Iluminamos: Batman contra o Capuz Vermelho

Você está visualizando atualmente Iluminamos: Batman contra o Capuz Vermelho

Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom?

Comprei, há muito tempo, o DVD do título acima. Recentemente, resolvi assisti-lo e, por isso, vou escrever uma crítica sobre a animação.

BatmancapaGostaria de começar dizendo que DEFINITIVAMENTE a DC sabe como fazer animações, diferente da sua concorrente Marvel. Batman contra o Capuz Vermelho é, sem dúvidas, a melhor animação que eu já vi. E digo mais: acho que ela é a mais próxima da “realidade” sobre uma história do Batman.

A história do filme é baseada nas sagas Morte em família e Sob o Capuz Vermelho, nas quais o nosso herói enfrenta um vigilante que aparece em Gotham inicialmente limpando as ruas com a mesma eficiência dele, porém usando métodos não muito convencionais. A animação começa cinco anos após a morte de Jason Todd (Morte em Família), assassinado pelo Coringa. Apesar de as cenas do assassinato em si não serem tão fortes quanto na HQ (assim como os assassinatos, de uma maneira geral, não são em todas as outras aparições, sejam cinematográficas ou animações), nesta animação o Coringa consegue ser o mais cruel e insano de todos (o Coringa interpretado por Heath Ledger é hors concours).

Temos, assim, um Batman que convive com a dor de perder o aliado e deve carregar essa culpa, mas continua protegendo as ruas de Gotham City. Eis então que surge um novo criminoso na cidade que está matando, literalmente, a concorrência. Além desse assassino misterioso, temos a participação do Asa Noturna e do segundo Robin (Jason Todd), como citei anteriormente.

Sabemos que o Batman não mata, mas isso não quer dizer que seus inimigos sigam este caminho. A animação é, a seu modo, muito violenta, se compararmos com as outras animações da DC. As ações do Coringa são de uma pessoa realmente insana, capaz das coisas mais absurdas para conseguir seu objetivo.

A qualidade do desenho é muito boa, arrisco-me a dizer que é uma evolução do seriado animado dos anos 1990. Mas o que me chamou mais atenção foi o cuidado que a DC/Warner teve para produzir algo decente para o público-alvo (diferente de outras empresas que tratam seus consumidores como uns zé manés): um roteiro decente, uma história linear, sem furos. Tudo isso, muito provavelmente, por conta da supervisão de Bruce Timm.

Recomendo a todos que gostam de um bom filme e para aqueles que gostam das aventuras do Batman.

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 3 comentários

  1. JJota

    Algo que eu destacaria fortemente nesta animação é que ela conta com o roteiro de Judd Winick, simplesmente o mesmo sujeito que escreveu o arco em que Jason Todd voltou dos mortos nas HQs. Chamar o “pai da criança” pra adaptar sua obra revelou-se, na minha opinião, um acerto inquestionável. Judd tirou os excessos do material original, acrescentou mais uma boa dose de ação e manteve a violência. A justificativa do Batman para o fato de não ter matado o Coringa depois dele ter assassinado Jason convence muito bem (embora, de certa forma e depois de ter assisitido ao documentário Batman Desmascarado, eu acho que ele esteja dando uma desculpa – mas isso é coisa de fã que acpanha anos e anos de cronologia). Merece amplo destaque, mas não é melhor que O Cavaleiro das Trevas e Batman Ano Um.

  2. Helton Celso Wanderley

    Judd Winick é o responsável pelo ótimo desenho que ainda passa no CN, A Vida e Aventuras de Juniper Lee.
    Não sei se estou enganado, mas os traços da animação seguem o padrão de Street Fighter.

    1. Por causa do seu comentário fui verificar ser Paul Dini estava no projeto. No caso ele não estava, mas descubro que Jensen Ackles e Neil Patrick Harris estão no elenco. Na época tinha visto a versão dublada.

Deixe um comentário