Um sonho parece a circunstância ideal para encarar o que ficou pra trás. Reencontrar uma paixão que terminou. Reviver um pouco o que foi. E tentar deixar de fora o que contribuiu para o fim, mesmo sabendo que estará lá o tempo todo.
Por meio de memórias que só os sonhos sabem serem falsas ou verdadeiras, em seus magníficos detalhes desimportantes, Diego Sanchez, com seu traço torneado que parece construído com hachuras, permite-nos uma leitura entremeada de saudade e melancolia.
A serviço da narrativa cheia de espaços e praticamente sem requadros do artista, o design da edição (de Diego e Alkera Dev/Design), do papel ao formato, passando pelas cores mínimas da capa e contracapa e de uma fonte de letra remetendo à de máquinas, soma mais leveza ao projeto, de 2014.