Castlevania Netflix – 1ª Temporada

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Uma das produções mais aguardadas da Netflix para esse ano já está entre nós mortais a algumas semanas, e sim, atendeu às expectativas!

Mas ela não surgiu assim do nada. Na verdade, uma adaptação do jogo para outra mídia já estava em desenvolvimento desde 2005, quando a Frederator Studios conseguiu os direitos para adaptar Castlevania. Quem aí lembra também dos rumores de um live action pelo produtor/roteirista dos filmes de Resident Evil?

“Deus me dibre disso aí”

A produção original da Netflix é baseada no terceiro jogo da série, o excelente Castlevania III: Dracula’s Curse. E temos aqui uma equipe que podemos facilmente chamar de “Dream Team”.

Começando pela animação que é produzida pela Powerhouse Animation Studios, que trabalhou nos jogos Mortal Kombat X e DC Universe Online, junto da Frederator Studios, mais conhecida por suas animações Hora de Aventura e Padrinhos Mágicos.

O roteiro ficou por parte de Warren Ellis, figura bem conhecida dos fãs de HQs. Dentre seus trabalhos mais populares temos Hellblazer, que por si só já definiria Ellis como a escolha perfeita para roteirizar Castlevania, Iron Man: Extremis e sua fase nos Surpreendentes X-Men.

A produção fica por conta de ninguém menos que Adi Shankar, que tem em seu currículo a maravilhosa adaptação de Juiz Dredd para os cinemas em 2012 com Karl Urban no papel principal. Ele também é o produtor daquele curta bem violento de Power Rangers que viralizou no YouTube em 2015. Vale lembrar que Shankar já foi confirmado para produzir mais duas animações bem interessantes: Assassin’s Creed e Power Rangers.

Castlevania foi classificada como Rated R e a equipe por trás do anime aproveitou bem a sanguinolência que a série poderia usar. O que dizer de uma animação onde você, por exemplo, se depara com um demônio carregando o cadáver de um bebê na boca?

A dublagem é outro ponto forte da série, contando com algumas figuras bem conhecidas. O ator Richard Armitage que interpretou Thorin n’O Hobbit dá voz a Trevor Belmont. Graham McTavish que também atuou em Hobbit, como Dwalin, empresta sua voz à Vlad Tepes, o Drácula. A versão dublada em português também está excelente.

O ponto mais fraco da série certamente foi a trilha sonora. Uma pena nenhuma música dos jogos ter sido aproveitada durante esta Season 1. É impossível pensar no nome Castlevania sem que Vampire Killer ou Bloody Tears comecem a tocar na cabeça de qualquer fã.

Existe uma versão fanmade da abertura do anime com Bloody Tears tocando de fundo, ao invés do tema genérico e sem sal que foi escolhido para a série.

“Essa abertura sim, me representa!”

E a história do anime afinal de contas?

Castlevania se passa numa fictícia Wallachia (atual Romênia) no século XV. De início, somos apresentados a um Drácula menos vilanesco do que o esperado. Claro, deixando um pouco de lado todo o terreno com restos de corpos humanos empalados, que talvez, mas só talvez, seja obra deste bondoso moço da ciência também conhecido por Vlad Țepeș, que traduzido do romeno significa Vlad, o Empalador.

Uma jovem curandeira chamada Lisa, sabendo que Vlad possui grande conhecimento em ciência, o procura para aprender técnicas que aprimorem seus dons medicinais. Mas só existe um pequeno grande problema: a igreja.

A ciência naquela época era considerada “magia negra” e heresia, cabível de punições severas. Mesmo assim, Lisa vai sozinha ao castelo do Drácula a procura do conhecimento proibido. Ela não é muito bem recebida, mas Vlad se rende aos desejos da garota em aprender ciência e decide ensiná-la. Os dois se casam.

Após vinte anos vivendo juntos, num belo dia em que Drácula não estava em casa, Lisa é raptada por membros da igreja e acusada de bruxaria. Ela é queimada viva.

Drácula é consumido pelo ódio ao ficar sabendo da tragédia ocorrida com sua esposa. Ele desiste de ajudar o povo de Wallachia e volta a desejar o fim da raça humana. Todos são avisados por Vlad de que têm um ano para deixar Wallachia, caso contrário, ele irá libertar uma horda de demônios para acabar com o povo dali.

