Como o jogador calejado já sabe, tanto a Xbox Live quanto a PSN dão aos seus assinantes, todos os meses, além dos ótimos descontos em jogos de linha, inúmeros joguinhos menores e independentes de graça. Assim, o objetivo dessa coluna é analisar esses joguinhos mensais tanto na rede da Sony quanto na da Microsoft, cagando uma regra básica e avaliando, na nossa opinião de merda, se eles merecem ou não ocupar algum espaço na amada HD do seu console favorito.
Dessa vez, eu ia falar dos lançamentos da Live, mas a PSN veio com três grupos diferentes de ofertas de Natal (um grupo de ofertas pra cada uma semana e meia, mais ou menos). São tantos mimos de fim de ano que não pude resistir. Nesta bateria, temos aí 4 jogos de grátis pro assinante; o jogo de survivor horror Deadly Premonition e Hitman Trilogy HD…
Pra começo de conversa; Hitman Trilogy HD. É isso mesmo: o assassino careca com leitura ótica na nuca mais famoso do mundo dos games, em todo o seu esplendor de alta definição, no seu próprio Playstation… De grátis! O pack vem com três jogos da franquia: Hitman Contracts; Hitman 2 e Hitman Blood Money. Muito sabiamente, ignoraram o primeiro jogo e colocaram o Contracts, que nada mais é que uma repaginação vistosa do primeiro Hitman, só que com uma mescla de missões remodeladas do primeiro jogo, além de novas missões.
Para os poucos que não conhecem essa franquia, Hitman é sobre o Assassino 47, um matador de aluguel criado geneticamente, com atributos físicos e mentais acima da média. Uma verdadeira máquina de matar, fria, sanguinária e calculista. A dinâmica do jogo é basicamente a seguinte: você recebe uma missão de assassinato a cada fase e deve cumpri-la da melhor forma possível. O game permite que o jogador aja de três maneiras distintas: uma primeira maneira permite que o jogador invada o cenário no melhor estilo John Matrix, de Comando Para Matar, e saia simplesmente destruindo e chacinando todo mundo pelo caminho. Modo mais fácil mas ao mesmo tempo suicida: dependendo do cenário, do seu tempo de ação e do posicionamento dos guarda-costas e inimigos, o reforço é chamado e rapidamente te fulmina.
A segunda maneira é a furtiva. Você se infiltra no cenário onde deve cumprir seu contrato de assassinato e, seja fantasiando-se com roupas locais, seja matando, silenciosamente, as pessoas certas, vai se infiltrando cada vez mais nos complexos e, finalmente, assassinando seu alvo.
Uma terceira maneira possível é uma mescla entre a primeira e a segunda maneira: você pode, em determinados momentos das fases, dar uma de Chuck Norris e cavar seu caminho a bala, e, uma vez cuidadosamente escondidos todos os presuntos, seguir por mais outros ambientes se disfarçando e/ou matando silenciosamente.
Enfim, o jogo dá grande liberdade de ação, oferecendo inúmeras “deixas” pro jogador: por exemplo, na forma de um alimento despretensiosamente jogado na cozinha de um hotel, no qual você pode injetar veneno e, disfarçado de empregado do hotel, entregá-lo a sua vítima. Ou, sua vítima pode estar muito bem tocando um violoncelo, sentado na cadeira de frente para a janela, te dando duas ou três alternativas de assassinato: 1) ataque direto; você se infiltra pela casa e, entrando no quarto, disfarçado de segurança, simplesmente envolve o pescocinho do cidadão com seu fio de estrangulamento; 2) posicionando-se em local estratégico, você alveja o cidadão, através do vidro da janela, com seu rifle de precisão; 3) você aguarda o alvo acabar seu treinamento de violoncelo, e, ao vê-lo sair, dá um tiro com sua pistola silenciosa ao vê-lo passar por alguma parte mais escura da casa, ocultando o corpo.
O game conta com uma barra de notoriedade, que denuncia quando as coisas vão ficando esquisitas dentro do esconderijo do seu alvo: na medida em que o jogador vai matando pessoas, não guarda os defuntos direito (presuntos podem ser guardados dentro de baús, armários ou simplesmente deixados em lugares escuros) e eles são descobertos, sua barra vai aumentando, e o pessoal ao redor vai ficando sobressaltado e desconfiando de quaisquer movimentos mais estranhos. Além disso, se o jogador resolve, para se disfarçar, roubar a roupa de algum capanga (pra fazer isso, o jogador precisará matar ou desacordar o sujeito), deverá ser rápido, pois alguém dará falta desse capanga desaparecido, contribuindo, também, pro aumento da sua barra de notoriedade. Cada ação deve ser calculada, cada movimento deve ser preciso. Para o Assassino 47, a morte é uma arte precisa, cirúrgica, a ser feita baseando-se nos mínimos detalhes.
Os gráficos dos 3 jogos, criados entre os anos de 2002 e 2006, claro, apresentam-se datados. Mesmo assim, a versão HD deixa os jogos limpos, e, se já não impressionam graficamente, pelo menos não fazem feio. Felizmente, Hitman sempre foi bem mais do que belos gráficos: é uma jogabilidade envolvente, com uma história intrigante, que vai desde a descoberta de que 47 faz parte de um sofisticado processo de clonagem e aprimoramento genético, até sua tentativa de redenção de uma vida a qual não escolheu.
A trilha sonora, por sua vez, não perdeu nada de sua eficácia e beleza, mesmo depois de quase uma década desde o lançamento dos jogos. Criada por Jesper Kyd, mescla elementos da música erudita ao que há de mais contemporâneo na música, transmitindo tensão, alívio, pressão e inúmeros outros sentimentos, à medida que o jogo vai se descortinando aos olhos do jogador. Aliás, o talento de Jesper Kyd também pode ser conferido na trilha sonora de Assassin’s Creed 1 e 2 (e suas DLCs).
No fim das contas, é um conjunto de jogos gratuitos que vale muito a pena. Não chegam a ser jogos estilo Sandbox, mas acabam oferecendo bastante liberdade, diversão e entretenimento nas suas quase 60 horas de jogatina intermitente. Mesmo sendo jogos antigos, garanto a você, caro jogador de coisa véia, que se divertirá bastante, jogando este que é um dos clássicos da geração anterior de videogames.
Até mais tarde, com a cobertura de Deadly Premonition!
FICHA TÉCNICA.
Promoção da PSN – novembro-dezembro de 2014
Plataformas – Playstation 3
Ano de lançamento – 2002 a 2006
Nota – 8,0
Esta verse3o e9 uma pegadinha. ne3o e9 o Joe3o e Maria, cae7adores de bruas, e9 um filme pe9ssimo, de trreor de mau gosto. pe9ssimo, sacanagem mesmo disponibilizarem ao mesmo tempo em que joe3o e maria com o mesmo nome