Iluminamos: Marvel Comics – A História Secreta

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“O quê?! Sem figurinhas?! Num leio!!”

Este livro não trará nenhuma novidade para os fanáticos que gostam de acompanhar a história dos bastidores da indústria de HQs em publicações e sites especializados. Apesar do grande número de entrevistas feitas pelo autor, não há nenhuma revelação bombástica. Pra falar a verdade, nem mesmo nenhuma novidade.

"Quarteto Fantástico não era bem o plágio da Liga da Justiça que Goodman havia solicitado - na primeira edição, os protagonistas nem usam uniforme; mais estranho ainda: não param de brigar entre si. Nunca antes uma super-equipe fora nuançada com personalidades tão distintas."
“Quarteto Fantástico não era bem o plágio da Liga da Justiça que Goodman havia solicitado – na primeira edição, os protagonistas nem usam uniforme; mais estranho ainda: não param de brigar entre si. Nunca antes uma super-equipe fora nuançada com personalidades tão distintas.”

Mas isso não torna o livro ruim. Afinal, ter condensada em um único volume a história da Marvel Comics é o tipo de coisa simples, óbvia e eficaz. Melhor do que garimpar 300 matérias da Wizard, não?

"Liefeld 'fazia janelas quadradas quando se via o prédio por fora, mas redondas por dentro' , reclamava Simonson. 'Levei unsseis meses para entender que o Rob não estava nem aí para o roteiro. Ele fazia o que bem entendesse, que era desenho cool de gente posando de uniforme, para depois ele vender o original por uma grana preta.'".
“Liefeld ‘fazia janelas quadradas quando se via o prédio por fora, mas redondas por dentro’ , reclamava (Louise) Simonson. ‘Levei uns seis meses para entender que o Rob não estava nem aí para o roteiro. Ele fazia o que bem entendesse, que era desenho cool de gente posando de uniforme, para depois ele vender o original por uma grana preta.'”

O único eixo organizacional que o autor adota é o do tempo: ele começa a narrar a história desde o nascimento de Martin Goodman – fundador da Timely Comics, que depois mudaria seu nome para Marvel Comics – até a venda da editora para a Disney, de forma linear. Tirando isso, fica flutuando entre assuntos: fala do mercado de quadrinhos em geral, dos bastidores da redação da Marvel, biografa rapidamente alguns artistas e até faz pequenas resenhas de algumas obras.

Gerry Conway: "Só uma pessoa com problemas iria ficar com um cara cheio de problemas como o Peter Parker. E Gwen Stacy era perfeita! Era basicamente Stan cumprindo a fantasia de Stan. Stan casou-se com uma mulher que na prática era uma gatinha - Joan Lee era uma loira muito atraente e, para ele, a fêmea perfeita. Eu acho que Gwen era simplesmente o Stan copiando a sua esposa, assim como Sue Storm também era uma cópia da Joan. E aí estava o ponto cego. O mais surpreendente era que ele havia criado uma personagem como Mary Jane Watson, que devia ser a personagem feminina mais interessante dos quadrinhos, e nunca a usou em todo o seu potencial. Em vez de ser namorada do peter Parker, ele a tornou namorada do mellhor amigo de Peter Parker. O que era um erro, uma imbecilidade, um grande desperdício. Por isso que matar a Gwen foi a decisão lógica, se não inevitável."
Gerry Conway: “Só uma pessoa com problemas iria ficar com um cara cheio de problemas como o Peter Parker. E Gwen Stacy era perfeita! Era basicamente Stan cumprindo a fantasia de Stan. Stan casou-se com uma mulher que na prática era uma gatinha – Joan Lee era uma loira muito atraente e, para ele, a fêmea perfeita. Eu acho que Gwen era simplesmente o Stan copiando a sua esposa, assim como Sue Storm também era uma cópia da Joan. E aí estava o ponto cego. O mais surpreendente era que ele havia criado uma personagem como Mary Jane Watson, que devia ser a personagem feminina mais interessante dos quadrinhos, e nunca a usou em todo o seu potencial. Em vez de ser namorada do Peter Parker, ele a tornou namorada do melhor amigo de Peter Parker. O que era um erro, uma imbecilidade, um grande desperdício. Por isso que matar a Gwen foi a decisão lógica, se não inevitável.”

