravilha. E, bem, eu teria gostado do filme mesmo que ele fosse ruim, mas estou muito feliz de não ter sido. É um filme lindo, não é perfeito, mas é inspirador como um filme de super-heróis tem que ser. As cenas de luta das amazonas são um grande ponto no filme.

Eu, particularmente, gostei muito do desenvolvimento dela com Steve Trevor. Ela está constantemente salvando-o, e ele não se sente inferiorizado com isso, pois confia nela ao máximo que pode. Senti que Diana o ama (acima da média haha), mas não o coloca acima do resto da humanidade. Ela é a heroína que vai salvar todos os homens, e não a que sai no meio de uma batalha para salvar seu donzelo em perigo, assim como respeita suas decisões e admira sua dedicação em dar um fim à guerra. Embora ele tente, obviamente, algumas vezes coagi-la a agir de determinada maneira, acaba sempre sendo vencido, pois ela insiste em fazer tudo do seu jeito, sendo a mulher independente e forte que é, não era de se esperar menos.

Primeiramente, não é um filme herói x vilão, e sim um filme de autodescoberta. Diana vive em Themyscira, sendo superprotegida por sua mãe, a Rainha das Amazonas Hipólita. Mas, sua força e treinamento são garantidos por sua tia Antíope, que é uma parte tão importante de sua criação quanto Hipólita. Antíope insiste que Diana precisa ser mais forte que qualquer outra amazona, e consegue convencer a Rainha disto, e assim, ela recebe um treinamento muito mais pesado que de qualquer outra amazona, o que é justo, já que vão ficando indícios de que ela não é mesmo comum desde o início. Mesmo sendo muito inteligente, falando centenas de idiomas, e conhecendo todo tipo de conteúdo acadêmico, Diana possui uma inocência provinda de sua criação a base de mitos sobre o mundo e sobre sua própria identidade, e de sua falta de contato com outros seres que não sejam da Ilha Paraíso, mas isso não a torna bobinha ou estabanada, ela é doce e gentil ao mesmo tempo em que é teimosa, determinada, e muito forte. Ela acredita piamente que os homens são bons, e se cometem maldades são por manipulação do terrível deus da guerra Ares, que inveja os homens, e por isso os fez decair.

Quando um avião pilotado por Steve Trevor cai na Ilha, o piloto é salvo pela princesa. Entretanto, ele estava sendo seguido pelas tropas alemães, que invadem a Themyscira e entram em confronto com as guerreiras. Embora vençam a batalha, as amazonas sofrem grandes perdas, incluindo a de Antíope. Vivendo isoladas, aquelas mulheres que passaram a vida inteira treinando, não sabiam que o mundo vivia uma de suas piores guerras, que já havia dizimado milhões de pessoas, sendo grande parte destas, apenas civis. Obrigado pelo Laço da Verdade, Trevor situa-as da situação do mundo exterior, e Diana acredita que é a grande prova de que Ares está vivo e ativo em sua missão de incitar a maldade no coração dos homens, e pede que as amazonas saiam da Ilha e vão impedir Ares. Porém, Hipólita decide que não, e Diana e Trevor resolvem fugir da Ilha.

Ao sair da Ilha Paraíso, ela conhece um mundo bem diferente daquilo que esperava, uma terra devastada pela guerra. Isso a impele mais ainda a querer destruir Ares. No entanto, após diversas situações, Diana começa a duvidar se realmente é culpa do deus da guerra toda a destruição e barbárie do mundo dos homens. E nesse dilema, as palavras de sua mãe sobre os homens não a merecerem começam a pesar. Ares aproveita esse momento de incerteza e tenta recrutá-la para sua missão insana de destruir a humanidade, pois eles não são bons, não são perfeitos, e numa cena à lá Jesus e o Diabo no deserto, ele a revela a verdade, Diana é uma deusa e o mundo não a merece, e ainda lhe mostra como seria o mundo sem a humanidade, um verdadeiro paraíso. Mas suas investidas surgem efeito contrário, e agora, mesmo ciente de quem é, ela sabe que não poderia fazer parte de tal plano perverso.

Desde o início ela escolheu salvar a humanidade a quem ama, mesmo conhecendo seus defeitos, e os salva não porque merecem, mas porque precisam.

A estréia mundial do filme é no dia 02 de Junho de 2017, no entanto, desde o dia 31 de Maio, algumas cidades já estão exibindo a pré-estreia.

Já assistiu? Comente o que achou. Se ainda não viu, corre pro cinema!

Hypolita Prince

"Nerd" por acaso, e ainda não satisfeita com a denominação. Escrevo sobre feminismo, e outros assuntos que me interessem. Não os desenvolvo tanto quanto gostaria, mas é por preguiça de organizar as ideias nos textos.

Este post tem um comentário

  1. Rodrigo Sava

    Belo texto, Hypólita. E o filme é realmente inspirador.

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