Games Studies e a Gameficação da Cultura

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Quando comecei a escrever para o Iluminerds, criei uma coluna chamada Jogos Sem Preconceito. A ideia é falar sobre jogos, mas sem aquela visão reducionista normalmente utilizada. Uma das contribuições mais legais deste exercício foi organizar o pensamento em relação ao tema.

As três visões normalmente utilizadas para se pensar o campo dos jogos é a dos acadêmicos, designers e curiosos em geral. Em todas, infelizmente, a abordagem é extremamente limitada a seus campos de interesse e conhecimento. No caso dos acadêmicos, isto ainda sofre mais, pois fica claro que os pesquisadores se baseiam principalmente na análise de conteúdo de outros autores – há pesquisadores, inclusive, que defendem o estudo de jogos sem a prática. Já os designers focam mais na linguagem de programação como principal elemento do desenvolvimento de jogos. E os curiosos estão repletos de preconceitos em função da subjetividade na análise ou o desconhecimento do tema.

Obviamente, a abordagem teórica dos acadêmicos, prática dos designers e a curiosidade são fundamentais para entender a dinâmica dos jogos eletrônicos. Contudo, há outra perspectiva importantíssima: a do próprio jogador. É a visão de quem joga, pratica, gosta e valoriza a atividade. Assim, um jogador que estuda o jogo reconhecendo a existência de diferentes perspectivas de análise consegue realizar uma pesquisa mais interessante.

A proposta é estudar o jogo eletrônico sob o ponto de vista do jogador através de abordagens teóricas e práticas. Assim, pretende-se atribuir ao jogo o status de fenômeno sociocultural, livre de preconceitos e vícios interpretativos.

O objetivo agora é expandir um pouco mais a área de atuação. Por isso, com base no conteúdo desta coluna e na minha pesquisa de doutorado, montei um pequeno curso para falar sobre jogos. Para aqueles livres de preconceito, que não acham que jogo é coisa de criança ou de desocupado, a partir de 26/06/14, toda quinta-feira de 19:30 as 22:00 até o dia 31/07/14, ministrarei o curso Games Studies e a Gameficação da Cultura, no Espaço Telezoom, no Humaitá (Rio de Janeiro). Inscrições através do e-mail espaco@telezoom.com.br ou pelos telefones: (21) 3497-7620/ (21) 3497-7621

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 2 comentários

    1. Gustavo Audi

      Só se responder corretamente a seguinte pergunta: qual foi meu primeiro jogo de Playstation 1?

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