Conheça seu Iluminerd – Don Vitto

Você está visualizando atualmente Conheça seu Iluminerd – Don Vitto

Com certeza, você já se questionou sobre quem é a pessoa por trás do texto que está lendo. O que ela faz, de onde ela é, qual sua formação…

Por isso, decidimos criar esta série para dar uma luz sobre os autores do Iluminerds. Se quiser saber outras coisas sobre eles, basta colocar nos comentários. Ou, se quiser saber mais sobre outros Iluminerds, dá uma dedada aqui

No post de hoje, chore e se emocione com Don Vitto… (recomendamos ouvir My Way durante a leitura).

***

Tony-MontanaScarface-psd54875 copyPor que Don Vittor?

Primeiramente, é Don Vitto… Bom, voltando à pergunta, certamente pela minha devoção aos filmes de Máfia, além, é claro, do meu hobby que é escrever sobre o assunto. Esse “nome de guerra”, porém, às vezes me parece um tanto quanto estúpido, uma vez que poderia usar meu sobrenome e fazer algo muito mais legal, tipo: Mr. Scar. O que acha?

Quantos anos?

26 anos. Com cara de 30 e corpo de 50.

De onde é?

Do belíssimo Grande Méier, um dos recantos mais charmosos e excêntricos do subúrbio carioca, recentemente visitado por grandes astros de Hollywood – o que não muda em porra nenhuma, afinal, de que me importa ver o Will Smith comendo bolinho de bacalhau? Só para ser mais um suburbano em pé de guerra com meus colegas pobres, vou fingir o bairrismo ao parafrasear o Iluminerd Zé Messias: “CHUPA, TIJUCA!”

Estuda ou é formado? Em quê?

Sou Assistente Social. Sim, a profissão é completamente contraditória com a minha visão de mundo, principalmente após acusações contra os meus métodos de reeducação do sujeito. Às vezes, não ajo como um bom profissional, mas é aquilo – não consigo ter sangue de barata ou ser imparcial. Piorei muito mais nesse quesito após o curso intensivo que fiz ao trabalhar como um tentáculo coercitivo do Estado. Só usei esse termo para parecer mais cult. Afinal, devo ser um dos poucos Iluminerds que é apenas graduado.

Trabalha? Em quê?

Hoje, sou Gestor de Informática numa empresa de Arqueologia, sei que não tem nada a ver com a minha formação acadêmica, mas, além da remuneração superior, ainda tenho a facilidade de lidar apenas com ossadas. 

Pelos seus posts, é possível concluir que gosta bastante de filmes. Qual filme você escolheria para definir sua personalidade? Por quê?

Boa pergunta. Porém, bastante capciosa. Vejamos, como me definir através de um filme, ainda mais quando vou alternando de fases entre os anos? Caceta! Só faltou a porra de um vestido florido para me sentir aquelas quarentonas do GNT falando sobre a menopausa, mas vamos voltar ao assunto!

Acredito que alguns dos meus valores vieram dos filmes da própria máfia, principalmente no que diz respeito a minha devoção à palavra, o respeito à família e certa culpa cristã em algumas ocasiões. Diria que me divirto com a sensação de ser uma mistura, surreal e pretensiosa, entre Salvatore Giuliano (O Siciliano) e Tony Monatana (Scarface), mesmo que seja quase ou totalmente imperceptível. E, por favor, quando falo de O Siciliano estou focado mais na experiência que tenho com o livro. O filme, mesmo sendo legal, é interpretado pelo Murilo Benício de Hollywood, também chamado de Christopher Lambert.

scarface2 copy

Em Iluminamos: Para Maiores, pude perceber, de leve, que você não gostou do filme. É sabido que, muitas vezes, o ódio escancarado é uma maneira de esconder sentimentos mais puros e belos. Será que a sua ligação com este filme não é de amor? Talvez, no fundo, você não deseje este filme…?

