Olá, Nerds e eNerdas, tudo bom?
No último dia 19/03, a Valve, criadora da Steam, disponibilizou para seus usuários o documentário, produzido por ela mesma, Free To Play, que conta a história de 3 jogadores profissionais de DOTA: Fear (Estados Unidos), Hyhy (Cingapura) e Dendi (Ucrânia) no primeiro torneio internacional de DOTA que aconteceu em Colônia (Alemanha) cujo prêmio era de US$ 1.000.000,00 (UM MILHÃO DE DÓLARES).
Inicialmente, pensei que esse documentário nada mais era do que uma estratégia de marketing para o DOTA, principalmente por ele ser o concorrente direto do fenômeno League Of Legends e por ser disponibilizado na Steam. Mas, ao longo dos seus 75 minutos, vi que o documentário era uma abordagem ao E-Sport e da profissão Gamer, que não é muito bem vista atualmente (principalmente por familiares).
Free To Play pega a mesma essência do, também, documentário, Indie Game: The Movie (está no Netflix), ou seja, ele nos mostra um pouco sobre a vida dos jogadores Fear, Hyhy e Dendi – suas idas a campeonatos e suas participações. Sem entrar em muitos detalhes, e conforme comentei acima, independente do local onde eles vivem e a cultura em que estão inseridos, os pais os viam como pessoas que estavam perdendo seu tempo jogando demasiadamente; eles deveriam estudar, se formar, procurar algo de valor na vida. Coisas que todos os pais fazem.
Os três jogadores, por outro lado, também focavam no mesmo lugar-comum – que eles se identificam com o jogo, que eles querem ganhar a vida jogando videogame, e isso gera seu descontamento pela falta de apoio dos pais, etc.
Acho que, conforme comentário anterior, a proposta do documentário seria focar um pouco mais nesse novo tipo de profissão: o Gamer. Aquela pessoa que, assim como em outras profissões, precisa se dedicar, praticar, treinar para conseguir seus objetivos. Afinal, hoje o mercado de jogos é o segundo em faturamento só nos Estados Unidos. Logo, é natural que ele abra as portas para novos tipos de profissões. Como isso ainda é novidade para muitas pessoas, principalmente nos depoimentos dos pais, pode causar muito estranhamento nesse momento inicial. Aliás, não foi esse mesmo processo com as profissões de ator/atriz, tenólogos em geral e várias outras?
É interessante também como o documentário nos mostra que, em países como a Coreia do Sul e a China, o profissional Gamer é levado a sério, se tornando uma celebridade a ponto de fazerem palestras motivacionais para jogadores de futebol. Talvez o motivo para isso seja a enorme ligação que esses países tenham com a atual fase da tecnologia, mas vai saber?
Outro ponto interessante do documentário é a evolução dos E-Sports, que, antes eram regionais com uma premiação era pífia. Hoje, se tornou um fenômeno (dentro do seu nicho é claro). Principalmente na questão da organização do evento, no comprometimento do público e jogadores etc.
Em resumo, o documentário é muito interessante para quem se interessa por jogos e competições. Vale a pena.
OBS: O filme é de graça e esta disponível no canal da Valve no Youtube e na Steam.
Abraços.
