Ilumimiminerd: Caro Papai Noel!

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E vem findando dezembro, com suas festas, falsidades, amigos secretos, feriados… Editoras, por favor, ajudem!

Como o ano foi até produtivo (Hellblazer do Ennis, Monstro do Pântano do Moore…), resolvi fazer uma lista mínima, pedindo apenas algumas coisas que, eu creio, teriam alguma chance nas gibiterias do nosso país. Infelizmente, por considerar extremamente difíceis, sonhos como Esquadrão Atari e Cavaleiro da Lua (fase do Sienkiéwicz) continuarão distantes.

Entre lançamentos, eu gostaria muito que publicassem:

HULK, de John Byrne

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Quando deixou o título da Tropa Alfa, John Byrne substituiu Bill Mantlo no título do Hulk. Entre outras coisas, ele separou o monstro do Bruce Banner, casou este com a Betty Ross e criou os Caça-Hulk. Infelizmente, seu arco de histórias teve um final abrupto, visto que o autor brigou com o editor Bob Harras – maldito! – e abandonou o título (e a Marvel). Quem fechou a história foi Al Milgrom. A Panini poderia largar sua política de republicar SEMPRE as mesmas histórias e fazer um encadernado com essa fase, que foi bem curta.

MULHER-HULK, de John Byrne

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Em 1989, Byrne mostrou sua versatilidade assumindo três projetos ao mesmo tempo na Marvel. Além da nova revista do Namor e de uma passagem pelos roteiros do Homem de Ferro, o canadense lançou a nova revista da Mulher-Hulk. Nenhum dos títulos obteve grandes vendagens, mas este da prima do Hulk acabou ganhando ares cult. John era fã da personagem, que havia aproveitado durante suas passagens pelo Quarteto Fantástico e pelos Vingadores. Com ampla liberdade, pendeu o título para uma abordagem bem humorada, com toneladas de meta-linguagem e sensualidade.

LEGIÃO ALIEN

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Eu li Epic Marvel nos anos 80! E lembro do Dreadstar e da Legião Alien. Esta última me marcou pelas fichas dos personagens e pelo visual dos integrantes (e da forma como eles “adaptavam” os uniformes para se adequarem a eles). Muito interessante, visto que qualquer um poderia se alistar na Legião. Plágio da Tropa dos Lanternas Verdes?  Não creio, já que a é mais inspirada na Legião Estrangeira francesa. Criação de Carl Potts, com Alan Zelenets (roteiros) e Frank Cirocco (desenhos). Destaque para os arte-finalistas Terry Austin e Whilce Portacio. Lançada pelo Selo Epic nos anos 80, foi republicada em encadernados pela Dark Horse anos depois. Há quase vinte anos se fala de uma adaptação cinematográfica para a série, tendo o projeto já passado pelas mãos da Dimension Films e dos Estúdios Disney.

CROSSED, de Garth Ennis e Jacen Burrows 

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Escatológico, ultra-violento, ofensivo, etc. etc. etc. Garth Ennis aproveitou a “onda zumbi” e criou algo infinitamente mais escroto: os infectados não se tornam canibais desmortos que ficam cambaleando por aí, mas psicopatas extremos que só encontram satisfação praticando as mais diversas formas de violência. Desde sua publicação vem sendo cogitada para ganhar uma edição nacional. Bom, que venha logo.

Olha o clima natalino!
Olha o clima natalino!

E que republicassem, visto que não encontro estes títulos – em bom estado e preço camarada – em lugar nenhum!

TRANSMETROPOLITAN – DE VOLTA ÀS RUAS, de Warren Ellis e Darick Robertson.

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Caríssima, mas vale cada centavo. Spider Jerusalém herói demais faz de Transmetropolitan é a obra máxima de Warren Ellis, que melhora a cada volume lançado pela Panini (e cada vez mais caros, poxa!).

Y – O ÚLTIMO HOMEM: EXTINÇÃO, de Brian K. Vaughan e Pia Guerra

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A maldição dos números 1 da Panini continua e eu tento não acreditar que exista mercado especulativo no Brasil pra isso, mas… Poxa, vocês já viram quanto custa este mesmo encadernado pela Ópera Graphica?

BATMAN – O MESSIAS, de Jim Starlin e Bernie Wrightson

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Uma história subestimada dentro do universo do Batman, não tendo o mesmo peso que Ano Um, O Cavaleiro das Trevas e Morte em Família. A Panini deveria mesmo relançar essa edição em capa dura, por ser uma grande história, com excelentes artistas e estrelada pelo Batman que vale!

É isso aí. E você? O que gostaria de ver nas bancas e comic-shops brasileiras? Claro, se você tiver sido um bom menino…

Se não foi bonzinho, cuidado!
Se não foi bonzinho, cuidado!

JJota

Já foi o espírito vivo dos anos 80 e, como tal, quase pereceu nos anos 90. Salvo - graças, principalmente, ao Selo Vertigo -, descobriu nos últimos anos que a única forma de se manter fã de quadrinhos é desenvolvendo uma cronologia própria, sem heróis superiores ou corporações idiotas.

Este post tem 7 comentários

    1. JJota

      Crossed ainda leva vantagem de ser curtinha… Um encadernado e pronto! Dependendo da receptividade, lançariam os derivados.

  1. Egon-pastor pastafariano

    Y na opera fiquei tão feliz até descobrir que era 100 dilmas :/

  2. Anubis_Necromancer

    Cara, Legião Alien era foda.
    Até mesmo a mini atual resgata (Uncivil War) resgata um pouco do que ela foi no passado.
    Aguardo até hoje a adaptação, e sabendo que com os Guardões da Galáxia foi bom, espero que isso motive algum estúdio a pegar esse projeto.

    E não vi como um plágio dos Lanternas, já que nenhum lá tinha poderes cósmicos, como os Lanternas e seu plágio oficial que foi a Tropa Nova.

    P.S. Lembra da Irmandade de Aço da mesma coletânea da Epic?

    1. JJota

      Achava muito foda. Como disse, não achava plágio, embora entendesse a galera que via isso por causa dos formatos inusitados dos soldados da Legião, que terminavam se “irmanando” nas adaptações que faziam com o uniforme padrão, o que acontece também com os Lanternas Verdes.

      Incrivelmente, não lembro da irmandade do Aço. Eu era tão fissurado na Legião Alien (eu era doido por tudo que tivesse relação com guerra na época!) que mal prestava atenção nos outros títulos, mesmo no Dreadstar.

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