Polêmicas são expostas aos montes.  À medida que a leitura avança, mesmo um leitor veterano e acostumado a acompanhar o que acontece por detrás das paredes das redações das grandes editoras de quadrinhos fica incomodado ao ser forçado a reparar que o grande roteirista que estava escrevendo aquele arco que você acompanhou avidamente em Superaventuras Marvel nos anos 80 nunca terminou aquelas histórias ou que o desenhista que até hoje você lembra como um símbolo da Marvel há quase três décadas não trabalha mais para a editora.

"Claremont reconheceu que os ditames de Shooter haviam melhorado a trama, mesmo que, a seu ver, o resultado em longo prazo - a morte de Jean Grey - fosse ruim (...) Mesmo assim, muitos fãs atribuíram a culpa a ele, chamando-o de assassino. Claremont recebeu várias ameaças de morte. Mas os caixas das lojas de quadrinhos registraram X-Men mais que o dobro de vezes que outros gibis daquele mês. Shooter convidou Jim Starlin a matar o Capitão Marvel."
“Claremont reconheceu que os ditames de Shooter haviam melhorado a trama, mesmo que, a seu ver, o resultado em longo prazo – a morte de Jean Grey – fosse ruim (…) Mesmo assim, muitos fãs atribuíram a culpa a ele, chamando-o de assassino. Claremont recebeu várias ameaças de morte. Mas os caixas das lojas de quadrinhos registraram X-Men mais que o dobro de vezes que outros gibis daquele mês. Shooter convidou Jim Starlin a matar o Capitão Marvel.”

O maior valor da obra é mostrar que a Marvel é uma empresa e que, como tal, ela se interessa única e exclusivamente por lucro. Mesmo assim, o autor escapa da armadilha fácil de desmistificar apenas a editora. Apesar de fazer críticas constantes à forma como ela se relacionava com seus artistas, também não deixa de demonstrar que muitos dos que trabalharam pra empresa estavam longe de serem anjos. Pelo contrário, encontramos pessoas amargas e ressentidas. Peguei como exemplo Jack “O Rei” Kirby: é incrível como, com o passar dos anos, ele ia mudando o teor de suas declarações, sempre trazendo para si mais e mais crédito na criação do Universo Marvel até chegar ao ponto de dizer que Stan Lee apenas escreveu os diálogos.

"...John Calabrese não lia quadrinhos (...). Mas Calabrese teve mais sorte ao conhecer Larry Marder, o diretor executivo da Image Comics, e perguntou se alguma das ex-estrelas da Marvel gostaria da oportunidade de revisar as origens de alguns personagens da editora. (...) A notícia de que a Marvel ia abdicar do controle de seus personagens e entregar contratos de milhões de dólares (mais participação nos lucros) àqueles que há pouco haviam saído da empresa, nas palavras de um editor, foi 'catastófico para a auto-estima da firma.'"
“…John Calabrese não lia quadrinhos (…). Mas Calabrese teve mais sorte ao conhecer Larry Marder, o diretor executivo da Image Comics, e perguntou se alguma das ex-estrelas da Marvel gostariam da oportunidade de revisar as origens de alguns personagens da editora. (…) A notícia de que a Marvel ia abdicar do controle de seus personagens e entregar contratos de milhões de dólares (mais participação nos lucros) àqueles que há pouco haviam saído da empresa, nas palavras de um editor, foi ‘catastófico para a auto-estima da firma.'”

