Leia o outro título nostálgico da série… Powder.

O que era

A imagem mais forte que tenho é do cara que arrancava o dedo das pessoas com aquela parada de charuto (não sei o nome). O antagonista era um tremendo escroto.

O protagonista se ferra de alguma maneira e fica todo deformado. Mas aí fica fodão e retorna para se vingar. Acho que é um filme que abusa da crueldade e de cenas pesadas. Eu acho…

O que é

Dirigido por Sam Raimi, Darkman (1990) conta a história do cientista Peyton Westlake (Liam Neeson) que é brutalmente atacado em seu laboratório, quase morrendo. Totalmente desfigurado e queimado, Peyton é cobaia de um tratamento em que seus nervos são desconectados, impedindo que sinta dor. Como efeito colateral, a liberação de adrenalina o deixa muito agressivo e com força sobre-humana.

Utilizando sua pesquisa de peles sintéticas, Darkman consegue assumir a identidade de qualquer um. Assim, dá início ao plano de vingança. Infelizmente, a pele dura somente 99 minutos.

O que passou a ser

A ilusão de haver cenas pesadas veio dos momentos em que o vilão Durant corta os dedos das pessoas; não tem nada de pesado (se compararmos com a violência exposta de hoje) e são poucas.

Mais uma vez, a imagem da infância nos engana… Um dos piores chromakeys da história do cinema. Muito pior que os aerólitos flutuantes do Chapolin.

As atuações beiram o teste de elenco de Malhação. Não chega a ser fanfarrona como em Evil Dead (do mesmo diretor), é só péssima mesmo.

Efeitos ou defeitos? Se você não tem a tecnologia (ou orçamento) não invente nada diferente. Não mostre, insinue…

O roteiro não faz sentido, tem diversas incoerências. A causa de Peyton ser atacado é a posse de um memorando trazido por sua namorada. Eis que este mesmo memorando se encontra escancaradamente sobre a mesa do chefe dela. Por que algo tão secreto está abertamente exposto? Ai ai…

A montagem é um lixo, boba pra caraglio. As cenas em que Peyton surta é uma colagem de planos tortos com filtros diferentes em um ritmo frenético. Clichê? Nem chega a ser isso, pois são escrotamente montados.

Que nojo de mim mesmo por ter gostado deste filme há 14 anos.

Pelo menos, ele serve para confirmar como nos tornamos mais exigentes em relação à informação. Apesar de ruim, a história é contada de uma maneira bem simples, sem muitos detalhes ou aprofundamentos. Infelizmente, na cultura digital, em que o acesso a informação é crescente, precisamos e exigimos conteúdos mais bem trabalhados.

Tudo tem seu ônus…