A sessão de Rogue One com o Conselho Jedi – com uma homenagem a Carrie Fisher

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Mero Spin-off de Star Wars. Era o que diziam desde o começo.

Depois disseram que seria um novo episódio. O que importa é que o fim do ano chegara, e eu finalmente assistiria ao filme. Não na estreia, mas melhor do que isso: em uma sessão especial promovida pelo Conselho Jedi do Rio de Janeiro no Odeon, um espaçoso e tradicional cinema no Centro da cidade. Lembrando da exibição especial, no mesmo cinema, de De Volta Para o Futuro II (Back to the Future Part II, 1989) no ano passado – ocasião em que foi comemorada a chegada de Marty McFly (Michael J. Fox) a 21 de outubro de 2015 (nosso então presente) -, mal podia esperar a farra que seria feita na sessão de Rogue One – Uma História de Star Wars (Rogue One: A Star Wars Story, 2016).

Só que o destino fez das suas e levou Carrie Fisher no dia anterior à sessão, que claramente sentiu a porrada. Digo, havia crianças, adultos, câmeras aprontando selfies, camisas divertidas e cosplayers caprichados de Darth Vader, Plo Koon, Stormtroopers, e… da Princesa Leia. Mas também um certo silêncio, um grande vazio. Carrie Fisher não foi apenas a intérprete da Princesa Leia. Ela deu vida a uma das personagens mais importantes do século XX. Não uma antiga princesa da Disney, que limitava-se a esperar pelo príncipe encantado, mas uma mulher independente e corajosa, vivendo segundo suas próprias ideias e ideais. A perda foi grande.

Irreverente e com muita personalidade, mesmo cercada de Stormtroopers.

Antes da sessão, um emocionado representante do Conselho Jedi disse algumas palavras sobre a atriz, encerrando com o pedido de um minuto de silêncio em sua homenagem. Não sei se foi culpa da sensibilidade do momento, mas Rogue One, que mostrou-se um magnético filme de guerra (ou de guerrilha) durante toda a projeção, quase me levou às lágrimas perto de seu fim, no qual vislumbrei não apenas o significado de sacrifício, como também o de esperança, ao ver a aparição de uma certa personagem que liga este filme ao Episódio IV. Mais que uma aula de desenvolvimento de (ótimos) personagens – humanoides ou não – e da relação (verossímil) entre eles, o novo filme é a prova de que a competente execução de um roteiro ágil e bem amarrado – com fan services na medida – é a receita certa de sucesso.

K-2SO. Sensacional adição à galeria de personagens da Saga.

Cenários incríveis em tomadas aéreas de arregalar os olhos, bons combates em terra e no espaço, diferentes (e belíssimos) designs de robôs e tropas imperiais, respeito aos cânones, expansão do universo e um vilão memorável, que lembra Christoph Waltz – ou Hans Landa, seu personagem em Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009), não decidi…

É tudo que pedimos.

Lembram quando falei da aparição de uma personagem que liga Rogue One a Uma Nova Esperança (Star Wars Episode IV: A New Hope, 1977)? É spoiler, mas preciso dizer que a última cena do filme funcionou como uma catarse e a derradeira homenagem dos fãs ali reunidos no Odeon à grande Carrie, pois tudo termina com a (versão digital da) jovem Princesa Leia Organa, ao som de nossos gritos e palmas.

Preparemos os corações. General Organa voltará no Episódio VIII.

 

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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