Outro mérito do livro é não ficar punhetando  Stan Lee. Ele está na obra, obviamente, mas dentro de sua verdadeira dimensão ao longo dos anos. Quando foi um gênio criativo, todo o destaque merecido. À partir do momento em que passou a ser uma espécie de – muito – bem pago relações públicas da Editora, sua participação diminui até ser praticamente deixado de lado quando se torn0u irrelevante à partir de meados dos anos 80.

Quando o roteirista de Homem-Aranha Ultimate, Brian Michael Bendis propôs Alias - série sobre uma ex-super-heroína que vira investigadora particular, bebe demais, fala palavrões e, enfim, está na fossa - Bendis esclarece, antes mesmo de Quesada comentar, que podia ser mais comedido. Mas jemas topou sem hesitar, com todos os palavrões. A Marvel não só ia publicá-la, mas também ia criar uma linha inteira de quadrinhos de super-heróis 'Só para adultos', chamada MAX."
“Quando o roteirista de Homem-Aranha Ultimate, Brian Michael Bendis propôs Alias – série sobre uma ex-super-heroína que vira investigadora particular, bebe demais, fala palavrões e, enfim, está na fossa – Bendis esclareceu, antes mesmo de Quesada comentar, que podia ser mais comedido. Mas jemas topou sem hesitar, com todos os palavrões. A Marvel não só ia publicá-la, mas também ia criar uma linha inteira de quadrinhos de super-heróis ‘Só para adultos’, chamada MAX.”

Entre os grandes momentos, destaco o surgimento do Universo Marvel nos anos 60, os conflitos de ideias entre Lee e Steve Ditko no título do Homem-Aranha (Stan chegava a “vender” a revista nos seus editoriais dizendo “É certo que vários leitores vão detestar e, se você quer saber do que os críticos estão falando, compre já o seu exemplar!”), a ilusão criada por Lee em torno da redação Marvel (na verdade, a maioria dos artistas sequer trabalhavam na sede da editora e, muitas vezes, nem mantinham contato), o motivo pelo qual Roy Thomas, sempre que era cobrado para criar um novo personagem, fazia uma cópia de algum herói da DC, a revolução dos anos 70, com os títulos espaciais, de artes marciais e psicodélicos, os métodos ditatoriais e a arrogância de Jim Shooter (editor-chefe de 1978 a 1987, que chegou a propor um reset no Universo Marvel, com novos personagens assumindo o manto de antigos heróis como o Capitão América e Thor), os astros que vieram do nada e salvaram a editora nos anos 80 (Frank Miller, Walter Simonson, Chris Claremont e John Byrne), a crise com a Image nos anos 90…

"(...) Jemas retrucou: 'Temos um bom número de leitores homens que moram no porão da casa dos pais no Queens. O máximo que eles podem almejar é uma noite com a Elektra.' (...) A heroína trágica de Frank Miller não só voltara dos mortos; agora era uma ninja pin-up em trajes mínimos." Acima, a foto de Lisa Lyon, em quem Miller se baseou para criar visualmente a ninja grega.
“(…) Jemas retrucou: ‘Temos um bom número de leitores homens que moram no porão da casa dos pais no Queens. O máximo que eles podem almejar é uma noite com a Elektra.’ (…) A heroína trágica de Frank Miller não só voltara dos mortos; agora era uma ninja pin-up em trajes mínimos.” Acima, a foto de Lisa Lyon, em quem Miller se baseou para criar visualmente a ninja grega.

Outras passagens aborrecem. As longas explicações sobre a indústria de quadrinhos terminam ficando enfadonhas, principalmente quando explicam o desenvolvimento do mercado de vendas diretas. Nota-se também que o autor não tem muito apreço pelos últimos vinte anos da editora: é a parte mais resumida do livro (mesmo o sucesso da Marvel nos cinemas e a venda bilionária pra Disney são abordados rápida e superficialmente).

