Homeland: Episódio 2×02

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Como demonstrou seu sorriso de Mona Lisa ao fim do episódio anterior, Carrie arregimentou pontos extras de experiência, que, na atual conjuntura, nada mais é do que alguma autoconfiança. O que a fez fugir do protocolo, encontrando sua informante durante a reza, a fim de evitar a indesejável e constante vigilância a que Saul parece estar sendo submetido em Beirute.

Contudo, como dolorosamente descobrimos, a valiosa informação obtida por Carrie é posta em xeque por Saul, o Diretor David Estes, e Scott Ryan, das Forças Especiais, uma vez que a ex-agente não encontrou a informante na companhia de Saul, que avaliaria sua confiabilidade.

Sim, todos concordam que a dúvida é a melhor opção quando se trata de uma análise feita pela ex-agente mentalmente instável. Aliás, em tratamento. Atualmente controlada, mas, segundo todos: até que ponto?

Não é preciso continuar nessa linha para reforçar o que Carrie, demitida da CIA, milhares de milhas longe de casa e questionada quanto à sua sanidade e profissionalismo, sentiu naquele momento. É tocante, portanto, a defesa desesperada que faz a Saul de si mesma, não da mulher de agora, mas daquela que recrutou a informante, da que depositou confiança numa muçulmana que precisava de ajuda e que poderia ajudar quando chegasse a hora.

Finn imagina ser o Snake Eyes, dos Comandos em Ação.

No círculo político, Brody e sua família estreitam relações com a do Vice-Presidente dos Estados Unidos. Sua deslumbrada esposa aceita o convite da Vice-Primeira-Dama para arrecadar fundos para veteranos de guerra feridos. Sua filha conhece uma faceta mais interessante de Finn, o filho do Vice. E o sargento embrenha-se um pouco mais no coração de uma política que a cada dia se parece mais com uma conspiração.

É interessante ver como Brody colocou-se numa posição de mártir vivo, na qual sua sobrevida complicou sobremaneira a sua ‘vida’, uma vez que em sua nova autoproclamada missão recebe pressões de diversas direções.

Por um lado, o Vice-Presidente solicita seu auxílio para convencer o Secretário de Defesa, um fuzileiro como ele, a exportar certo tipo de bombas para Israel, do tipo que alcançaria os Iranianos entocados em cavernas.

Por outro lado, seu amigo, o capitão Mike Faber, exorta-o a buscar a verdade sobre o fuzileiro Tom Walker, assassinado misteriosamente após errar três tiros potencialmente dirigidos contra o Vice-Presidente dos EUA, não sabendo que foi o próprio Brody, o assassino, como prova de lealdade a Abu Nazir.

Dana alardeia seus bons modos

Além disso, ao chegar em casa, após um dia inteiro encenando exemplarmente seu difícil papel, ainda descobre que sua filha adolescente enamorou-se do rebento de seu mais destacado alvo inimigo, o Vice.  Talvez uma boa noite de sono resolvesse, se ele conseguisse uma.

A cena de Homeland que cita a famosa foto em que Obama e seu gabinete acompanham a missão que encontrou Bin Laden

No fim das contas, quando já estamos no sabugo de algumas de nossas unhas, nervosos e irados por mais um costumeiro ato de alta traição de Brody, facilitado por um entusiasmado Vice-Presidente dos Estados Unidos (só dá ele!), atrapalhando novamente a vida de nossa agente (ops, ex-agente) preferida, eis que, fazendo das tripas coração, Carrie consegue safar-se da morte certa, tomando para si alguns penduricalhos que, como podemos ver na cena que encerra o capítulo, seriam escandalosamente reveladores.

Se você viu, só o que posso dizer é: Uau!

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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