Campanha #MasEleNuncaMeBateu e a violência contra a mulher muito além da agressão física

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Em tempos de internet, as informações são veiculadas e compartilhadas muito rapidamente, o que permite um amplo acesso. Isso nem sempre é bom, mas “os limites da internet” não são a pauta hoje.

Conheci essa campanha “Mas ele nunca me bateu” na página do Facebook Todas Por Todas. Deixarei o link lá no fim do texto.

Quando se fala em violência contra a mulher, costuma-se pensar nos incontáveis casos de mulheres assassinadas, violentadas sexualmente, agredidas fisicamente. São tantas histórias, todos os dias. Infelizmente, essas não são as únicas formas de violência as quais mulheres estão submetidas. Sim, vamos falar, novamente, de relacionamentos abusivos, pois muitas pessoas ainda não entendem como se caracteriza, e como identificar.

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Relacionamentos abusivos nem sempre contem agressão física. No entanto, matam as mulheres aos poucos, muitas vezes induzindo-as à auto-destruição.

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Rouba-se da mulher o direito de decisão sobre seu próprio corpo.

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Induz-se a nunca contrariar o parceiro de relacionamento.

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Mostra-se agressividade, sem tocar na vítima. Apenas para incitar-lhe medo, e provar que é capaz de cometer alguma violência física contra ela.

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Em suma, destrói a autonomia, autoestima e personalidade da vítima, fazendo-a refém a cada dia.

Se você se identificou com alguma das situações, ou está num relacionamento que lhe fazia mal psicologicamente, você está sendo vítima de um relacionamento abusivo.

Antes que algum “iusomi” venha reclamar aqui, sim, homens podem ser vítimas de relacionamentos abusivos. Só que é bem mais difícil. Já mulheres estão constantemente neles. Com certeza você tem amigas, irmãs, parentes, que estão nessa situação. Mas quantos homens você conhece que passam por isso? Acho que em toda minha vida, conheci dois ou três, no máximo. Quando se é homem, é muito mais fácil escapar. Portanto, não tente desqualificar a luta, okay? Aceite seus privilégios, e se tiver numa situação de relacionamento abusivo, corre!

Paras mulheres que estão nessa situação, corram também! Mesmo que seja difícil, por diversos fatores, saia. Sua saúde emocional e sua vida valem mais que um relacionamento que te oprime. Se for preciso, peça ajuda. Muitas vezes não vemos as pessoas que estão dispostas a nos ajudar. Procure os coletivos feministas de sua cidade, mas manas estão sempre dispostas a ajudar de alguma forma. E lembrem-se: “O Amor é a Lei. Amor sob Vontade!”.

 

Pra quem quer discutir um pouco mais sobre os limites da “googlelização do mundo”, recomendo o texto da Dani Marino (Vulgo Dani Maravilhosa): http://www.iluminerds.com.br/a-googlelizacao-do-mundo-e-uma-ficcao-sera/

 

Link da Pagina Todas por Todas, onde vocês podem conferir mais imagens da Campanha #MasEleNuncaMeBateu: https://www.facebook.com/projetotodasportodas/

Hypolita Prince

"Nerd" por acaso, e ainda não satisfeita com a denominação. Escrevo sobre feminismo, e outros assuntos que me interessem. Não os desenvolvo tanto quanto gostaria, mas é por preguiça de organizar as ideias nos textos.

Este post tem 3 comentários

  1. Anna Bazanni

    Muito importante falar sobre isso! eu estive em um relacionamento abusivo faz pouco tempo e só tive forças pra sair porque me mudei pra outra cidade e meus amigos me ajudaram muito. Ainda sim terminei acreditando que gostava dele, pra você ver como é difícil a pessoa se tocar.
    Hoje sou mil vezes mais feliz e aonde eu vejo isso eu compartilho e procuro ajudar.

    1. Leonardo Delarue

      Fico feliz que tenha conseguido se livrar. Sei que não é fácil. Nunca passei por isso, mas tenho amigas que já passaram. 🙂

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