Batman v. Superman: Dawn Of Justice – Trilha Sonora do Filme.

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Saiu hoje, no Spotify, com exclusividade, a trilha sonora de Batman V Superman: Dawn of Justice, composta por Hans Zimmer e Junkie XL. Vou lhes dizer: é razoável, com bons momentos e muitos outros pontos em que a ambição foi maior do que o que foi efetivamente composto. E já vou avisando: é desaconselhável a quem não gosta de música instrumental.

Hans Zimmer, pra quem não conhece, é simplesmente um dos grandes criadores de trilhas sonoras pra filmes da atualidade, sendo um dos meus compositores favoritos, ao lado de John Williams; Danny Elfman e Enio Morricone. Zimmer compôs trilha sonora pro Gladiador; O Rei Leão (ganhando o Oscar por isso); Piratas do Caribe; O Último Samurai; a Trilogia do Cavaleiro das Trevas do Nolan; Interstelar, A Origem, dentre outros.

NEW YORK, NY - JULY 16: Composer Hans Zimmer attends the "The Dark Knight Rises" World Premiere at AMC Lincoln Square Theater on July 16, 2012 in New York City. (Photo by Jamie McCarthy/WireImage)

Já Junkie XL, apesar da formação clássica, é um DJ de grande renome na Europa, além de trabalhar na confecção de trilhas sonoras pra filmes e vídeo games. Dentre seus trabalhos, temos Deadpool (o mais recente); Residente Evil; Megamente; Animatrix; Kung Fu Panda 2; Madagascar 3; Homem de Aço; Mad Max: Estrada da Fúria, dentre outros.

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Vou dar uma primeira impressão faixa a faixa. Vou logo adiantando que a trilha sonora é toda instrumental, tendo muito destaque para orquestra e instrumentos de corda. No geral, o álbum é tenso, com temas que lembram em muito cânticos e marchas de guerra. A todo o momento, parece que vai acontecer algo muito sério e sinistro… O álbum não possui nenhuma linha melódica-chiclete que cole na mente (como, no geral, acontece com no mínimo uma faixa das trilhas do John Williams e do Enio Morricone, por exemplo).

1 – Beautiful Lie: Música de abertura, começa com um estouro de bumbos e orquestra, dando um susto muito bom no ouvinte, pra logo em seguida passar por um momento de calmaria, aquele tipo de calmaria de quem está no olho do tornado. Logo depois, a música vai num crescendo, com cada vez mais instrumentos se juntando à linha melódica principal, e terminando com uma voz de soprano, que faz o contraponto. Muito bonita.

2 – Their War Here: Começa com um fraseado que lembra bastante o tema principal da trilha sonora do Batman: The Animated Series, do fodástico Danny Elfman. Assim como a primeira faixa, tem um clima sombrio, que se ressalta com uma percussão que, no meio da música, bate em ritmo de guerra. Um coro dá um toque final à música.

3 – The Red Capes Are Coming: Uma das melhores faixas do álbum (se não a melhor), tem um tema principal lindo, que aparece logo nos primeiros 33 segundos de música. Aliás, esse tema tem aparecido – de relance e com frequência – nos trailers e teasers do filme.

4 – Day Of The Dead: Faixa chatíssima. Parece tentar ser algo como um lamento, mas não diz a que veio. A música se arrasta num mimimi de violinos, orquestra e coro num volume baixo e monótono.

5 – Must There Be A Superman?: Começa com um coro sinistro que se arrasta até quase o meio da música. Graças à presença do Junkie XL, flerta com distorções eletrônicas, efeitos diversos e cortes drásticos no som, dando um ar um tanto quanto diferente à música. No fim das contas, é diferente, mas não empolga.

6 – New Rules: Outra faixa chata pra cacete. Não dá pra entender a que veio. Tem o mesmo tom solene das outras mas no geral, não varia muito. O trecho que vai de 2:08 até o final da faixa (4 minutos de música) é praticamente a mesma nota, esticada até o infinito, com alguns arranjos, percussões e orquestração em volta. Maçante.

7 – Do You Bleed?: Outra boa faixa do álbum. Apesar do tom solene e sombrio (que permeia todas as faixas) é uma faixa que combina muito bem a música eletrônica com a orquestral, além de ser a promessa de um novo tema bacana pro Batman. É perfeita pra tocar enquanto a porrada estanca entre Batman e Superman.

8 – Problems Up Here: Retomada do tema tocado em The Red Capes Are Coming, só que com uma pegada diferente: com bem menos tensão. Logo depois do tema, vem um adagio (trecho mais lento da música) que consegue segurar as pontas e mantém um clima cavernoso e relativamente triste.

9 – Black and Blue: Outra marcha de guerra. Já vai ficando um troço enjoado. Todas as músicas soturnas, sem nenhum alívio emotivo ou alegre. É uma boa marcha, sendo que a coisa evolui bastante depois dos 3 primeiros minutos de música. Essa é a segunda música mais longa do álbum, com 8:33 minutos.

10 – Tuesday: Como todas as outras músicas, uma marcha solene e soturna. Sem nenhum diferencial, acaba sendo mais do mesmo.

11 – Is She With You?:  A guitarra entre rasgando e traz um grande diferencial nessa música, num álbum em que quase todas as músicas são orquestradas e interpoladas com efeitos de música eletrônica. Faixa muito boa, que é a cara da Mulher Maravilha Motherfucker. O riff da guitarra é eficaz e traz um contraponto muito bacana com o resto da música que, só pra variar, é uma marcha.

12 – This Is My World: Balada bonita. Finalmente, uma música que sai do tom constante de solenidade, tensão e escuridão. Quase melancólica, é uma música que traz alívio no meio de tanta pressão. O coro tem uma lenta porém bela apresentação.

13 – Men Are Still Good (The Batman Suite): Música de maior duração do álbum, com 14 minutos. Como o nome diz, é uma Suíte, ou seja, um conjunto de músicas independentes que têm algum tema em comum, e são tocadas uma após a outra, sem interrupção. Por isso a duração maior.  Em uma Suíte é perceptível a mudança de tema (e muitas vezes de tempo e andamento) de uma música para outra. E, apesar de todas as músicas estarem sendo tocadas sucessivamente e sem intervalos, é possível perceber que são músicas diferentes (apesar de tematicamente ligadas) dentro de um mesmo conjunto. Esta faixa, infelizmente, apesar de ser declarada como Suíte, não soa como tal. Ao contrário, parece uma única música, com pequenas variações de tema.

No fim das contas, na minha opinião de merda, é um álbum regular, que vale a audição de 5 ou 6 faixas, mas, de resto, é excessivamente Dadárki. Bem do modo Nolanesco de ser.

Colossus de Cyttorak

Detentor dos segredos da Mãe-Rússia, fã incondicional de jogos da antiga SNK (antes de virar esse arremedo, chamado SNK Playmore), e da Konami, Piotr Nikolaievitch Rasputin Campello parte em busca daquilo que nenhum membro da antiga URSS poderia ter - conhecimento do mundo ocidental. Nessa nova vida, que já conta com três décadas de aventuras, Colossus de Cyttorak já aprendeu uma coisa - não se deve misturar Sucrilhos com vodka, nunca!!!!

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