Desejo, mas desejo que todos os marqueteiros cretinos que meteram a mão nesse grande pedaço de merda padeçam no inferno. Desde o início, sabia que o filme seria uma grande bosta, mas a minha senhora quis vê-lo… então, fazer o quê? Ao chegar no cinema, só vi meia dúzia de gatos pingados e foi aí que se iniciou o meu suplício. Até rimou, viu? Na verdade, só quis mudar de assunto, pois esse filme me constrangeu… Sério, como alguém se presta a isso? 

No post My Way – A melhor música da história!, você afirma: “faço questão de, nos momentos de maior agonia, em meio a dívidas e descrédito público, ouvir essa canção no volume máximo”. A cena que imaginei é você, andando pelo quarto, com lágrimas escorrendo pela face, olhos fechados, batendo no peito, gritando: – My way, porra! Você pode nos contar uma ocasião na sua vida em que esta música te “salvou”?

Não são dívidas, são dúvidas, pois mesmo sendo morador do subúrbio sou completamente contra os crediários. 

Quanto a canção, não me lembro de quando foi a primeira vez que a ouvi, mas, pelo simples fato de ser interpretada pelo Blue Eyes, ela já merecia o benefício da dúvida.  No que diz respeito à cena, mesmo sendo bem gay, já a fiz várias vezes, principalmente quando a situação aperta.

Pense comigo. Escolhi uma profissão em nada relacionada ao meu jeito de ser, abandonei outra faculdade em que fui um dos primeiros colocados e, depois de tudo, investi boa parte do meu tempo para fazer um romance sobre o crime organizado. Além, é claro, da bosta de um site nerd.  Entendeu o drama? Imagine a cena quando parei e me vi um cara pobre e sem um pingo de vontade para estudar em minha área de formação? Viu que porra? Então, esse sou eu, às vezes.

Porém, ao parar com meu achaque de Bambi, sempre faço questão de colocar a única canção que me explica por A+ B  e, a despeito das críticas ou percalços, fiz e farei tudo do meu jeito. É nessa hora que tenho certeza de que vencerei ou, pelo menos, quebrarei a cara indo atrás do que acredito.

Obs: mesmo sendo péssimo em inglês, através da bela interpretação de Sinatra, acabei me envolvendo ao ponto de inconscientemente compreender sobre o que se tratava à temática.

Fica aí um trecho da canção.

SinatraFrankTo think I did all that

And may I say, not in a shy way

Oh no, oh no, not me

I did it my way

For what is a man, what has he got?

If not himself, than he has naugth

To say the things he truly feels

And not the words of one who kneels

The record shows, I took the blows

And did it my way

No Ilumicast #17 – Literatura contemporânea tem relevância?, você foi chamado de “pretenso escritor”. Como você decidiu que não ficaria mais somente na leitura e partiria para a criação de fato? Sobre o que é sua obra? Fale um pouco desta sua atividade…

O pretenso escritor teve vários motivos e quem poderia resumi-lo melhor seria aquele que cuida da atividade penosa de revisar o meu texto repleto de vícios de linguagem e erros estruturais. A partir dessa premissa, talvez repleta de falsa modéstia, que vejo o atual panorama da literatura no país. Hoje, estamos saturados de pretensos escritores que se veem como os novos gênios da literatura nacional, sendo que jamais ousaram abrir e estudar sequer um dos clássicos! Não sou saudosista e muito menos um estudioso,  mas, ao mesmo tempo em que acredito na capacidade inata de alguns seres humanos, também venho propor a conscientização dos novos escritores, referindo-me especialmente ao prazer de saborear várias vertentes literárias. Sei que posso estar sendo chato pra cacete, assim como o meu orientador o é, mas acredito que a leitura de obras atemporais deveria ser o requisito básico para alguém que sonha em ser um bom escritor e, não apenas um “escrevedor de livros”.