"Stan Lee também estava animado com a conexão com Hollywood e dividiu o entusiasmo com os leitores. 'Os caras joviais, modernosos e divertidos que comanadam a New World curtem a Marvel Comics tanto quanto você! Por isso nos compraram!' (...) Em Los Angeles, assim que a venda foi concluída, Rehme chamou seu vice-presidente de marketing e disse todo orgulhoso: 'Acabamos de comprar o Superman'. O vice-presidente ficou perplexo. A Warner Bros. teria vendido a DC Comics? 'Não, não, não - a gente comprou a Marvel!', disse Rehme. 'Não, Bob', corrigiu o vice-presidente. 'A gente comprou o Homem-Aranha."
“Stan Lee também estava animado com a conexão com Hollywood e dividiu o entusiasmo com os leitores. ‘Os caras joviais, modernosos e divertidos que comandam a New World curtem a Marvel Comics tanto quanto você! Por isso nos compraram!’ (…) Em Los Angeles, assim que a venda foi concluída, Rehme chamou seu vice-presidente de marketing e disse todo orgulhoso: ‘Acabamos de comprar o Superman’. O vice-presidente ficou perplexo. A Warner Bros. teria vendido a DC Comics? ‘Não, não, não – a gente comprou a Marvel!’, disse Rehme. ‘Não, Bob’, corrigiu o vice-presidente. ‘A gente comprou o Homem-Aranha.”

A tradução é ruim. Há erros de estilo e equívocos na escolha de palavras, adotando termos mais rebuscados em vez de buscar a simplicidade mais adequada ao tom do texto. Além disso, da mesma forma que acontece em alguns filmes quando adaptados para a nossa língua, faltou chamar um especialista pra acertar as traduções de forma que as mesmas não soassem estranhas pro fã brasileiro. Ver o Vigia ser chamado de Observador ou o título The Amazing Spider-Man ser traduzido como O Surpreendente Homem-Aranha em vez do conhecidíssimo Espetacular incomoda.

"Antes de trocar Nova York por Los Angeles, Roy Thomas fora abordado por um consultor de marketing que tentou, mas não conseguiu, convencer Stan Lee de que a Marvel devia adaptar um filme de ficção científica ainda por sair, que estava sendo rodado na Tunísia. Depois de dar uma olhada nos esboços da pré-produção, Thomas concordou em tentar convencer Lee."
“Antes de trocar Nova York por Los Angeles, Roy Thomas fora abordado por um consultor de marketing que tentou, mas não conseguiu, convencer Stan Lee de que a Marvel devia adaptar um filme de ficção científica ainda por sair, que estava sendo rodado na Tunísia. Depois de dar uma olhada nos esboços da pré-produção, Thomas concordou em tentar convencer Lee.”

Outro ponto que depõe contra o projeto é a completa ausência de imagens. Um livro sobre quadrinhos que não tem uma única imagem de nenhum personagem? Nem mesmo das diversas personalidades abordadas no texto (fora uma única foto de Jack Kirby e Stan Lee)? Por outro lado, a edição brasileira vem com um bônus que aponta as primeiras aparições no mercado nacional de vários personagens citados.

Sean Howe
Sean Howe

Apesar dos pesares, vale a pena. Principalmente em um mercado editorial tão pobre no tocante à obras relacionadas com as grandes empresas e nomes do ramo de quadrinhos.

Marvel Comics - A História Secreta (Marvel Comics: The Untold History). Livro de Sean Howe. Tradução de Érico Assis. Editopra Leya. 560 páginas. R$ 49,90.
Marvel Comics – A História Secreta (Marvel Comics: The Untold History). Livro de Sean Howe. Tradução de Érico Assis. Editopra Leya. 560 páginas. R$ 49,90.

JJota

Já foi o espírito vivo dos anos 80 e, como tal, quase pereceu nos anos 90. Salvo - graças, principalmente, ao Selo Vertigo -, descobriu nos últimos anos que a única forma de se manter fã de quadrinhos é desenvolvendo uma cronologia própria, sem heróis superiores ou corporações idiotas.

