Analisando arquétipos (introdução)

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Fala aê!

Depois de algum tempo sem visitar este nosso humilde (porém limpinho) divã, retomemos nossas atividades e, desta vez, com um assunto que, a meu ver, é bem bacaninha para quem gosta de montar o perfil dos personagens (estou me referindo à personalidade deles). E, para tanto, hoje irei trabalhar sobre aquele tema que muitos falam, mas não explicam direito o que é esta porra de “Arquétipo Junguiano” (tá bom, calmei).

Arquétipos Junguianos foi um conceito explorado por Carl Gustav Jung (e, pelo amor de Deus, a pronuncia é Iún[g]), e pra você que não conhece o fulano (ou acha que ele é coreano por conta do sobrenome), Jung foi um psiquiatra nascido na Suíça e que fundou uma vertente da Psicologia que foi nomeada como Psicologia Analítica. Ele chegou a ser um dos “discípulos” do nosso Senhor Freud – no entanto, se diferenciava muito, porque o nosso Senhor (que não é o Messias) acreditava que a energia psíquica era pura e simplesmente sexual, enquanto Jung acreditava que a energia psíquica podia ter outras razões. Em outras palavras, é como se Freud postasse para o Baile dos Enxutos e o Jung postasse para o Jovem Nerd (sacou a diferença agora, né?).

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Bom, os arquétipos (que são padrões de probabilidades de um comportamento – vou definir logo para não dar mais trabalho na frente), formam o inconsciente coletivo de um grupo. Esse conceito, de inconsciente coletivo, de Jung se diferencia do conceito de inconsciente pessoal do nosso “senhor de Togakure Freud, primeiro porque é coletivo e não individual (dããã), mas é como se um grupo se tornasse um corpo só, com imagens conceito já determinadas de alguma forma e depois porque as imagens arquetípicas do inconsciente coletivo não passa pela consciência (Titio Ebony explica: no inconsciente que o nosso senhor Freud traz os estímulos que captamos são enviados, em sua maioria, diretamente para ele, enquanto as imagens arquetípicas nem passam pela consciência – agora, sim, tudo faz sentido né?).

Ok, o papo tá mega alto (quem disser que tá chato, eu mando se ferrar), mas como este texto é mais para introdução, teremos mesmo que inserir alguns fundamentos com alguns contextos, prometo que os outros textos ficarão mais leves. A ideia será trabalhar os cinco Arquétipos mais importantes e depois falar um pouco de um ou outro. Para você ficar sabendo, os cinco principais arquétipos são: a persona, a sombra, o anima, o animus e o self.

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A Mandala, símbolo poderoso para Jung.

Lógico que, ao longo da tão falada “Jornada do Herói”, todos esses aspectos do herói são apresentados. Assim como em nossas vidas, precisamos entrar em contato com todas essas dimensões para o nosso amadurecimento, então, é por isso que volta e meia temos um Homem-Aranha mais obscuro como, por exemplo, na época do simbionte ou nessa absurda “fusão” com o Dr Octópus. Enfim, esses são exemplos de personagens que aprenderam a lidar com a sua “sombra”, todavia, vemos isso em nossas vidas normais e são esses eventos que temos que enfrentar ao longo de nossa jornada pessoal que trataremos, como, por exemplo, o caso daquele personagem do Iluminerds que escolhe frases do filme “O Segredo de Brokeback Mountain” (foi mal House, falei), mas que também é uma bela maneira de lidar com o seu lado feminino.

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Lembrando que os cinco aspectos supracitados (citados acima, mas é mais bacana dizer assim, rs) estão em cada ser humano, isso torna o assunto interessante (pelo menos a meu ver) porque é quando esses aspectos são explorados nos personagens, é que nos reconhecemos neles, “mas nem todo o personagem é ser humano Ebony, seu burro. Então não tem que seguir regra alguma”, diria o leitor mais “MdM”, no entanto, caro leitor os personagens são criados por autores humanos que acabam imprimindo características humanas ao seu personagem não humano (e por mais idiota que isso possa parecer esta frase, ela explica porque diabos, em sua maioria antigamente os ETs eram retratados de maneira humanoides: com duas pernas, dois braços, dois olhos e etc), um bom exemplo disso nos quadrinhos, é a Pirofobia (fobia de fogo, cacete!) do Ajax, (Caçador de Marte).

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Bom, como disse, os arquétipos nos dão ferramentas para lidarmos com o nosso amadurecimento, integrando vários aspectos que temos adormecidos em nós, mas fiquemos por aqui, e ao longo das semanas (Permita Deus), continuaremos essa discussão sobre o tema de maneira mais detalhada.

Té mais.

Panter-O

Redator dos Iluminerds, antenado em quadrinhos e Psicologia. Esta será a minha melhor versão de mim, rsrsrs.

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