A supremacia Homeland

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Todo dia surge uma nova série na TV e dizer que Homeland é uma das mais instigantes dos últimos tempos como argumento supostamente lógico para que você, que está lendo isso, a veja, é confiar demais no poder da imprensa sem tinta e deste pseudo comunicador.

É por isso que chamo sua atenção para o fato de que o seriado acaba de vencer os Emmys de melhor série dramática, ator e atriz, já tendo papado o Globo de Ouro de melhor drama e atriz, e que, em sua atual segunda temporada, vir conquistando recordes de audiência para o canal de TV a cabo Showtime, nos EUA.

Se até aqui você já entendeu que se trata de um produto distinto da atual safra da televisão, um biscoito fino, por assim dizer, então seu controle remoto mudará instintivamente para o canal FX Brasil, onde a série, já em sua temporada atual, exibe episódios inéditos todos os domingos, às 22h.

Homeland testemunha as implicações do retorno a solo americano de Nick Brody, um fuzileiro capturado pelos iraquianos oito anos antes. E, principalmente, as suspeitas e investigações de uma oficial da CIA, Carrie Mathison, sobre uma conspiração internacional envolvendo um soldado convertido ao terrorismo, que ela acredita ser Brody.

A ação se dá na capital dos Estados Unidos e se desenvolve em torno de dois cenários: o real e o psicológico. Não raro eles se entrelaçam, esticando a linha tênue que os distinguem. Um gesto, um movimento, mesmo um olhar é suficiente para levantar uma suspeita. A tensão é absoluta nesse jogo para profissionais.

De um lado, um militar que viveu o inferno, com todas as razões do mundo para se diferenciar da maioria. Do outro, uma analista de informações diferenciada, tanto por sua capacidade acima do normal quanto por sua condição psiquiátrica. Embora sejam como água e vinho, é a mistura de tais elementos o estopim da trama, que, numa sucessão de erros e acertos, e com o nervosismo característico de um legítimo thriller psicológico, adiciona uma peça do quebra-cabeça a cada capítulo.

E será na posição de espectadores que semanalmente comentaremos aqui os episódios, na tentativa de compartilhar a paixão e a dor de acompanhar a mais nova radiografia da América em forma de entretenimento.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

Este post tem 4 comentários

  1. Mawa

    Eu assisto. A série é boa, tem ótimas atuações mas não pode ser uma série que dure muito, porque o telespectador já sabe quem são os “bandidos” e não dá pra ficar umas 5 temporadas correndo atras deles, é desgastante.

    Fora que acho injusto Breaking Bad até agora não ter vencido nem Emmy nem Globo de Ouro como melhor série, se bem que nenhum desses dois sequer deram um prêmio para The Wire, então tá explicado.

  2. Rodrigo Sava

     Rosinha e SirVinnieUltimate, concordo com vocês.

    Mawa, espero que venham reviravoltas e surpresas suficientes para manter o fôlego renovado por bastante tempo, e, você está certo: Breaking Bad merecia o prêmio. Acho que pode ocorrer o efeito “O Retorno do Rei” no próximo Emmy.

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