Este post tem 19 comentários

  1. Homem cinza sem pescoço

    Realmente a falta de fotos complica, ainda mais quando citam vários artistas. Acabei me perdendo um pouco. E quando chega nos anos 90 passa muito rápido, mas dá pra entender como Liefeld e cambada acabaram de vez com a Marvel. Na minha opinião, a parte mais legal é no que diz respeito as criações de Jim Starlim e o tempo dele a frente do Dr. Estranho. Essa parte é genial. E claro, Kirby é casca grossa demais. E o Stan Lee é um fdp. Mas ainda sim é um fdp que eu amo

    1. JJota

      Cara, o Stan é um fdp mesmo, mas quando você lê o livro você percebe que não tinha anjo ali. Em dado momento, o Kirby, na minha opinião, queria passar por cima de um monte de gente boa pra se dar a paternidade exclusiva de todo o Universo Marvel. Parece aquela coisa bem urdida, do tipo que advogado ensina você a dizer: “Olha, daqui pra frente, sempre que der uma entrevista, diga que você e só você criou os personagens!” E o Ditko? Pqp! É o cara mais chato do mundo!!!!!!

      Agora, as histórias dos maconheiros da Marvel dos anos 70 são hilárias mesmo.

      1. Homem cinza sem pescoço

        A impressão que dá (ainda mais depois de ler “Homens do Amanhã”) é que o Kirby abria as pernas pro Stan (mas só pro Stan). Realmente, chegou uma hora que ele reclamava toda a Marvel pra ele. O Stan Lee era bem pilantra sim, agora dizer que ele só colocava diálogo é injusto também. Ele tem muito mérito na criação da Marvel. Com relação ao Ditko, ainda bem que ele caiu fora do Homem Aranha, senão iam transformar um dos heróis mais legais de todos os tempos num Ciclope2.0. Nisso o Stan Lee teve visão. E convenhamos, John Romita Sr. desenha muito melhor. Quem subiu no meu conceito depois de ler o livro foram o Jim Steranko e o Jim Starlim. O que achei falta de respeito com relação à falta de fotos foi a história do Gene Day. O cara morreu literalmente pela Marvel e não tem nem uma fotinho do cara pra saber quem é.
        Agora o Fera ser o primeiro herói maconheiro é foda!

        1. JJota

          Principalmente em relação do Ditko, faço minhas as suas palavras. Stan deu corda e ele roeu legal, pois havia esquecido algo emblemático no mundo das HQs: surge um momento em que o personagem deixa de ser seu e passa a ter uma personalidade própria. Querer que ele refletisse as opiniões do Ditko era foda e sem sentido.

      2. Guest

        Nessas grandes empresas ninguém é santo mesmo. Deviam fazer um livro contando a história da Disney. Acredito que até nos estudios do Mauricio de Souza a coisa deve ser feia. Pelo que entendi o Kirby reclamava muito, mas sempre abria as pernas pro Stan Lee. E quanto ao Ditko, ainda bem que caiu fora das histórias do Homem-Aranha, pelo andar da carruagem, teríamos um Ciclope escalador de paredes. Nisso o Stan foi esperto.

        1. JJota

          E o Stan deu corda pro Ditko se enforcar: entregou o título pra ele e esperou a galera chiar, incentivando as críticas. Quando o Peter começou a perder contato com a realidade da maioria dos fãs, foi o fim… pro Ditko.

  2. Bizarro

    “Quarteto Fantástico não era bem o plágio da Liga da Justiça que Goodman havia solicitado”

    Podia não ser plágio da Liga, mas é um plagio descarado dos Desafiadores do Desconhecido (inclusive a personalidade de alguns, como o Rock, o professor, Ruivo e a June), que foi criado pelo próprio Jack Kirby em 57.

