Cadê os Heróis?

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Hoje em dia é fato comum ouvirmos a mídia ou diversas pessoas chamarem tanto jogadores da seleção brasileira de futebol quanto integrantes de BBB de “heróis”, de maneira indistinta. Doi aos meus ouvidos tanto ouvir esse tipo de coisa, que acho necessário desopilar, conversando com vocês um pouco a respeito do conceito de herói, nesse texto que, na verdade, é uma prévia do grande post do Jota Jota, a ser publicado mais tarde.

Mas o que é o herói? A partir da ideia mitológica do herói épico, da mitologia grega, hoje em dia temos a existência simultânea de 4 tipos de herói, 3 variações a partir do conceito original, que hoje em dia coexistem em relativa harmonia, e, por isso mesmo, acabam sendo muitas vezes levianamente confundidas.

1 – O Herói épico.

CH-Neo

O herói épico é aquele que se eleva pra acima dos homens. Ele toma atitudes tão, mas tão diferenciadas que quase se iguala aos deuses. Por conta disso, tem-se a ideia de que os heróis épicos são filhos de deuses com humanos; essas distinções são dadas depois da passagem do herói pela terra, como “explicação” palpável que dê conta do motivo de determinado homem ter ousado atuar em uma guerra com habilidades tão diferentes das do homem comum. O herói épico não sabe o que é medo, não duvida, não muda. Ele é praticamente uma muralha, com destino certo, e capaz das mais indubitáveis proezas. O general Maximus Decimus Meridius, do filme Gladiador, de Ridley Scott, e Neo, no primeiro Matrix, seguem à risca essa tipologia de herói.

CH-Gladiador

2 – O Herói trágico.

CH-kratos
O herói trágico é aquele que tenta se elevar e fugir ao seu destino. Cada esforço para fugir do seu destino o leva mais ainda direto a ele. No fim das contas, só resta ao herói trágico aceitar o destino e o sacrifício. Esse tipo de herói não se iguala aos deuses, ele tem arrependimentos e medos excessivamente humanos. Seu sucesso será, ao mesmo tempo, elemento da sua ruína e ponta de lança da sua queda. Apesar de também ser resultado de uma “miscigenação” entre deuses e homens, no caso da tragédia, o herói se caracteriza como alguém que não deveria ter existido, cuja própria existência é uma violência à ordem natural das coisas, e que deve promover a restauração do “normal”, através de seu sacrifício. Kratos de God of War e Anakin Skywalker são exemplares bem distintos dessa categoria de herói.

CH-Anakin

3 – O Herói midiático

CH-Senna
O herói midiático caracteriza-se como um emblema, reforçado através de dois ou três adjetivos. Não possui nenhum tipo de dilema, e caracteriza-se como parte de um acervo imagético representativo de alguma categoria cultural. Seus feitos costumam ser diferenciados, normalmente vindos de talentos e habilidades cultivadas e, ao contrário dos heróis anteriores, por mais impressionantes que sejam, não reforçam a personalidade individual do herói, seu destino, ou uma filosofia social, mas endossam a categoria cultural em que eles estão inseridos. Como exemplo, temos ídolos Ayrton Senna na Fórmula 1, ou Pelé no futebol.

CH-Pelé

4 – O Herói Atual

Sobre essa tipologia do herói, eis o post do Jota Jota aqui.

Colossus de Cyttorak

Detentor dos segredos da Mãe-Rússia, fã incondicional de jogos da antiga SNK (antes de virar esse arremedo, chamado SNK Playmore), e da Konami, Piotr Nikolaievitch Rasputin Campello parte em busca daquilo que nenhum membro da antiga URSS poderia ter - conhecimento do mundo ocidental. Nessa nova vida, que já conta com três décadas de aventuras, Colossus de Cyttorak já aprendeu uma coisa - não se deve misturar Sucrilhos com vodka, nunca!!!!

Este post tem um comentário

  1. $9217641

    Acredito que hoje as pessoas trocaram seus valores. Elas não mais admiram quem as inspirem a serem indivíduos melhores e sim aquelas que fazem o que elas gostariam de fazer mas não podem porque é imoral ou ilegal. Ou ambos.

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