Analisando arquétipos: Sombra – Parte 2

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Fala aê! Óh nóis aqui travez!

Como promessa é dívida, volto a falar sobre os arquétipos depois de longa data. Lembro que estávamos falando sobre o arquétipo junguiano da sombra. Lembro ainda que íamos desenvolver um pouco mais este tema e, depois, seguiríamos adiante com os outros. Bom, para os que ainda têm dúvidas quanto ao que seja o arquétipo junguiano da sombra, vamos definir (pela nona vez) como sendo uma parte em nós que negamos, ou tentamos esconder. No mundo fantástico (quadrinhos, cinema, literatura e etc), essa sombra pode ser usada como o antagonista do herói, o vilão, o inimigo, o “Cara mau”, mas eles também podem vir como uma dimensão do próprio herói…

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A sombra é aquilo que é estranho dentro de nós, mas que, ainda assim, nos define, nos caracteriza. Nesta postagem, focarei nalguns heróis que trazem esse arquétipo junguiano mais latente, mais aflorado-  tal qual ocorre com os reles seres humanos. Como exemplos, temos: Bruce Banner e sua dualidade com o Hulk; professor Hank Mccoy com o Fera; a gostosa Mulher-Hulk e Jennifer Susan Walters; ou ainda a princesa Fiona e a Ogra Fiona. Todos eles têm algo em comum, o fato de quererem esconder uma dimensão que eles não querem aceitar como deles e somente, na medida em que eles começam a aceitar esses monstros internos, é que podem pensar em algum tipo de controle.

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Pensar numa pessoa sem sombra é pensar num ser caricaturado e essa explicação me faz, pelo menos, compreender que o Homem-Aranha Superior pode ser visto sob esse prisma. Na minha leitura, a atual fase do Aracnídeo é uma boa maneira de amadurecer o personagem, dando a ele contato com o seu lado mau (ainda que cá entre nós, tudo será desfeito de uma maneira ridícula mais pra frente). Ter o Dr. Octopus assumindo a maior parte da mente e da identidade do Peter Parker e fazendo com que possa fazer coisas que Parker nunca achou que pudesse fazer, mesmo que essas coisas sejam de gosto duvidoso (se bem que é divertido vê-lo socando Wolverine) é, ainda assim, uma ótima sacada para aquele que se intitula o “Amigo da vizinhança” e que precisa ser atualizado para a atual geração. Essa proposta não é a primeira, pois tivemos o uniforme negro como essa tentativa de tirar o rótulo de “amigão” do personagem.

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O grande problema é quando não reconhecemos ou não tomamos consciência da influência da sombra em nós. O resultado é a criação de pessoas que tenderão a projetá-las nas outras pessoas, negando essas características e apontando esses defeitos, que eles têm, nas outras pessoas – qualquer semelhança com os radicais religiosos é “mera coincidência”.

Bom, mais uma vez o papo está bom, mas teremos de parar por aqui. Eu queria ter terminar o assunto aqui, mas ainda falta um ponto muito relevante a ser debatido: quando a sombra não é demonstrada no próprio herói e sim refletida na imagem do seu opositor. O fato é que já comecei a discussão, mas isso ficará mais claro no “último post final” sobre o arquétipo.

Até mais.

Panter-O

Redator dos Iluminerds, antenado em quadrinhos e Psicologia. Esta será a minha melhor versão de mim, rsrsrs.

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