    1. JJota

      Na época, o plágio era algo descarado e incentivado. O lance do Stan foi mesmo dar personalidades distintas aos personagens e, depois, inseri-los dentro de um mesmo universo, sem necessariamente fazerem parte da mesma equipe (como fazia a DC, em que o pessoal se reunia na Liga, mas depois era cada um na sua cidade).

  3. Matheus Wesley

    Nesse livro fala a parte em que o O’neal foi demitido da Marvel por andar com uma camisa com o símbolo da maconha ? Fala da parte em que o Stern diz que ele e o Byrne eram mais roteiristas dos x-men do que o Claremont ?Se fala vai pra minha lista de livros que eu quero…

    1. JJota

      Olha, a parte da camisa acho que está lá, sim (não lembro se houve demissão por isso). E que o Byrne tinha muito moral nos X-Men fica evidente. Sobre o Claremont, o mais interessante foi a notícia de que ele era chegado a um mundo sexual mais hard e isso influenciou na criação de alguns personagens, como a Rainha Branca e o Clube do Inferno.

  4. Matheus Wesley

    Aí bem que vcs podiam sortear esse livro hein ? Com um quiz de perguntas e respostas…

    1. JJota

      Com a palavra, a diretoria dos Iluminerds.

      A minha edição ninguém tasca!

    2. Vilipendiador Unperucked

      A idéia é sortear apenas entre os leitores com mais de 1000 comentários, ou que frequentaram o site por 365 dias seguidos.
      Se você é um desses, parabéns!

  5. Marcelo Pinguim

    Sobre a questão da falta de fotos e imagens, não sei se foi divulgado que o Sean Howe tem um tumblr que é praticamente um complemento visual do livro. Vários trechos dele são transcritos e comentam fotos de artistas e funcionários da Marvel, desenhos originais, páginas e capas de revistas, rascunhos, documentos e anúncios, além de longas entrevistas que são apenas citadas no livro entre muitas outras coisas.
    Pelo jeito, acho que a ausência total de imagens foi intencional e contava com a interação dos interessados com o tumblr. A quantidade – e qualidade – desse material extra é muito boa e enriquece muito a experiência da leitura do livro. E é atualizado frequentemente, sempre tem uma novidade, como por exemplo uma foto do recentemente falecido Philip Seymour Hoffman nos seus tempos de faculdade com seu quarto decorado com capas de revistas do Homem-Aranha. Ou uma pin-up do Stan Lee pelado num sofá, pra quem se amarra no bigodão.
    http://seanhowe.tumblr.com/

    1. JJota

      Valeu pelo complemento. Não encontrei referência a isto na edição brasileira em lugar nenhum.

      Agora, sinceramente, nunca gostei destes “complementos” em site. Se compro uma revista ou um livro, quero que o material esteja ali, no produto pelo qual paguei. E paguei caro. Deixei de ler jornal e revistas impressas quando começou esse tal de “+ no site!” Ora, se é pra ir no site, por que eu vou perder tempo e dinheiro com uma versão impressa.

      Além do mais, o complemento deve ter notícias em inglês, o que penaliza o leitor nacional. Acho que um papel de melhor qualidade e uma seleção de imagens não encareceria tanto o produto assim.

      E Stan Lee pelado? Vai que é sua, Dr. Housyemberg!

        1. JJota

          E isso é contado no livro… Stan era um fanfarrão.

  6. King

    JJ acho que já tinha lido algumas de suas frases do texto lá no BdE, hein? Brincadeira a parte, como tu já havia me sugerido antes, viu caçar este para uma leitura. Boa análise.

    1. JJota

      He, he… Quando estou lendo uma coisa, fico citando o tempo todo, principalmente quando é algo que realmente gosto (apesar dos pesares).
      Como eu disse, pra quem gosta mesmo de acompanhar os bastidores da indústria de HQs, não tem muita novidade. Tudo são coisas que há anos conhecemos.
      Tem muita coisa bacana. É pena mesmo que os últimos vinte anos tenham sido passados de forma apressada. Acho que aí teríamos histórias cabeludas…

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