Olá Nerds da luz, acabei de ler o excelente post do Rosinha sobre Thor e não pude deixar de registrar algumas impressões sobre a nobre arte dos gibis.

Sou fã de quadrinhos desde os nove anos, mas deixei de acompanhar mensalmente a partir dos treze, quando de fato passei a ter acesso real as meninas da escola e do prédio, se é que vocês me entendem, e esta nova fase de contato com o sexo oposto ocupou todo meu tempo, espírito, mente e alma. Nerds, não dá para lutar contra a natureza, a testosterona sempre fala mais alto.

Pobres gibis, neste contexto não deram nem para o começo, temos que concordar que a concorrência foi desleal, cocotas de um lado e HQ do Homem-Aranha do outro, qual opção você faria? Se você parou para pensar não leia mais nada, desligue o PC e vá direto para um psiquiatra, um remedinho tarja preta cai bem.

Mesmo distante sempre dava um jeitinho de me atualizar com os meus personagens favoritos, curti muito X-Men na fase pré-farofa, aquele período em que a equipe era formada pelo Xavier, Ciclope, Tempestade, Noturno, Colossus, Kitty Pride e Wolverine. No entanto, depois que a Marvel descobriu o potencial dos mutantes e farofou os X-Men, tinha equipe júnior, sênior, dourada, prateada, do leste, do oeste, do Amapá e de Fortaleza, e em todas o Wolverine estava presente fazendo hora extra.

Outro malandro que me amarrava era o Batman, meu primeiro gibi do morcegão foi emprestado por um colega, o Janderson Sanchez, na quinta série, e o cara me deu o Batman: Ano Um do Frank Miller, quando terminei de ler me mandou um dever de casa, ler o Cavalheiro das Trevas. Com esse curso intensivo não tive outra opção senão virar fã do morcegão.

Como os caros amigos da Luz podem ver, Mister Ripper curtia gibis mais pesados. Naquele tempo os X-Men eram sombrios, não tinham esse ar de colegiais da atualidade, com o Wolverine bancando a babá da turma. Bons tempos, uma época em que não havia a ditadura do politicamente correto.

Agora tem um gibi que naquela época era especialmente hardcore. Estou falando aqui do maior pegador dos quadrinhos, do brucutu-mor, o bárbaro, o rei, o cimério, Conan. Nerds do meu Brasil, leiam Conan porque é bom demais! Aqueles dentre vocês que curtem RPG precisam dedicar um tempo para ler as histórias do cimério, não existe gibi que capte melhor o clima de fantasia estilo capa e espada, tem histórias bem elaboradas, magia, pancadaria, decapitação, desmembramento, empalação e mulher pelada, ou seja, tudo o que o povo gosta.

Os gibis do Conan eram os meus favoritos, principalmente porque as histórias não te obrigavam a comprar os quadrinhos em sequência, uma vez ou outra, quebravam a história em duas revistas, todavia era muito raro que isso acontecesse. Os desenhistas eram de primeira linha, mesmo os piores não faziam feio, e as capas eram um show à parte, simplesmente fantásticas.

Vale lembrar que as histórias eram povoadas de profundas lições de moral que poderiam ser basicamente resumidas no seguinte: Conan salvava a donzela dos mais incríveis perigos e vilões, mais tarde a moça ou moças em questão deixavam de serem donzelas com o bárbaro. Ora essa, que lição perfeita, esforce-se pela mulher, seja homem, proteja-a, ampare-a que depois serás fartamente recompensado. Os metrossexuais é que precisavam ler Conan. Esta geração atual de homens não tem o referencial masculino bem definido, não entenderam seu papel social com clareza, por isso sofrem com bullying, tem medo de chegar em mulher, vivem malhando mas não tem pegada, raspam o sovaco, pintam o cabelinho e pedem dedinho. Digo só uma coisa: Conan neles!!!