Quanto à minha inserção nesse meio, acredito que tenha ocorrido há quase dez anos atrás… Estou ficando velho…  Bom, frescuras à parte, lembro-me que dei início a prática aos dezessete anos, quando, em meio à confecção de um fanzine, descobri que era um merda de desenhista… Assim, depois da decepção, decidi dar início à vida literária.

Sobre a obra, posso deixar uma breve introdução que deixei na minha página do Facebook (clica aqui).

“Oriunda da Sicília no século XIX (mais precisamente do termo árabe “mahyas”) a máfia ainda reside no imaginário  do povo brasileiro até os dias de hoje, contudo após diversos filmes e documentários seu significado ainda permanece nebuloso. Não se iluda, a máfia é apenas mais uma forma de fazer dinheiro, poder e consequentemente influência política. O verdadeiro crime organizado é praticamente indetectável. Ele está em você, entre seus familiares e nas mais simples ações corruptas! Talvez numa doação, em meio a um assalto ou quem sabe até num saco de cimento. Meu caro, a máfia está em tudo! Realidade ou não… Se a vida já vale pouco, imagine para aqueles que vivem onde o dinheiro só se lava com sangue?

Independentemente de índole, classe social ou credo religioso essa guerra não se restringe apenas as facções criminosas. Infelizmente os mortos não são criações literárias ou culpados.  Deste modo, com a função de expor os bastidores da alta sociedade sem o glamour apresentado pela tevê, Il Rookie constitui o retrato fiel da realidade brasileira, desmascarando como a influência do grande escalão afeta diretamente a vida de qualquer cidadão, banalizando a violência e incorporando-a ao nosso cotidiano como uma consequência natural.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.”

422854_275615275840224_266263185_n

Filmes de terror sempre me fascinaram; principalmente os produzidos nas décadas de 1970 e 1980 (dos quais podíamos ver as técnicas de produção, como em Terror em Amityville, que é possível ver a linha puxando uma porta). Sem contar com os filmes citados no post TOP 10,5 – Só Terror! Filmes que me amedrontaram durante a infância (ou os do Zé do Caixão), qual você considera mais tosco, mas que mesmo assim lhe traz boas recordações?

Sexta-Feira 13, com certeza! Não sei explicar muito bem, mas, desde pequeno, gostava do Jason, não sei se era pela máscara de hockey ou por sua simpatia na hora de estripar algum adolescente cretino. O cara era absurdo, e, além disso, ainda picotava todos aqueles que representam o estereótipo do jovem estadunidense de classe média alta, cheio de rebeldia e pouca atitude.

Então, obriga…

Mesmo não tendo espaço para esta menção final, faço questão de fazê-la, especialmente para dizer ao nosso público que, a despeito de algumas dificuldades, sempre tentamos trazer material novo e de qualidade diariamente para vocês. Como exemplo, que é bem diferente de como o exemplo, posso citar o sujeito que teve a ideia de criar esta nova série, que além de blogueiro, também é trabalhador, pai e estudante.

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 19 comentários

        1. Vilipendiador Unperucked

          Se isso sobrar pra mim serei obrigado a revelar o produto do furto. E a resposta será deselegante.

    1. Don Vittor

      Bicha, veado, Chefe… Agora só falta dizer que sou Nerd! uUHAUHUAUH

  1. toddy

    cacete, post muito grande, tentei ler tudo, mas só consegui até a parte que diz que é um assistente social revoltado! porra, quando vão botar o perfil das meninas! não do Ebony, das meninas de verdade hauhauhauhua

    1. Don Vittor

      Quando os leitores forem alfabetizados ahuAUUAAHAUUUA

        1. Don Vittor

          Eu acredito no nosso país! Só que não auAUAUAUHAHUUAA

          1. toddy

            putamerda

    2. Gustavo Audi

      Isso foge da minha governabilidade… Essa galera Iluminerd não consegue organizar o pensamento direito.

Deixe um comentário