Antes e Depois – Strider

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A série Antes e Depois serve para descobrir como jogos antigos se comportam atualmente na minha cabeça. Recapitulando a metodologia: primeiro, relembro as minhas impressões; segundo, jogo novamente; e, por fim, compartilho a nova experiência. Será que a impressão mudou? O que falar hoje de um jogo que foi marcante no passado?

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Excitebike

Contra

Battletoads

Trojan

E hoje, Strider, para Mega Drive.

O que era

pave1

Strider é um daqueles jogos que me lembram de algo completamente fora do universo dos games… Pavê. Sim, a sobremesa. Mas não qualquer pavê, só o da minha mãe. Lembro-me de jogar aos domingos, depois do almoço, comendo a sobremesa. Delícia!

Tirando este momento mentalmente engordativo, o jogo era para Mega Drive, então já tinha uns gráficos melhores. Strider devia ser o personagem principal, um carinha com uma espada sinistra (se é que era espada) – ela fazia uma mancha branca que matava os inimigos quando apertávamos o botão. Basicamente, corríamos para a direita, saltando e dando porrada em qualquer coisa que aparecesse. O personagem devia ser bem ágil, pois, se não me engano, ele adaptava o caminhar de acordo com a inclinação do terreno, além de se pendurar em algumas paredes com uma espécie de gancho.

Jogava-o sozinho. Então, provavelmente, não havia opção de dois jogadores.

E lembro que ele chegava à fase em uma asa delta estilosa…

strider1

O que é

Strider foi produzido pela Capcom e lançado em 1989 para diversas plataformas. Seu sucesso maior ocorreu, no entanto, no Mega Drive (Genesis). O jogador controla o personagem através do direcional e de dois botões: pulo e golpe. A arma do herói é uma espada chamada Cypher e o objetivo, mais uma vez, é correr pelas cinco fases matando tudo que aparece na frente até o chefe final.

strider11A história se passa em 2048. O planeta está sob a ameaça de Grand Master Meio, que pretende dominar o universo de sua bela base na estação estelar Third Moon, que fica entre a Terra e a Lua. O único homem capaz de derrotá-lo é Hiryu, membro de um grupo de ninjas chamado The Striders, que é enviado para derrotar o grande vilão.

O que passou a ser

bossfinalPara começar, essa risadinha que a gente escuta quando o jogo começa é muito escrota. Realmente, prefiro o pavê da minha mãe…

A nova impressão que tive deste jogo não foi muito boa. Achava que ele seria mais divertido. Provavelmente, em 1989, teve seu charme, mas, diferentemente de muitos jogos antigos, hoje não vi nada demais.

Se o golpe que ele dá é de espada, não sei. Não dá para ver direito; sei que o personagem mexe os braços junto.

As piruetas que Hiryu dá ao pular são até legais, mas senti falta de uma corrida mais sagaz – o personagem só anda… E aoasa1 contrário de personagens de filme de terror, que não precisam ser rápidos, a corrida faz falta. A vontade que tinha era de ficar pulando a fase toda. Desistia, pois não adiantava nada. O jeito era dar a escorregadinha para acelerar.

O que achei legal foi a “preocupação” com a história. A cada fase, mais um pouco era contado sobre o enredo. Não lembrava nada disso, mas a história está lá. Ela é uma referência à Guerra Fria? Talvez, principalmente porque a primeira fase é passada na União Soviética e temos de matar uma serpente empunhando uma foice e um martelo. Meio que um Rocky IV dos gamesStrider é Rocky Balboa e Grand Master Meio é o Ivan Drago.

No fim, não jogaria novamente este jogo. Sinto muito…

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Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 8 comentários

  1. Inacreditavel_Neo

    O que? Finalmente cagaste pra um jogo?

    Hehehehehe!

    Mas esse Strider é meio NHÉ, mesmo. Só lembro dele num desses Capcom VS alguma coisa.

    1. Gustavo Audi

      Hahaha! É verdade…
      A força da nostalgia é muito grande, mas esse aí não conseguiu dar conta.

  2. MaxRicardi

    que pena, achei que seria bacana. já vi gente falando muito bem desse jogo
    mas deve ser mais pelo visual e conceito, do que pela jogabilidade

  3. Renver

    O Strider 2 pra PS1 e arcade é bem mais fluente no que tange a jogabilidade.

    Jogue que vc vai gostar, dois pra frente ele dá corridinha.

  4. Edu Aurrai

    O mais legal nesse jogo era a embalagem esfregando na sua cara: 8 MEGA, FELADAPUTA! O game mais gigante do mundo!
    Tsc, tsc…

  5. Vilipendiador Unperucked

    Má que viado rancoroso esse Audi! Não gostou de Strider?!

    FALSO POETA!!!

    Lembro vagamente que, na época, Strider ganhou prêmio de jogo mais original, belo ou cosia que o valha. E pra época era realmente coisa de cinema.
    O grande lance de Strider não era a jogabilidade do personagem, mas sim a forma de interagir com o cenario. Dá pra se pendurar na beira de precipicios, fazer subidas e descidas vertiginosas e até andar nas costas de inimigos. Sem contar o visual doido de alguns personagens.

    Strider teve versões menos conhecidas. A primeira, pelo NES, era uma versão que nada tinha a ver com esse. Tinha ate uma base lunar onde o personagem podia ir pra gerenciar missões. Essa do Mega é uma versão do Arcade. A versão “fliperama” tem audio dos personagens nas screens das missões, mas a versão caseira tem um musica adicional na ultima fase, e que eu acho sensacional. Tem uma versão para Master, porém é uma bosta. Fuja disso.

    Existem sequências tanto para Mega quanto para Arcade, mas que em nada são parecidas. No Mega a jogabilidade é mais parecida com o primeiro. As novidades são o tipo de “corte da espada” e a possibilidade de atirar estrelas ninjas. Já no Strider 2 para arcade, além de belos cenarios, temos um personagem com mais movimentos (inclusive corrida).
    Não conheço essa versão de PS1 que o Renver citou, mas provavelmente é o mesmo Strider 2 do arcade.

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