Eles continuam em Wallachia mesmo após o aviso. E no dia em que completa-se um ano do aviso de Vlad, um bispo da igreja vem a público zombar das ameaças de Drácula. Ele se gaba por nada ter acontecido até então, e diz que nunca sentiu tanto as forças de Deus naquela região quanto sentia agora. De repente, gotas de sangue começam a cair do céu, causando uma grotesca chuva de sangue. Mais alguém aí começou a imaginar Raining Blood tocando de fundo durante essa cena?

Agora que os demônios estão à solta, alguém precisa dar um jeito nisso tudo. E é aí que somos apresentados ao Belmont da série, o Trevor. Seguindo o padrão de roteiro “Jornada do Herói”, Trevor não quer nem saber de aventuras a princípio. Sua única motivação é beber cerveja, achar um lugar pra mijar e outro pra dormir, como ele mesmo diz.

Vale ressaltar que no jogo original de 1989 nenhum dos personagens tinha um background elaborado. Naquela época o objetivo nos videogames era muito mais focado na jogabilidade, em passar todas as fases do jogo, do que na história. Portanto, a personalidade rebelde do Trevor, bem como a personalidade do restante dos personagens apresentados na série foi criada pela equipe responsável pelo anime. Exceto Alucard que devido a toda sua fama em Symphony of the Night, já tinha algo para os produtores se basearem.

Logo após a primeira cena do Trevor no anime, ele parte rumo a Gresit, local onde se passa a maior parte da história. Em Gresit, Trevor salva um dos Oradores das mãos de Católicos que iriam matá-lo por uso de “magia negra”. Os Oradores são uma tribo nômade com conhecimentos mágicos. Eles foram culpados pela igreja pelos demônios que apareceram em Wallachia. Obviamente, este era um plano da igreja para iludir seu povo e jogar a culpa que era da própria igreja em outrem.

O Ancião salvo pelo Belmont diz que um de seus Oradores está desaparecido. Trevor promete ajudar a tribo, encontrando este Orador perdido, caso eles concordem em deixar Wallachia para que não sejam mortos pelos demônios enviados por Drácula. Após o que podemos chamar de uma “boss battle” entre Trevor e um Ciclope, o Orador perdido que estava petrificado é salvo, revelando-se na verdade como uma garota, Sypha Belnades, a neta do ancião.

Todos se reúnem e os Oradores contam a lenda do Soldado Adormecido para Trevor. A lenda diz que um guerreiro lendário precisa ser encontrado para que ajude na batalha contra o Drácula. Durante a busca por este guerreiro, Trevor e Sypha ainda têm uma última batalha contra os demônios em praça pública, contando com a ajuda do povo daquele local. É neste momento que cai a máscara da igreja e o povo descobre quem é o verdadeiro vilão.

Sypha e Trevor vão atrás do guerreiro lendário, nas catacumbas do castelo do Drácula. Quando finalmente o encontram, ele se apresenta como Alucard, ou Adrian Tepes, filho do próprio Drácula. Trevor não aceita que um vampiro possa ser a peça chave na batalha contra Drácula, e parte pra cima de Alucard.

Quando a batalha se encerra, Alucard percebe que tanto Trevor quanto Sypha podem ser úteis para derrotar seu pai. Eles desistem de lutar e resolvem unir forças contra o Drácula. E é exatamente neste ponto que a primeira temporada da série se encerra.

As expectativas para a segunda temporada, que contará com 8 episódios, são muitas. Qual será o plot adaptado para esta Season 2? Será que veremos o pirata Grant DaNasty, único personagem jogável de Castlevania III: Dracula’s Curse que não apareceu nesta primeira temporada? Teremos uma trilha sonora mais digna?

Agora só resta aguardar!

Pixel Carnificina

Eu sou o caos, senhor Kurtz, caos! E o resto do mundo não irá admitir que é exatamente como eu. "Listen all you fools. Don't you know that Carnage rules?"

Este post tem 2 comentários

  1. Hypolita Prince

    Como eu nunca joguei, amei a série e a trilha sonora kkkk
    Inclusive achei a abertura MUITO FODA! Único defeito foi ter só 4 episódios :'(

  2. Frogwalken

    Só espero duas coisas nessa Segunda Temporada: Crissaegrim e Familiares do Alucard ( com a fadinha cantando no ouvido de todo mundo ) =P

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